Nossa Cidade
Ateliês abrem as portas para o público conhecer obras e processo criativo
Quem faz e promove as artes visuais em Campinas? Um circuito de 14 ateliês e espaços expositivos da cidade vai mostrar, pela primeira vez de forma simultânea, quem são, o que fazem e o que propõem essas pessoas para a pintura, escultura, desenho, performance, design, fotografia, vídeo-arte, dentre outras linguagens. O circuito estará recebendo os visitantes nos dias 30 de abril e 1 de maio, gratuitamente.
Será a 1ª edição do “CLAI Aberto”, evento organizado pelo Circuito Livre de Arte Independente (CLAI), que preconiza a abertura ao público de todos os ateliês e espaços expositivos dos seus integrantes. O ateliê é onde um artista trabalha, podendo haver exposições ou não.
Muitos ateliês só recebem visitantes por agendamento, mas estarão de portas abertas para o público no CLAI Aberto. Já um espaço expositivo, além de apresentar as mostras, pode oferecer atividades de formação, pesquisa, ateliês coletivos, residências artísticas, e ainda salvaguardar acervos de obras de arte e documentos. Os espaços expositivos têm um horário de visitação determinado, que varia de caso a caso.
Durante o CLAI Aberto, o público poderá visitar os ateliês e espaços expositivos com programação dividida em quatro roteiros, de acordo com a localização dos espaços pela cidade. A programação artística é diversificada e composta por exposições, oficinas, performances, rodas de conversas, música e venda de obras de arte. O horário é das 11 às 18h, com entrada gratuita.
“O CLAI Aberto busca atrair uma audiência que ainda não conhece os espaços membros, dar visibilidade aos artistas que por eles circulam e promover o hábito de consumir arte e cultura na cidade”, explica Maíra Endo, uma das organizadoras do evento.
Sobre o CLAI
O Circuito Livre de Arte Independente foi criado em março de 2020, no início da pandemia de covid-19. O objetivo foi proporcionar apoio mútuo e articulação entre espaços e iniciativas autogeridas que desenvolvem atividades ligadas às artes visuais em Campinas. Hoje, o CLAI é formado por 14 ateliês e espaços de arte.
Organizado por Ana Angélica (artista-gestora da Casa de Eva), Maíra Endo (organizadora-editora-curadora do HIPOCAMPO) e Teresa Mas (arquiteta-gestora do Instituto Pavão Cultural), o CLAI promoveu seu primeiro projeto coletivo em Campinas através do edital Ações em Rede, da Lei Aldir Blanc, em abril de 2021. Participaram dessa iniciativa pioneira 17 espaços.
A Lei Aldir Blanc foi responsável pela transferência de recursos do governo federal para os diversos Estados e municípios do Brasil, inclusive para a Prefeitura de Campinas, por meio da Secretaria de Cultura. A verba foi destinada a artistas, trabalhadores do setor da cultura e espaços culturais que tiveram as atividades interrompidas em razão da pandemia do coronavírus.
Circuito de bike e programação
O CLAI Aberto conta com o apoio da Bike Foguete, que vai realizar dois percursos entre os espaços. No sábado, o percurso tem início às 14h no Ateliê – CASA e termina por volta das 18h no Ateliê-Folha; no domingo, o percurso começa às 14h na Nave na Mata e finaliza por volta das 18h no Instituto Pavão Cultural.
Percurso do sábado: https://goo.gl/maps/5G7uQ4YBVzwhrA786
Percurso do domingo: https://goo.gl/maps/uuqcceCHX9uLnYrX9
Independentemente do passeio de bike, os espaços estarão abertos conforme a programação abaixo.
