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Alerta Dengue: novo boletim mostra nove bairros com alto risco de transmissão

A Secretaria de Saúde de Campinas divulgou nesta segunda-feira, 8 de janeiro, um novo boletim semanal sobre a dengue que coloca nove bairros da cidade em alerta para o elevado risco de transmissão ou em virtude de casos confirmados e suspeitos da doença. 
 
 
 
 
 
O comunicado Alerta Dengue é o 47º emitido pela Prefeitura desde que a ferramenta foi implementada como estratégia de mobilização da população. Ele reúne as seguintes áreas:
 
  • Centro, Botafogo e Vila Itapura – Leste
  • Jardim Eulina – Norte
  • Jardim Novo Maracanã e Parque da Fazenda – Noroeste
  • Vila Vitória, Parque Aeroporto e Recanto do Sol I – Sudoeste

 

A partir desta semana, o comunicado passa a ser publicado sempre às segundas-feiras. A mudança ocorreu para reorganização interna de ações.
 
O Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) destacou que bairros indicados em boletins anteriores, assim como demais regiões de Campinas, precisam intensificar medidas preventivas, sobretudo combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença. A divulgação do boletim semanal ocorre em meio ao alerta da Pasta para um possível aumento expressivo do número de casos da doença a partir deste mês.
 
 
1º mutirão em 2024
 
No sábado, 6 de janeiro, a Prefeitura fez o primeiro mutirão de 2024 contra a dengue em sete áreas: Jardim Santo Antônio, DICs 3, 4 e 5, além de trechos dos bairros DIC 6, Jardim Rosalina e Jardim Santos Dumont. O balanço da ação será divulgado ainda nesta segunda.
 
A iniciativa reuniu 100 funcionários da Secretaria de Saúde, incluindo trabalhadores da empresa Impacto Controle de Pragas, que atuam nas visitas aos imóveis para orientação e eliminar possíveis criadouros. Eles usam uniforme formado por camiseta branca, com logo da empresa, e calça na cor cinza. Além disso, o trabalho teve apoio de duas equipes de Serviços Públicos e contou com dois veículos da Defesa Civil, um carro de som da Sanasa, dois cata-trecos e dois caminhões para recolher materiais descartados irregularmente.
 
Campinas tem mutirões quinzenais agendados até o fim de março, e o próximo será em 20 de janeiro. Os bairros que recebem ações são definidos conforme situação epidemiológica.
 
 
Pacote de ações
 
Em 19 de dezembro de 2023, o prefeito, Dário Saadi, anunciou um pacote de ações contra a dengue que inclui uma Sala de Situação para análise sistemática, reorganização da rede municipal de saúde e um novo site para divulgar informações.
 
A cidade registrou no ano passado 11.011  casos confirmados e três óbitos pela doença – dados parciais até 5 de janeiro deste ano. O cenário pode piorar se houver reintrodução dos vírus tipos 3 e 4, não registrados localmente há 14 anos e nove anos, respectivamente, mas que já causaram infecções em outros municípios. Desta forma, os grupos mais vulneráveis são crianças, adolescentes e adultos que não tiveram contato com a doença antes.
 
Há risco de dengue grave quando uma pessoa é infectada por um tipo diferente ao anterior.
 
 
Esforço conjunto
 
A Saúde ressalta a importância do esforço conjunto entre Poder Público e sociedade para enfrentamento à dengue. Campinas registrou em 2023, pelo terceiro ano seguido, aumento da “pendência” durante ações de visita de agentes a imóveis para vistoria e eliminação de criadouros. Desde janeiro, metade dos espaços que foram alvo das equipes foi encontrado inacessível porque estava fechado, desocupado ou por conta da recusa de moradores.
 
– 2020: 43,5%
– 2021: 44,7%
– 2022: 46,9%
2023: 50,3%
 
 
 
 
 
Combate à doença
 
A luta contra as arboviroses exige uma contrapartida da sociedade. A Prefeitura mantém um programa de controle e prevenção da doença, mas cada cidadão precisa colaborar destinando corretamente resíduos e evitando criadouros. Dados do Devisa mostram que 80% dos criadouros estão nas residências.
 
Para acabar com a proliferação do mosquito é preciso evitar qualquer acúmulo de água, principalmente em latas, pneus, pratos de plantas, lajes, calhas e outros objetos. É importante, também, vedar a caixa d’água e manter fechados vasos sanitários inutilizados.
 
 
Orientações sobre assistência
 
Caso o morador tenha febre e mais dois sintomas associados (dor de cabeça, dor no corpo, náusea, vômito, manchas no corpo, dor articular, dor atrás dos olhos), ele deve procurar um centro de saúde de Campinas para receber atendimento e orientações.
 
Por outro lado, se apresentar tontura, dor de barriga muito forte, vômitos repetidos, suor frio e sangramentos, a busca por auxílio deve ser feita em pronto-socorro ou em UPA.
 
 
Comitê de prevenção
 
Em 2015, a Prefeitura criou o Comitê de Prevenção e Controle das Arboviroses, que neste ano passou a se chamar Comitê Municipal de Enfrentamento das Arboviroses e Zoonoses. "Estamos extremamente preocupados e o Comitê está em condições para enfrentamento nos próximos meses", afirmou Furtado.
 
O grupo reúne 14 secretarias: Governo; Saúde; Educação; Serviços Públicos; Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Gestão e Desenvolvimento de Pessoas; Administração; Comunicação; Trabalho e Renda; Esportes e Lazer; Cultura e Turismo; Habitação; Relações Institucionais, e Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos. Também participam Defesa Civil, Serviço 156, Rede Mário Gatti, Setec e Sanasa.
 
No comitê é discutida a situação epidemiológica da cidade e, com isso, são desencadeadas as ações intersetoriais e apoio para as ações da Secretaria de Saúde. Mais informações estão no site: https://dengue.campinas.sp.gov.br.

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