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Nossa Cidade

Aumento de casos de SRAG por gripe reforça importância da vacinação para grupos prioritários

O aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por gripe (vírus Influenza) em Campinas reforça a importância da vacinação como medida preventiva contra a doença, sobretudo para grupos considerados prioritários. A dose é segura, neste ano protege contra o Influenza A (H1N1 e H3N2) e B/Victoria, e continua disponível nos 68 centros de saúde (CSs) da cidade.

O grupo prioritário é formado por crianças, idosos, gestantes e puérperas. No entanto, desde 2 de maio todas as pessoas a partir de 6 meses podem tomar a dose contra gripe.

A campanha de imunização em Campinas ocorreu por aproximadamente quatro meses, conforme diretrizes do Estado e do Ministério da Saúde. A Secretaria de Saúde também realizou ações externas, incluindo shopping, para facilitar o acesso às doses.

Houve ainda um Dia D de vacinação contra a doença e, além disso, a Pasta promove capacitação periódica das equipes sobre diagnóstico e assistência aos pacientes.

A maioria dos óbitos foi de pessoas com comorbidades, portanto, que tinham uma ou mais doenças preexistentes e estavam mais suscetíveis para complicações em caso de infecção pelo vírus, e/ou que não receberam a vacina contra gripe.

Estatísticas

2024

De janeiro a outubro deste ano, a Secretaria de Saúde registrou 290 casos de SRAG por Influenza em Campinas: 248 pela Influenza A e 42 pela B. 

Em relação ao total, 158 pessoas tinham comorbidades, e 132 não apresentavam. Neste grupo, 180 foram vacinadas, 34 não, e a Saúde não localizou informações de 76 pessoas.

Neste período foram 23 óbitos provocados pela doença: 21 por Influenza A e dois pela B.

Sobre este grupo, 21 pessoas tinham comorbidades, e duas não. Além disso, 18 destes residentes não tinham sido vacinados, enquanto cinco receberam o imunizante.

2023

No ano passado foram contabilizados 167 casos de SRAG por Influenza na cidade: 115 pela Influenza A, 49 pela B, e em três casos não foi identificado o tipo do vírus Influenza.

Em relação ao total, 94 pessoas tinham comorbidades, e 73 não apresentavam. Neste grupo, 12 foram vacinadas, 35 não, e a Saúde não localizou informações de 120 pessoas.

No intervalo considerado foram 12 óbitos: cinco por Influenza A e sete pela B.

Sobre este grupo, oito pessoas tinham comorbidades, e quatro não. Além disso, 11 destes residentes não tinham sido vacinados, enquanto um recebeu o imunizante.

O que mudou?

“A diferença pode ser explicada por fatores como aumentos da circulação dos vírus e da exposição das pessoas que seguem cada vez menos as medidas de prevenção como evitar aglomerações, limpeza de superfícies e das mãos, além das baixas coberturas vacinais. Neste ano, apenas 54,34% dos idosos se vacinaram, ou seja, quase metade dos nossos idosos está sem vacina. Os demais grupos de risco também estão com muitas pessoas sem vacinar. Quanto ao aumento de óbitos, ele foi proporcional ao aumento dos casos em geral, mas observamos as mesmas características nos dois anos. Foram 7,9% de óbitos entre os casos de influenza em 2024, e 7,2% em 2023. A grande maioria dos óbitos ocorreu em pessoas com comorbidades, 66,6% em 2023, e 91,3% em 2024.  E sem vacinação foram 91,6% em 2023, e 78,2% em 2024. Este fato reforça a importância da vacinação nos grupos prioritários”, destacou a médica pediatra Elda Motta, da Secretaria de Saúde.

Cobertura de vacinação contra gripe em 2024

Campinas
 

  • idosos – 54,34%
  • crianças – 73,59%
  • gestantes – 38,22%
  • puérperas – 25,26%

Estado de SP
 

  • idosos – 49,15%
  • crianças – 68,77%
  • gestantes – 31,58%
  • puérperas – 13%

Brasil
 

  • idosos – 48,15%
  • crianças – 68,23%
  • gestantes – 36,81%
  • puérperas – 18,39%
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