30.04 (sábado)
11h – 16h – Sousas
14h – 18h – Centro/Cambuí/Vila Industrial/Chácara da Barra
01.05 (domingo)
11h – 14h – Jardim Eulina
14h – 18h – Barão Geraldo
TOTE Espaço Cultural
11h – 13h – Visita guiada da exposição “Fleetings Moments of Joy”, do artista canadense Dermot Wilson
11h – 14h – Oficina de Monotipia com Flávio Gordon
11h – 15h – Oficina: O gesto como despertar de uma linguagem
30.04 (sábado)
14h – 18h – Centro/Cambuí/Vila Industrial/Chácara da Barra
ATAL 609 – lugar de Investigações artísticas
Visita guiada pelo espaço e pela exposição “Mesa da Amargura”, de Philippe Dias.
Philippe Dias é natural do interior paulista e artista visual pela Universidade Federal da Paraíba. Pesquisa a pintura tropical vernacular e mistura memória e invenção de histórias como preenchimento de lacunas do que jamais irá lembrar.
Obrigatório o uso de máscara.
Ateliê CASA
Abertura da exposição Fúria das Beterrabas, do coletivo COMA*.
O coletivo COMA foi criado durante a pandemia do covid-19 a partir de afinidades e interesses pelo tema da alimentação entre as artistas visuais Alessandra Sposetti (Rio de Janeiro), Estefania Gavina(Campinas) e Sheila Oliveira(São Paulo).
O coletivo tem um caráter experimental e intuitivo que se concentra em uma produção artística interessada nas mais variadas possibilidades do movimento colaborativo, neste caso dedicado à pesquisa e produção poética a partir dos alimentos e da alimentação. Tem como objetivo apresentar sua produção artística através das mais diversas linguagens expressivas e experiências sensoriais, estabelecendo discussões sobre cultura, consumo e hábitos alimentares por meio de exposições, ocupações e intervenções artísticas, amplificando a todos as possibilidades das ferramentas de percepção e emancipação sobre o tema.
Ateliê Folha
Visitação da exposição “Quem vem”, de Caio Boteghim, Fábio Barella e João Paulo.
Vendas de obras do artista anfitrião Carriero.
Ateliê Oráculo
Exposição dos espaços de produção pictórica (Kate Manhães) e ilustração (Rhelga Westin). Venda de obras visuais e literárias.
Casa Ímpar – Estúdio Criativo
Visitação da exposição “Processos”, de Mirs Monstrengo, Kranium e Sérgio Campelo.
Pintura ao vivo.
Oficinas: “Imagem e a Escrita Poética” e “Arte Urbana”.
Bazar Casa Ímpar e convidados.
Fêmea Fábrica
Visita guiada pelo espaço e pelos ateliês dos artistas Camillat, OEFEHA, Giselle Freitas, Gim e Alexandre Silveira.
Mercado Labirinto: artistas e criadores exibem suas marcas autorais.
17h30 | Sessão HIPOCAMPO de videoarte
Seleção de videoarte do acervo HIPOCAMPO com curadoria de Maíra Endo. Duração: 60 minutos. Classificação indicativa: livre.
Programa da sessão:
Original Cópia (2014), de Irma Brown (Recife), em parceria com Maria Cardoso e Ana Lu.
Inconsciente Inconsistente (2014, criado coletivamente por Cacá Toledo, Felipe Antunes, Francisco Orlandi Neto, Guilherme Fogagnoli (Kid), Luiza Valdetaro e Paula Possani a partir da canção homônima de Felipe Antunes
Rosto de Álcool (2017), de Desali (Belo Horizonte)
Buraco Negro (2015), de Ali do Espírito Santo (Porto Alegre)
Autoterrorismo (2016), de Marcelo Beso (Campinas/Itália)
Confortável (1998), de Marco Paulo Rolla (Belo Horizonte)
I miss you (2017), de Hifacybe (São Luís do Paraitinga)
Ruídos Ruinosos (2010), de Alexandre Silveira (Campinas)
Inmortales (2015), de Marina Mayumi (São Paulo)
É a questão (1991), de Ricardo Basbaum (Rio de Janeiro)
Obrigatório o uso de máscara em espaços fechados.
