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Campinas capacita pilotos de drone para identificar criadouros do mosquito Aedes aegypti
O Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim foi palco do 1º Curso de Operação de Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas no enfrentamento da dengue, nesta quinta-feira, 29 de fevereiro. A ação é uma iniciativa da Defesa Civil de Campinas, em parceria com a Agência Metropolitana de Campinas (Agemcamp), com apoio do Conselho de Desenvolvimento da RMC e do Instituto Federal (IF) de Rio Claro. Participaram da capacitação 21 pilotos habilitados de 12 municípios do Estado de São Paulo.
O curso visa capacitar os pilotos para identificar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti em locais de difícil acesso, como aqueles em que os agentes de saúde não conseguiram entrar. Na primeira edição do treinamento, participaram os municípios de Americana, Artur Nogueira, Campinas, Franco da Rocha, Itatiba, Jaguariúna, Monte Mor, Morungaba, Paulínia, Santa Bárbara D'Oeste, Sumaré e Vinhedo.
De acordo com o coordenador regional e diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado, o município já promoveu oito cursos de capacitação para habilitar pilotos de drone e o treinamento realizado hoje é o primeiro curso voltado ao enfrentamento da dengue.
"Essa capacitação que reuniu 21 pilotos de drone, sendo sete de Campinas, é um aperfeiçoamento dos cursos que nós promovemos anteriormente. Estamos aprimorando o trabalho com essa integração à Saúde, para o enfrentamento da dengue no município e na Região Metropolitana de Campinas", afirmou.
A capacitação foi ministrada pelo instrutor Wagner Martins Araújo, capitão da reserva da Polícia Militar, com apoio do professor Marcelo Camacho, do IF-Rio Claro, e pela assessora técnica do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) Priscilla Pegoraro, da Secretaria de Saúde de Campinas.
Ela avalia a iniciativa de capacitar os pilotos como uma ação muito relevante. "É mais uma opção tecnológica que une a expertise dos pilotos durante os voos a um olhar diferenciado para identificar possíveis criadouros do aedes agypti. Os drones ampliam os limites de acesso das equipes de campo porque os pilotos conseguem enxergar locais que ficam no alto como caixas d'água e calhas, por exemplo. Com isso, há uma soma de esforços entre Defesa Civil e Saúde no enfrentamento ao mosquito da dengue", disse.
Os pilotos tiveram oportunidade de conhecer o ciclo de vida do mosquito, como ele nasce, se prolifera, porque precisa da água para nascer e porque é importante encontrar os criadouros e que providências devem ser tomadas para reduzir o risco de transmissão da doença.
O protocolo estabelecido é de que as ações com drone devem ser solicitadas pelas Secretarias de Saúde locais para as quais as imagens captadas serão entregues para as devidas providências.