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Bairros do distrito do Ouro Verde recebem o 18º mutirão contra a dengue
A Prefeitura de Campinas realizou o 18º mutirão contra dengue de 2024, na manhã deste sábado, 1º de junho, para prevenção e combate à dengue. A ação teve início às 8h com visita a imóveis de 11 bairros e reuniu mais de 150 pessoas entre voluntários, agentes da saúde e pessoal da empresa de controle de pragas.
O ponto de encontro foi no Centro de Educação Infantil (CEI) Corujinha, no Jardim Adhemar de Barros, distrito do Ouro Verde.
O prefeito Dário Saadi esteve no local e iniciou o trabalho junto às equipes, nas visitas aos imóveis, para orientação de como prevenir a formação e eliminar criadouros do mosquito Aedes Aegypti e sobre os sintomas da dengue e a importância de buscar atendimento médico.
O balanço desta ação deve ser divulgado na segunda-feira, 3 de junho.
“Estamos na região do Ouro Verde, no 18º mutirão de enfrentamento à dengue. São mais de 150 pessoas entre agentes de saúde, pessoal da equipe contratada e voluntários. Aqui a Secretaria de Serviços Públicos retirou 1.600 toneladas de entulhos e lixo jogado irregularmente. Esse mutirão é fundamental porque abrange 11 bairros, mais de 5 mil residências e é fundamental para a gente reduzir cada vez mais a dengue em Campinas”, disse o prefeito Dário Saadi, durante o mutirão.
Os bairros da ação foram Parque das Indústrias; Jardim Planalto de Viracopos; Novo Planalto; Jardim Aeronave; Jardim São Pedro De Viracopos; Jardim Adhemar de Barros; Jardim São Cristóvão; Vila Princesa; Città Di Salerno; Jardim Esplanada e Núcleo 28 de Fevereiro.
“Pelo menos 150 agentes da saúde estarão batendo nas casas, conscientizando a população quanto à importância do controle de criadouros. Apesar de estarmos na tendência de redução, ainda concentramos muitos casos de dengue, por isso a importância de todos nós fazermos o nosso papel. Pelo menos 10 minutinhos por semana, a gente precisa dar aquela vistoriada no ambiente domiciliar, de lazer ou de trabalho, e controlar todos os focos de água parada, porque todo foco de água parada é sinal que o mosquito pode se reproduzir e transmitir a dengue. Todos juntos contra a dengue” enfatizou o coordenador do Programa de Arboviroses, Fausto Marinho Neto.
Moradora do bairro há 31 anos, Zita Lindolfo Müller, recebeu orientações e foi parabenizada pelos agentes de saúde. Ela toma todos os cuidados para evitar a formação de criadouros. Os vasos de plantas estão nas paredes, com furos, e não acumulam água. Há telas nas caixas d´águas e ralos do quintal.
“Tomo todas as precauções para evitar que tenha mosquitos. Eu já tive dengue, mas não foi da minha casa, e por isso reforço bem os cuidados pra evitar criadouros”, disse Zita.
O mutirão é multissetorial e conta com apoio de profissionais das Secretarias de Serviços Públicos, Habitação, Educação, Assistência Social e Trabalho e Renda, além da Guarda, Defesa Civil, Sanasa e Emdec.
A Secretaria de Serviços Públicos iniciou a limpeza nesses bairros na quarta-feira, 29 de maio, e até o momento, retirou 1.600 toneladas de lixo e entulho descartado de forma irregular.
O diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado, destacou a importância do trabalho intersetorial. “Todo mundo está envolvido no combate à dengue, trabalhando para enfrentar a situação em que estamos na cidade”, disse.
Neste sábado não houve uso de drones porque a região é próxima ao Aeroporto de Viracopos.
Nos 17 mutirões dos sábados anteriores, as equipes visitaram 73,7 mil imóveis em 113 bairros.
Até quarta, 29 de maio, a Saúde registrou 101.175 casos e 30 mortes – os maiores números da série histórica.
O Brasil também enfrenta a pior epidemia da história. Campinas está em emergência desde 07 de março.
Atendimento nos centros de saúde
Neste sábado, 12 centros de saúde estão abertos até as 13h para receber pacientes com sintomas de dengue, aplicar vacinas contra a dengue para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, doses contra gripe para pessoas a partir de 6 meses, e imunizantes contra pólio para crianças de até 4 anos.
Esforço de todos
Dados das Secretarias Municipal e Estadual mostram que 80% dos criadouros do mosquito Aedes Aegypti, vetor da doença, estão nas residências. O enfrentamento à epidemia exige esforço compartilhado entre poder público e população para eliminar qualquer espaço com água que possa ser usado pelo inseto para proliferação.