As visitas guiadas e o mercado ocorrerão das 11h às 18h.
01.05 (domingo)
11h – 14h – Jardim Eulina
Clubinho Eulina
Revitalização de mural do Clubinho, em stencil.
Apresentação sobre o movimento Clubinho Eulina.
Reprodução de músicas de artistas independentes da região gravadas pela Eulina Radio.
01.05 (domingo)
14h – 18h – Barão Geraldo
CASA de EVA
Visitação da exposição ERRO, de Paula Almozara, com visita guiada para quem desejar.
Experimentação com dispositivos produtores de imagens (atividade elaborada pela equipe da CASA).
Ateliê Ventre da Terra (cerâmica) aberto, com explicação dos processos e venda de peças.
Exposição e venda das obras do Clube de Colecionadores.
Pede-se o uso de máscara durante a visita.
Instituto Pavão Cultural
Visitação da exposição Sob Ataque, do Coletivo Garapa, vídeo da visita mediada com o artista Paulo Fehlauer e convite para produção de desenho ou texto.
Venda de gravuras, livros e prints.
Atividade extra: Confraternização de encerramento do evento
Nave na Mata. Residência artística e gastronômica.
Exposição e venda de obras de arte em joalheria e escultura (SeiZo Soares) e pintura (Giló Silvatti).
Visita guiada à oficina de madeira.
Passeie pela vizinhança, na borda da Mata Santa Genebra.
Sílvia Matos Ateliê de Criatividade
Visitação da exposição Ainda Sombras, das artistas do Antropoantro Beth Schneider, Inês Fernandez, Lalau Mayrink, Olivia Niemeyer, Sílvia Matos, Tina Gonçalez e Vane Barini.
Abertura do Museu dos que já foram (homenagem aos que foram atingidos pela covid-19), inaugurado em fevereiro de 2021 no Instagram.
Pede-se o uso de máscara no local fechado.
Xilomóvel
Impressão de xilogravuras dos artistas do Xilomóvel (demonstração).
Venda de gravuras dos artistas Luciana Bertarelli, Márcio Elias, Natália Gregorini e Simone Peixoto.
Conheça os espaços que participam do CLAI Aberto:
AT|AL|609. Lugar de investigações artísticas. Espaço independente dedicado à difusão da arte contemporânea por meio de exposições, orientação de propostas artísticas, cursos e programa de residência, que buscam auxiliar o desenvolvimento de processos criativos e promover a reflexão e participação da comunidade. R. Antônio Lapa, 609 – Cambuí (www.at-al-609.art.br)
Ateliê CASA. Idealizada como lugar de pesquisa e perturbações na arte contemporânea. Criado por Estefania Gavina, conta com ambientes para exposições, sala de leitura, cozinha, jardim e cinema ao ar livre. Desde 2017 abriga o acervo sui generis de imagem ACHO, fundado por Fabiana Bruno, Estefania Gavina & Elaine Pessoa. R. Maestro Agide Azzoni, 320 – Chácara da Barra (www.instagram.com/ateliecasacampinas)
Ateliê Folha. Espaço de produção/pesquisa do artista Fabiano Carriero e da quituteira Duda Ribas. Com sede na Vila Industrial, um dos bairros históricos mais antigos de Campinas, desde 2016 abre suas portas para encontros, feiras e exposições. R. Doutor Sales de Oliveira, 1383 – Vila Industrial ( www.facebook.com/espacofolha)
Ateliê Oráculo. Com foco em artes visuais, design e literatura, é o espaço de produção da dupla criativa Kate Manhães e Rhelga Westin. Fundado em 2010, tem sede na Vila Industrial, bairro histórico da cidade de Campinas. O Oráculo é um lugar de reflexão, vivência e experimentação no desenvolvimento de projetos comissionados e autorais. R. Sete de Setembro, 850 – Vl. Industrial (www.atelieoraculo.art.br)
