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Nossa Cidade

Campinas inicia série de mutirões para prevenção e combate à dengue

Campinas realizou na manhã deste sábado, 6 de janeiro, o primeiro mutirão de 2024 para prevenção e combate à dengue com ações em sete áreas: Jardim Santo Antônio, DICs 3, 4 e 5, além de trechos dos bairros DIC 6, Jardim Rosalina e Jardim Santos Dumont.
 
A ação teve como ponto de concentração uma praça ao lado do Centro de Saúde Santo Antônio. A mobilização reuniu pelo menos 100 funcionários da Secretaria de Saúde, incluindo agentes da empresa contratada para visitar imóveis e eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença, e duas equipes de Serviços Públicos.
 
Além disso, foram usados dois veículos da Defesa Civil, um carro de som da Sanasa, dois cata-trecos e dois caminhões para recolhimento de materiais descartados irregularmente.
 
O prefeito, Dário Saadi, acompanhou parte do mutirão e fez um apelo para que todos os moradores colaborem para prevenção e combate à doença. 
 
“É muito importante as pessoas autorizarem a presença do agente de saúde dentro das casas e também fazer uma vigilância. As famílias precisam nos ajudar a verificar dentro das suas casas, dentro dos quintais, se lá tem água parada que possa ser criadouro do mosquito da dengue porque 80% dos casos de proliferação acontecem dentro das residências e nos quintais. Por isso, a colaboração da população é fundamental. Vamos todos juntos contra a dengue”, falou.
 
A coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Daiane Morato, lembrou que a ação também é importante para prevenir outras arboviroses.
 
"É importantíssimo que a nossa população compreenda a importância e o significado dessas ações de controle de criadouro. Significa não deixar o mosquito nascer, procriar e infestar. Assim, a gente previne a dengue, zika e chikungunya", ressaltou. Em 2023 foram registrados 11.011 casos de dengue em Campinas (dados parciais até 5 de janeiro deste ano). Três pessoas morreram em decorrência da doença. 
 
O balanço do mutirão será divulgado pela Secretaria de Saúde nesta segunda-feira, 8 de janeiro. Já a próxima mobilização está programada para 20 de janeiro e os bairros ainda serão definidos.
 
O boletim desta semana coloca nove bairros em situação de alerta para a dengue:
 
–  Botafogo (Leste)
– Jardim Santa Mônica (Norte)
– Parque Floresta (Noroeste) 
– San Diego, Parque Oziel e Monte Cristo (Suleste)
– Parque Universitário de Viracopos, Jardim Ouro Verde e Vila União (Sudoeste)
 
 
O que mudou?
 
Os mutirões de combate a criadouros do Aedes aegypti, vetor da doença, eram realizados pontualmente pela Saúde e, neste momento, passam a ser a cada 15 dias. Os trabalhos são um “extra”, uma vez que diariamente há fiscalizações, visitas a imóveis e nebulizações.
 
Campinas registrou em 2023, pelo terceiro ano seguido, aumento da “pendência” durante ações de visita de agentes a imóveis para vistoria e eliminação de criadouros. Desde janeiro, metade dos espaços que foram alvo das equipes foi encontrado inacessível porque estava fechado, desocupado ou por conta da recusa de moradores.
  
– 2020: 43,5%
 
– 2021: 44,7%
 
– 2022: 46,9%
 
– 2023: 50,3%
 
Os agentes que trabalham nas ações de combate à dengue são da empresa Impacto Controle de Pragas e usam uniforme formado por camiseta branca, com logo da empresa, e calça na cor cinza. Em caso de dúvida, ligue para o 156 em dias úteis, ou para o número 199, da Defesa Civil, em dias de mutirões.
 
 
Combate à doença
 
A luta contra as arboviroses exige uma contrapartida da sociedade. A Prefeitura mantém um programa de controle e prevenção da doença, mas cada cidadão precisa colaborar destinando corretamente resíduos e evitando criadouros. Levantamento do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) diz que 80% dos criadouros estão nas residências.
 
Para acabar com a proliferação do mosquito é preciso evitar qualquer acúmulo de água, principalmente em latas, pneus, pratos de plantas, lajes, calhas e outros objetos. É importante, também, vedar a caixa d’água e manter fechados os vasos sanitários inutilizados.
 
 
Orientações sobre assistência
 
Caso o morador tenha febre e mais dois sintomas associados (dor de cabeça, dor no corpo, náusea, vômito, manchas no corpo, dor articular, dor atrás dos olhos), ele deve procurar um centro de saúde de Campinas para receber atendimento médico.
 
Por outro lado, se apresentar tontura, dor de barriga muito forte, vômitos repetidos, suor frio e sangramentos, a busca por auxílio deve ser feita em pronto-socorro ou em UPA.
 
 
Comitê de prevenção
 
Em 2015, a Prefeitura criou o Comitê de Prevenção e Controle das Arboviroses, que neste ano passou a se chamar Comitê Municipal de Enfrentamento das Arboviroses e Zoonoses. "Estamos extremamente preocupados e o Comitê está em condições para enfrentamento nos próximos meses", afirmou o diretor da Defesa Civil, Sidnei Furtado.
 
O grupo reúne 14 secretarias: Governo; Saúde; Educação; Serviços Públicos; Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Gestão e Desenvolvimento de Pessoas; Administração; Comunicação; Trabalho e Renda; Esportes e Lazer; Cultura e Turismo; Habitação; Relações Institucionais, e Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos. Também participam Defesa Civil, Serviço 156, Rede Mário Gatti, Setec e Sanasa.
 
No comitê é discutida a situação epidemiológica da cidade e, com isso, são desencadeadas as ações intersetoriais. Mais informações no hotsite: https://dengue.campinas.sp.gov.br.
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