Nossa Cidade
Administração apresenta a estação modelo do BRT no Jardim Florence
A Prefeitura de Campinas apresentou na manhã desta segunda-feira, dia 17 de fevereiro, os detalhes da Estação BRT Florence, que é modelo para todas as 37 estações que compõem os três corredores BRT (Bus Rapid Transit/Ônibus de Trânsito Rápido) – Campo Grande, Ouro Verde e Perimetral. O evento teve a participação do prefeito Jonas Donizette, do vice-prefeito Henrique Magalhães Teixeira, de secretários municipais, vereadores, representantes das concessionárias e operadores do transporte público coletivo, membros do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT), técnicos da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) e veículos de Imprensa.
“Eu quero demonstrar o meu contentamento por mais essa etapa cumprida da obra. Esta é uma obra muito importante, é uma obra gigante. A nossa intenção é que a pessoa possa ponderar se vale a pena ir para o Centro da cidade de carro ou de BRT”, disse o prefeito Jonas Donizette. “A região do Campo Grande está passando por uma transformação urbana muito grande, o que mostra a nossa boa intenção com essa região tão importante”, completou.
A Estação BRT Florence está em processo de finalização. O secretário municipal de Transportes e presidente da Emdec, Carlos José Barreiro, mostrou aos presentes toda infraestrutura e layout do espaço. A estação já segue o padrão de identificação visual, acabamento (vidros laminados, piso em granito, forros), iluminação, acessibilidade (rampa, corrimão, piso tátil), e dispositivos eletrônicos (operação das catracas e das portas automáticas) que será usado em todas as estações.
Durante a apresentação da estação, um ônibus no padrão BRT operou em sincronia com as portas da estação. Quando o veículo se aproxima e para no local exato, as portas do ônibus abrem em sincronia com as portas da estação. O veículo somente sai da estação após a indicação semafórica específica e o fechamento das portas, tanto do ônibus, como também da estação.
O custo da Estação BRT Florence ficou em torno de R$ 1,5 milhão. “É uma estação modelo toda automatizada, que possui leveza estética e está totalmente integrada ao ambiente urbano”, destacou o secretário Carlos Barreiro.
Características
A Estação BRT Florence possui piso elevado com 0,95 m de altura, 47,60 m de comprimento, largura de 4,00 m e altura (pé direito interno) de 3,00 m. Total de 190,40 m² de área construída, com capacidade para acomodar 450 passageiros.
Os acessos à estação são realizados por rampa acessível e escada. Possuem corrimãos metálicos laterais e centrais. Guarda corpos em aço inox e catracas eletrônicas de acesso à estação e bilhetagem eletrônica. Há portas de enrolar automáticas com lâminas perfuradas nas duas extremidades da estação.
O fechamento do local é em vidro laminado duplo, com espessura de 10 mm. As portas de correr automatizadas também são em vidro temperado. Para acesso a todos os ônibus padrão BRT, são 12 unidades de portas, sendo seis de cada lado da estação, com largura de 1,40 m e abertura central em duas folhas.
O acabamento da Estação BRT Florence possui piso em granito na cor cinza corumbá (dimensões de 40 cm x 40 cm e espessura de 3 cm) para área interna. Granito levigado para rampas e escadas. Há piso tátil (alerta e direcional) de borracha PVC, na cor azul, instalados no interior da estação, rampas e escadas. Acabamento interno e externo em ACM (material de alumínio composto).
Há semáforos externos para orientação da parada do ônibus na estação. Super tachões em resina são instalados em toda a extensão da estação, para orientação e proteção nas manobras de acesso e saída dos ônibus. A iluminação é com luminárias embutidas com lâmpadas LED. Já a iluminação de emergência é feita com baterias acopladas no forro.
Abaixo do piso elevado há uma galeria técnica que abriga todo sistema de águas pluviais, alimentação da rede elétrica e aterramento da estação. A cobertura é feita com telhas metálicas. Beiral de 2,00 m em estrutura metálica e coberto com policarbonato transparente com proteção UV. Estação foi feita em estrutura metálica aparente e modular com pilares distribuídos a uma distância de 6,60 m (entre eixos). O forro é em bandeja com chapa metálica, com dimensões de 0,60 m de largura e 1,20 m de comprimento.
Armário técnico é feito em alvenaria de bloco estrutural, com dimensões de 0,76 m de largura, 3,80 m de comprimento e 2,60 m de altura. Possui quatro compartimentos distintos para abrigar quadro de força; quadro de ITS (sistemas inteligentes de transporte) e nobreak; equipamentos de manutenção; e torneira.
A próxima etapa do projeto prevê a instalação de câmeras de monitoramento, painéis de mídia eletrônica e máquinas de vendas automáticas.
Dados gerais do BRT
Os três corredores BRT de Campinas têm custo total de R$ 451,5 milhões. O BRT é a maior obra de Mobilidade Urbana já realizada no município e a maior obra pública em execução no Brasil, na atualidade. São 36,6 km de corredores exclusivos; 18 pontes e viadutos; e 37 estações e 6 terminais.
O BRT campineiro abrange terminais, estações e infraestrutura; veículos articulados; corredores exclusivos com espaços para ultrapassagens; embarque e desembarque pela esquerda (junto ao canteiro central das avenidas); embarque em nível; e pagamento desembarcado. Será um sistema mais seguro, rápido, eficiente e confiável.
O BRT Campo Grande tem 17,9 km de extensão, saindo da região central, ao lado do Terminal Mercado, seguindo pelo leito desativado do antigo VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), Avenida John Boyd Dunlop, passando pelo Terminal Campo Grande e chegando ao Terminal Itajaí.
O BRT Ouro Verde tem 14,6 km de extensão, saindo da região central, do Terminal Central, seguindo pelas avenidas João Jorge, Amoreiras, Ruy Rodriguez, passando pelo Terminal Ouro Verde, Camucim até o Terminal Vida Nova.
Entre os dois corredores há um corredor perimetral, chamado de BRT Perimetral, com 4,1 km de extensão, ligando a Vila Aurocan até o Campos Elíseos, seguindo pelo leito desativado do VLT.