Casa de Eva. É um espaço de cultura, criação e troca de saberes dedicado à fotografia e às artes visuais. Possui um espaço de galeria, um laboratório fotográfico PB e de técnicas alternativas de impressão, ateliê de cerâmica e uma sala de vidro no jardim para práticas corporais. R. Des. Antão de Moraes, 588 – Cidade Universitária (www.casadeeva.com.br)
Clubinho Eulina. Coletivo que visa promover atividades culturais e de lazer, e também reivindicar melhorias na Praça de Esportes Salvador Lombardi Neto. O lugar possui além de um complexo esportivo, um amplo espaço onde já aconteceram oficinas, apresentações artísticas e musicais, e outros eventos. R. Barão de Porto Feliz, 500 – Jd. Eulina (www.instagram.com/clubinhoeulina)
Estúdio Casa Ímpar. Espaço de exposição, comercialização, oficinas, parcerias, aprendizado, projetos e produção, composto por três artistas visuais, Campelo, Kranium e Mirs Monstrengo, com diferentes linguagens, que vai da pintura acadêmica à arte contemporânea, passando pelo graffiti e arte urbana. R. Coronel Rodovalho, 23 – Centro ( www.instagram.com/estudiocasaimpar)
Fêmea Fábrica. Espaço compartilhado por 4 artistas visuais que, ao buscarem uma prática autogestionada, desdobram sua instalação física como potência de ações e encontros criativos. Suas atividades giram em torno das artes visuais e de desdobramentos transdisciplinares possibilitados pela leitura contemporânea da arte. R. Luzitana, 1769 – Centro (www.femeafabrica.com)
HIPOCAMPO (hipocampo.art.br). Espaço de arte independente, multidisciplinar e virtual, voltado para a construção e difusão de um acervo público digital que hoje abriga cerca de 250 peças de mais de 40 colaboradores. Criado em 2016 por Maíra Endo, publica mostras semestrais, trazendo recortes de seu acervo.
Instituto Pavão Cultural. Espaço dedicado a exposições e projetos culturais voltados para artes visuais, artes cênicas, arquitetura, música, e atividades educativas. Criado em 2019 por Mário Braga e Teresa Mas, tem como diferencial o espaço propício para melhor interação entre espectador e obra. R. Maria Tereza Dias da Silva, 708 – Barão Geraldo (www.pavaocultural.org)
Nave na Mata. Na borda da mata de Santa Genebra, promove eventos gastronômicos, oficinas, exposições e mercados. Conta com espaço para hospedagem como residência artística, adotando a filosofia e práticas de cuidado de si. SeiZo Soares é escultor, roteirista e professor. Hoje cursa doutorado na Faculdade de Educação, UNICAMP. R. Mata da Tijuca, 56 – Bosque de Barão Geraldo (www.facebook.com/navenamata
Silvia Matos Ateliê de Criatividade. Espaço para Arte Contemporânea criado em 1990. Oferece oficinas, pesquisas, exposições e palestras. Aqui surgiu o grupo Antropoantro (Beth Schneider, Inês Fernandez, Lalau Mayrink, Olivia Niemeyer, Sílvia Matos, Tina Gonçalez e Vane Barini) no ano 2000. R. Aristides Lobo, 1016 – Cidade Universitária (www.silviamatos.art.br)
TOTE Espaço Cultural. Lugar independente voltado para as artes visuais contemporâneas, onde acontecem exposições, workshops, cursos e, desde 2020, residências artísticas. Gerido pela artista Norma Vieira que ali tem seu atelier. Av. Dona Maria Franco Salgado, 260, Sousas (www.toteespacocultural.com)
Xilomóvel. Ateliê itinerante, equipado com todo o material necessário para a prática da xilogravura. Em sua sede fixa, os artistas do projeto desenvolvem seus trabalhos, planejam e organizam as atividades do Xilomóvel e também oferecem cursos de longa duração e intensivos. R. Francisco de Barros Filho, 546, Barão Geraldo (www.xilomovel.com.br) .