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Nossa Cidade

Campinas receberá R$ 3,2 milhões para ações de segurança no trânsito

 

O prefeito Jonas Donizette participou nesta terça-feira, dia 12, com o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, da assinatura de convênios do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito. Foram assinados 11 convênios de municípios com o Detran/SP e o Movimento Paulista, incluindo Campinas, que receberá R$ 3,2 milhões.

 

 

Durante o evento, o governador também assinou protocolo de intenções com 36 outros municípios paulistas para que possam aderir ao convênio. O intuito é reduzir pela metade o número de óbitos no Estado. As parcerias envolvem apoio técnico para novos projetos e recursos para melhorias viárias e programas de educação no trânsito.

 

 

O governador Geraldo Alckmin ressaltou que os acidentes no trânsito são a terceira maior causa de mortes no mundo inteiro e acontecem principalmente na proximidade das cidades. “Por isso, resolvemos fazer esse programa com o dinheiro das multas. Aquele que comete uma infração vai financiar a segurança no trânsito”. O projeto destinará, no total, R$ 110,5 milhões provenientes de multas aplicadas pelo Detran/SP.

 

 

De acordo com o prefeito Jonas Donizette, o objetivo é usar o recurso em ações voltadas à segurança viária. Ele apontou que Campinas vem diminuindo seus índices de mortalidade no trânsito com uma grande campanha, envolvendo a sinalização e estimulando a prudência dos motoristas. “Com esse convênio, Campinas terá R$ 3,2 milhões para investir em áreas de segurança no trânsito, sinalização e parte educacional, para que possamos ter um trânsito cada vez mais seguro. Essa campanha tem a participação do governo do Estado e da Prefeitura de Campinas. Um trânsito mais seguro salva vidas”, reforçou Jonas Donizette.

 

 

O conjunto de medidas implantadas e as que ainda serão reforçadas em Campinas abrange ações e projetos nas áreas de educação, engenharia, fiscalização, sinalização, planejamento e controle do trânsito. O recurso obtido por meio do convênio será usado para o incremento da sinalização viária, implantação de semáforos, projetos de reconfigurações geométricas e campanhas educativas com enfoque principal nos pedestres, motociclistas e motoristas de ônibus.

 

 

O secretário de Governo do Estado de São Paulo, Saulo de Castro, contou que o convênio abrange 103 cidades, aquelas em que “os indicadores de morte tinham tendência de crescimento. É uma nova política pública cirúrgica na questão dos acidentes”.

 

 

Serão 103 cidades a compor o movimento. Elas abrigam 78% da população e registram 69% das fatalidades. A seleção dos municípios foi feita com base na relação entre o número de habitantes e de óbitos em acidentes de trânsito.

 

 

Segundo o Movimento Paulista, as fatalidades nos novos 36 municípios conveniados correspondem a 10% das ocorrências do Estado em 2017. Os dados são informados por meio do sistema Infosiga SP, que compila informações mensais de óbitos e acidentes com vítimas nos 645 municípios do Estado.

 

 

Dados de acidentalidade em Campinas

 

 

Com ações contundentes de monitoramento e fiscalização de trânsito, utilização de pesada engenharia de tráfego na eliminação de gargalos, redução da velocidade em vias com intensa circulação de veículos e pedestres, além de campanhas educativas, Campinas vem reduzindo as mortes no trânsito.

 

 

São três anos consecutivos de queda. Em 2013 foram registradas 101 mortes no trânsito urbano campineiro. Em 2014, houve 96 óbitos, representando queda de 4,95%. Em 2015 foram 88 mortes, uma queda de 8,33% em relação à 2014 e de 12,87% em relação à 2013.

 

 

O balanço de acidentalidade divulgado pela Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas S/A (Emdec) em maio de 2017 aponta que no trânsito campineiro ocorreram 74 mortes em 2016. Recuo de 15,90% em relação a 2015; 22,92% em relação a 2014; e de 26,73% em relação a 2013.

 

 

Campinas é signatária da Década de Ação pela Segurança no Trânsito 2011-2020 da Organização das Nações Unidas (ONU), lançada em maio de 2011. A cidade encampa, desde 2014, o movimento Maio Amarelo, criado pelo Observatório Nacional de Segurança Viária.

 

 

O índice de mortalidade no trânsito urbano em Campinas, para cada grupo de 100 mil habitantes, é de 6,3, comparado com o de países considerados como de primeiro mundo. Neste quesito, Campinas está atrás da Suécia (2,8), Reino Unido (2,9), Espanha (3,7), Alemanha (4,3), Japão (4,7), França (5,1) e Itália (6,1).

 

 

No entanto, Campinas fica à frente de Bélgica (6,7), Portugal (7,8), Estados Unidos (10,6), México (12,3), Chile (12,4), Argentina (13,6), Índia (16,6), Colômbia (16,8), China (18,8), Bolívia (23,2), entre outros.

 

 

O índice de Campinas de 6,3 mortes no trânsito urbano para cada grupo de 100 mil habitantes também é muito inferior ao registrado pelo Brasil, que é de 23,4.

 

 

Os dados de acidentalidade no mundo são da World Health Organization 2015.

 

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