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Bar e casa noturna que descumprirem normas contra Covid serão lacrados

A partir da próxima segunda-feira, dia 21 de dezembro, bares e casas noturnas de Campinas que não cumprirem os protocolos sanitários contra a disseminação do novo coronavírus terão o alvará de funcionamento suspenso por três meses. A medida foi anunciada pelo prefeito Jonas Donizette na manhã desta sexta-feira, 18 de dezembro, durante transmissão ao vivo pelas redes sociais. A medida valerá a partir da publicação.

“Continuamos com a fiscalização para que as pessoas cumpram as regras de combate à Covid-19”, afirmou o prefeito. Ele explicou que a partir do novo decreto, se for encontrada alguma situação fora do que é permitido, configurando aglomeração, a medida será imediata. “Já vai lacrar e fechar por três meses.”

O prefeito fez um apelo aos donos dos estabelecimentos: “Não permita aglomeração, porque você vai ter seu estabelecimento fechado. Só voltará a abrir em março”. A suspensão do alvará de funcionamento por três meses poderá ser aplicada por descumprimento de medida sanitária no ato da fiscalização, com a lacração do local.

Qualquer situação que configure abuso, como ambiente lotado, aglomeração, lotação acima do percentual permitido para o local, pessoas em pé, falta de distanciamento social e de uso de máscaras de proteção, poderá levar ao fechamento. “Vale para todo o estabelecimento que extrapolar”, afirmou Jonas Donizette.

A Guarda Municipal de Campinas, contou o prefeito, tem reportado a situação recorrentemente na cidade, com jovens aglomerados e sem as medidas de proteção. “Lota dentro, lota calçada e até fecha a rua. Geralmente é onde vai a moçada”, disse, afirmando que a finalidade da medida é evitar que essas situações aconteçam.

Indignação

Durante a transmissão de hoje, o prefeito ressaltou o aumento real de jovens doentes com Covid-19 que já estão sendo atendidos na rede de saúde. O crescimento de casos de jovens adultos e adolescentes infectados pelo novo coronavírus tem indignado os profissionais que estão na linha de frente do combate à doença.

O secretário Carmino de Souza afirmou que passaram a ser situações mais graves e não aquelas que não apresentam sintomas. “Agora são casos sintomáticos, de pessoas adoecidas, que estão com os sintomas mesmo”, disse explicando que demandam leitos de internação nos hospitais.

A indignação se deve ao fato do comportamento irresponsável dos jovens ser a principal causa que leva ao adoecimento, o que poderia ser evitado com as medidas preventivas.

O presidente da Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar, Marcos Pimenta, fez um apelo à consciência dos jovens, que além de colocarem a família e pessoas próximas em risco, também sobrecarregam o sistema de saúde pelo ato de se expor desnecessariamente em meio a uma pandemia. “O jovem morre também”, afirmou Pimenta.

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