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Campinas cria 7,8 mil novos postos de trabalho de janeiro a maio
Estudo do Observatório PUC-Campinas apontou que a cidade de Campinas respondeu no mês de maio de 2023 por 44,8% do saldo de emprego da Região Metropolitana de Campinas. No total, de janeiro até maio, foram 7,8 mil novos postos de trabalho, aproximadamente 5% do saldo de todo o estado de São Paulo. O informativo traz uma análise detalhada de indicadores socioeconômicos de Campinas e da região no mês de maio de 2023 e pode ser acessado no link
“O dado é positivo, uma vez que em 2019, antes da pandemia de covid-19, a cidade registrou a criação de 2.553 empregos ao longo do ano. Esse é um dos indicadores que apontam para uma tendência de recuperação econômica no município. Em momentos de crise, a adoção de políticas públicas anticíclicas desempenha um papel fundamental na retomada do crescimento econômico. Nesse contexto, iniciativas como o Programa de Ativação Econômica e Social (PAES), criado pelo prefeito Dário Saadi em 2021, possivelmente contribuíram para a melhoria do cenário econômico”, afirma Matheus Ifanger Albrecht, economista da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Campinas.
Albrecht também pontua que, comparado a 2019, o município contava até maio de 2023 com 403.091 empregos formais, enquanto que em dezembro daquele ano, havia 366.812, um aumento de 10,11%, “bem acima do cenário que tínhamos antes da pandemia”, destaca.
A partir dos dados das plataformas do Ministério do Trabalho, o informativo aponta que apenas no mês de maio foram 952 novos contratos de trabalho. Fora desta conta, estão ainda as 224 admissões feitas pela Administração Municipal, por meio de concursos públicos e processos seletivos. Foram 1.477 novos admitidos de janeiro até maio. O movimento mostra a preocupação da Prefeitura em ampliar equipes para atendimento da população, principalmente nas áreas da saúde e educação. Também no setor privado, estas são áreas que chamaram a atenção dos pesquisadores. Foram 137 novos contratos nos setores de educação e 113 em saúde humana e serviços sociais.
Outro destaque do informativo é o dado sobre o perfil dos contratados. Segundo a análise do Observatório, dos novos postos de trabalho, 56,7% foram preenchidos por mulheres, embora os pesquisadores apontem que, em média, as mulheres ainda recebam 87% do valor dos salários médios pagos aos homens.
O dado permite fazer um paralelo com a quantidade de mulheres que tem buscado formação profissional, um exemplo é o Ceprocamp, em que a maioria dos alunos matriculados é do sexo feminino: 2.061 alunas no primeiro semestre de 2023 contra 1.064 alunos. As mulheres representam 65,9% do público (confira o perfil do Ceprocamp neste link).
A produção é um desdobramento da cooperação entre a Prefeitura e a PUC-Campinas para o desenvolvimento de projetos vinculados ao Observatório e à Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários. O acordo foi assinado em abril (leia mais aqui). São responsáveis por esta edição os professores Eliane Rosandiski e Paulo Ricardo Oliveira, tendo como assistentes técnicos João Lucas da Silva e Matheus de Souza Alexandre.