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Nossa Cidade

Barão Geraldo completa 70 anos como referência em tecnologia de ponta

Quando a Anna Lúcia Faria nasceu, Barão Geraldo era um jovem distrito de Campinas. Na época tinha apenas 29, quase 30 anos. A empresária cresceu e viu a região se expandir e ganhar relevância. 
 
“Eu tenho paixão por Barão, a gente nunca saiu daqui e não pretende sair. Barão é como se fosse uma outra cidade. A gente tá aqui há muitos anos e a gente foi vendo uma mudança de Barão Geraldo”, afirma Anna, que é mãe de um jovem de 15 anos.
 
Para ela, Barão Geraldo, que completa 70 anos neste sábado, 30 de dezembro, tem um charme especial. “A gente tem uma memória muito boa de Barão Geraldo. E eu tento proporcionar isso pro meu filho também. Então, eu permito que ele vá a pé pra escola, que ele passeie com os amigos de bicicleta. Eu não consigo me imaginar vivendo em outro bairro”, conta. 
 
O distrito está localizado na Zona Norte da cidade de Campinas, apresenta uma área total de 52 km² e aproximadamente 65 mil habitantes. Além deles, Barão ganha mais 10 mil estudantes da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Campinas) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) durante o período de aulas.
 
“Barão se destaca na área de tecnologia de ponta e indústria limpa. Nós temos a Unicamp, o Centro Nacional de Pesquisas em Energia e Materiais (CNPEM). Tudo por conta da Unicamp, que se instalou aqui na década de 1960”, comenta o subprefeito do distrito, Osvaldo Kaize. 
 
O nome Barão Geraldo é uma homenagem ao dono daquela área. De fazenda histórica de café, cheia de contos e lendas – como a do “Boi Falô” –, o distrito dá espaço a importante centro urbano, com pólo tecnológico, comércio vibrante e vida noturna agitada.
 
O Sebastião Vital viu uma parte importante desses 70 anos. O jardineiro de 85 anos chegou ao distrito de Barão Geraldo na década de 1980. Na época, ele realizava trabalhos de jardinagem em escolas e na própria Unicamp, especialmente na Divisão de Educação Infantil da Universidade.
 
“Escrevi meu livro de poesias em 1996, quando eu ainda estava em Barão Geraldo. Hoje eu estou no Parque Industrial, mas a parte importante da minha vida foi no distrito”, explica o jardineiro aposentado. 
 
Hoje, é o nome dele que figura na fachada da biblioteca do cursinho Cooperativa do Saber, que fica na Unicamp. O papel dele foi fundamental na arrecadação dos livros.
 
O distrito também possui o maior fragmento da Mata Atlântica de Campinas, graças a Mata de Santa Genebra, administrada pela Fundação José Pedro de Oliveira, que abriga aproximadamente 660 espécies de flora, sendo algumas sob risco de extinção no país. 
“Nosso maior desafio hoje é manter qualidade de vida, proteção ao meio ambiente, às nossas nascentes, ao mesmo tempo que existe a necessidade de expansão”, explica o subprefeito. 

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