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Balanço parcial da Operação Estiagem aponta aumento de focos de incêndio
O balanço parcial da Operação Estiagem 2022, coordenada pela Defesa Civil de Campinas, foi divulgado nesta terça-feira, dia 5 de julho, em reunião na Sala de Resiliência do Paço Municipal. Entre maio, início da operação, e junho, foram registrados 65 focos de incêndio, um aumento de 20% com relação ao mesmo período de 2021, quando foram 54 registros.
O balanço parcial também apontou 24 dias sem chuva nos últimos dois meses, segundo o Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp. Na visão do coordenador regional e diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado, esse é um dado preocupante, que serve de alerta para a sociedade.
Ao final da Operação, em 30 de setembro, a Defesa Civil liberará o balanço final, com os números totais de cada atividade. O trabalho inclui ações de vistoria, monitoramento, conscientização da população e treinamento para a prevenção e combate a queimadas e incêndios.
Compreendendo o período mais seco do ano, quando aumenta o risco de focos de incêndio, doenças respiratórios e crises hídricas, a Operação Estiagem também monitora o índice de Umidade Relativa do Ar (URA). Nos dias de maio e junho deste ano, Campinas entrou em Estado de Alerta (quando a URA registra índice entre 12% e 20%) por quatro vezes e em Estado de Atenção (índice de URA entre 20% e 30%) por 23 vezes.
De acordo com Sidnei Furtado, a estiagem está ficando mais severa e o baixo índice de chuvas é preocupante. Além disso, o aumento no número de focos de incêndio traz riscos para a saúde pública e o meio ambiente. “A população deve evitar qualquer tipo de queimada, mesmo de lixo no fundo de quintal. A fabricação, armazenamento ou soltura de balões também é crime e os munícipes que os avistarem devem acionar o Disque Denúncia pelo telefone 181”, disse.
Novidade na Operação
Uma novidade no balanço da Operação Estiagem deste ano é o apontamento de registros de animais mortos na plataforma SISS-Geo (Sistema de Informação em Saúde Silvestre) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Apenas os técnicos da Defesa Civil, em vistorias preventivas no entorno do Aeroporto de Viracopos, registraram 12 animais mortos, sendo a maior parte de animais domésticos, aves e até um cavalo.
“A população deve colaborar e não realizar a destinação inadequada de animais mortos, nem descartar lixo ou entulho. Isso serve como um foco de atração de pássaros, que podem colidir com aeronaves, além de atrair insetor e roedores”, afirmou Furtado.
Comitê da Estiagem
A Operação Estiagem é acompanhada pelo comitê gestor formado por sete secretarias municipais, uma autarquia e uma empresa pública. O grupo contribui no planejamento, articulação, coordenação, execução e avaliação das ações de prevenção e controle dos efeitos da estiagem no município.
Durante a operação, a Defesa Civil acompanha os índices de Umidade Relativa do Ar (URA) e a previsão meteorológica; realiza vistorias de campo para verificar a vazão dos mananciais e prevenir focos de incêndios em área de cobertura vegetal.
O Comitê da Operação é formado por representantes das secretarias municipais de Governo; de Saúde; do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; de Serviços Públicos; de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos; de Educação e de Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública. Também integram o Comitê a Sanasa e a Fundação “José Pedro De Oliveira” – Mata de Santa Genebra.