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Assédio no Carnaval: saiba como identificar, agir e garantir a folia com respeito
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O assédio no Carnaval pode ocorrer de diversas formas, desde toques indesejados até abordagens invasivas e insistentes. Ações como passar a mão sem permissão, puxar pelo braço, pressionar alguém a interagir ou proferir comentários de teor ofensivo são atitudes que ferem o direito das pessoas à liberdade e ao respeito. Muitas vítimas se sentem desamparadas diante da normalização desses comportamentos, o que reforça a importância de iniciativas de acolhimento e conscientização.
Para combater o assédio, a principal ferramenta é a informação. Respeitar os limites do outro é fundamental. O toque só deve ocorrer se houver consentimento claro, e qualquer insistência após uma recusa já configura violência sexual. Denunciar casos presenciados também é essencial para coibir esse tipo de comportamento e garantir que a vítima receba apoio. O silêncio diante dessas situações contribui para sua continuidade, enquanto a intervenção pode proteger e encorajar a vítima a buscar ajuda.
Com o objetivo de fortalecer a segurança e oferecer suporte, o Coletivo Girl Up, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, disponibilizará tendas de acolhimento em desfiles de blocos do Centro e de Barão Geraldo. Esses espaços servirão como pontos de escuta e acolhimento para quem vivenciar situações de assédio, garantindo orientação e amparo emocional.
Essa iniciativa das tendas é expansão de um projeto de formação que ocorreu nos dias 10 e 11 de fevereiro, quando a organização promoveu um curso de capacitação para instruir foliões sobre formas de prevenção e combate ao assédio durante as festividades.
O Carnaval é um momento de alegria e liberdade, mas para que todos possam aproveitar com segurança, é fundamental que o respeito esteja no centro das interações. O compromisso de foliões, organizadores e autoridades é essencial para que a festa seja um ambiente de festa e inclusão, livre de qualquer forma de violência.
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