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Agentes da Emdec e GM passam por treinamento em liderança e fiscalização viária

O cenário global aponta que 1,19 milhão de vidas são perdidas todos os anos no trânsito, sendo esta a primeira causa de óbitos entre pessoas de 5 a 29 anos, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Dentro deste contexto, a fiscalização vem sendo otimizada em diversos países, como ferramenta para salvar vidas. E para capacitar cerca de 50 integrantes da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) e da Guarda Municipal (GM) para os novos desafios da área, foi iniciado nesta segunda-feira, dia 13 de maio, o “Treinamento em Liderança e Fiscalização para Segurança Viária”, na sede da Emdec, na Vila Industrial.

 

A capacitação segue até terça-feira, dia 14, e é realizada pela Emdec com a colaboração internacional da Iniciativa Bloomberg para Segurança Viária Global (BIGRS) e da Global Road Safety Partnership (GRSP), organização sem fins lucrativos que integra a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC) e atua na formação de profissionais e promoção de melhores práticas em segurança viária, em diversos países.

 

Além de ser um desdobramento do Plano de Segurança Viária (PSV) de Campinas, que foi lançado em fevereiro para orientar ações até 2032, o treinamento integra a programação do Maio Amarelo, movimento intersetorial em defesa da vida, que neste ano tem o tema “Paz no trânsito começa por você”.

 

Na abertura, a chefe de gabinete da Emdec, Giselle Normanha, ressaltou a importância da parceria com a GM para o avanço das ações de segurança viária. “Isso é urgente, porque o número de mortes no trânsito tem aumentado, por isso temos que trabalhar para reduzir o número de sinistros. O apoio da Bloomberg e da GRSP também é muito significativo, porque teremos ações mais qualificadas e efetivas. É uma oportunidade única”, disse.

 

A atividade é voltada para lideranças e multiplicadores do conteúdo, que é embasado em conceitos de fiscalização de trânsito para a segurança viária e “Visão Zero”, que entende que nenhuma morte no trânsito é aceitável. A programação também inclui informações sobre gerenciamento e operação segura de pontos de verificação e paradas de veículos, integração no policiamento viário, entre outros.

 

A capacitação também é realizada observando a Lei 14.599/2023, que ampliou as competências dos órgãos municipais no que se refere à fiscalização de trânsito. Uma das mudanças que afeta a atuação dos agentes da mobilidade urbana é a permissão para fiscalizar diversos enquadramentos do Código de Trânsito Brasileiro, como o estado de conservação dos veículos e a documentação.

 

“A GRSP e a Iniciativa Bloomberg têm ajudado nesse fortalecimento das capacitações, principalmente nas blitze, que têm trazido excelentes resultados. O objetivo de ter os instrutores é iniciar uma capacitação com todos os agentes de trânsito e da GM”, explica o gerente da Divisão de Fiscalização e Operação da Emdec, Claudionir de Sá.

 

Características locais e experiências internacionais são mescladas

 

Trazendo informações sobre práticas globais de fiscalização para segurança viária, o ex-policial e hoje membro do GRSP, Artur Zawadzki, também compartilhou com os presentes as experiências observadas em ações promovidas pela organização em países da África e Europa.

 

Entre os tópicos, foi destacada pelo profissional a preocupação com o respeito o limite de velocidade. “A mensagem é clara: o excesso de velocidade é um comportamento ilegal e inaceitável”, destacou Artur. O tema é particularmente importante para Campinas, já que o Boletim de Vítimas Fatais no Trânsito em 2023, lançado na abertura do Maio Amarelo, no último dia 7 de maio, aponta que o excesso de velocidade é o principal fator de risco no trânsito, sendo responsável por 34% (51) dos 149 sinistros fatais na cidade, no ano passado.

 

Esta não é a primeira vez da GRSP em Campinas. Em fevereiro, Zawadzki esteve na Emdec integrando a comitiva internacional, que veio conhecer a realidade da cidade, para que os treinamentos sejam realizados considerando as especificidades locais. “É um curso para a gente interagir, trocar sugestões e experiências”, resumiu o coordenador do eixo de Fiscalização da BIGRS, Rafael Bueno da Silva.

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