Nossa Cidade
Abrigos já fazem companhia aos usuários em 11 pontos estratégicos
Instalados estrategicamente em vários locais, Campinas já conta com 11 pontos de “Abrigo Amigo”. Em outubro, mais sete pontos de parada foram equipados para receber chamadas de vídeo no período noturno. O projeto promove companhia remota aos passageiros que aguardam o ônibus a noite, em especial mulheres e pessoas vulneráveis. Ao todo, serão 20 “Abrigos Amigos” em Campinas. No mês de novembro, devem receber a novidade pontos das avenidas Almeida Garret e Júlio de Mesquita.
Receberam a tecnologia abrigos “padrão Glicério” instalados nas vias Dr. Moraes Salles (em frente à Escola Estadual “Francisco Glicério”), Dr. Alfredo Maia Bonato / Vital Brasil (Praça Arautos da Paz), José de Souza Campos (altura do número 1.220 e oposto ao 1.850), Jacy Teixeira Camargo (em frente ao Campinas Shopping), Orosimbo Maia (em frente ao Savegnago Supermercados) e Joaquim Villac (em frente ao Instituto Religioso Campinas).
Os primeiros “Abrigos Amigos” foram ativados em setembro, em pontos das vias Benjamin Constant (próximo à Biblioteca Municipal), Albino José Barbosa de Oliveira (Barão Geraldo), Dona Licínia Teixeira de Souza (em frente ao Centro de Saúde do Jardim Aurélia) e Francisco Glicério (em frente ao 6º Cartório de Notas). A escolha dos locais considera a diversidade de regiões atendidas e a demanda de embarque no período noturno, em geral, em abrigos próximos a escolas, faculdades, shoppings e supermercados.
O painel digital (MUPI – Mobiliário Urbano para Informação) instalado no abrigo padrão “Glicério” é adaptado para receber chamadas de vídeo, conectando os usuários a uma central de atendimento. A iniciativa da empresa Eletromidia foi desenvolvida em conjunto com a agência AlmapBBDO e envolve a Prefeitura de Campinas, a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) e a Secretaria de Transportes (Setransp).
Segurança das mulheres motivou projeto
Os “Abrigos Amigos” foram lançados para minimizar a sensação de insegurança dos usuários do transporte público, principalmente mulheres, que utilizam as paradas de ônibus desacompanhadas no período entre 20h e 5h. Apesar de ter foco nas mulheres, o projeto tem propósito inclusivo e atenderá qualquer pessoa que se sinta vulnerável.
Como a tecnologia funciona
Abrigos padrão “Glicério” que contam com painéis digitais são adaptados para realizar chamadas de vídeo, em tempo real, entre o usuário que se sentir vulnerável no ponto e atendentes de uma central de monitoramento. Eles são equipados com câmeras, conexão com a internet, sensores noturnos e microfones. Ao longo do dia, as telas funcionam normalmente para os informes publicitários.
O painel exibe a mensagem “Você precisa de companhia até chegar o ônibus? Peça agora”. Para iniciar a chamada, o usuário deve tocar na tela e um atendente orienta e toma as providências necessárias com base na situação relatada. Os protocolos de atendimento foram definidos entre a Eletromidia e o Centro Integrado de Comando e Controle da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Em Campinas, a iniciativa entra como projeto especial dentro da concessão de abrigos padrão “Glicério”, firmada em 2018, que alcançou em setembro 783 equipamentos instalados. A adaptação dos abrigos não envolve recursos municipais. O projeto está sendo custeado por empresas patrocinadoras, por meio da venda do espaço publicitário por período de 12 meses.