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Campinas tem mais 1,8km do BRT Ouro Verde liberado para circulação
Dando sequência às liberações de trechos do projeto de implantação do BRT (Bus Rapid Transit, Ônibus de Trânsito Rápido) em Campinas, a Administração municipal abre para circulação, a partir desta quinta-feira, dia 5 de setembro, trecho de 1,8 km na Avenida das Amoreiras. O trecho está inserido entre o viaduto da Rodovia Anhanguera até o futuro Terminal BRT Campos Elíseos, após a Vila Rica.
São seis faixas de rolamento, sendo três por sentido (Centro – bairro; bairro – Centro). As faixas centrais, junto ao canteiro central, feitas em pavimento rígido (concreto) são exclusivas do sistema de transporte público coletivo municipal. Além do novo piso de concreto, a região também recebeu nova massa asfáltica (piso flexível), por onde circulam os demais veículos. Também foi executada nova sinalização viária; tanto vertical (placas), como horizontal (solo). O canteiro central recebeu a implantação de grama.
“O trabalho é amargo, mas o fruto é doce. A obra traz os inconvenientes. Mas, depois, vêm os benefícios. Já estamos completando cerca de 10 km de trechos do BRT liberados. Quase 1/3 de toda a obra”, enfatizou o prefeito Jonas Donizette durante o evento de entrega do trecho. A cerimônia contou com a participação de secretários municipais; vereadores; moradores da região; representantes dos operadores do transporte público coletivo de Campinas; diretores e funcionários da empresa responsável pela obra; e funcionários da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec).
A região liberada para circulação integra o trecho 1 do Lote 3 do Corredor BRT Ouro Verde, que liga a região central, pelo Terminal Central, até o futuro Terminal BRT Campos Elíseos. O trecho todo tem 4,8 km de extensão. O investimento é de R$ 66,5 milhões; e a empresa responsável pelas obras é a Compec Galasso.
“Essa é uma grande obra. Não apenas para o transporte público, mas também para a reurbanização da cidade, por onde os corredores estão passando. Continuamos o processo de liberações de trechos do BRT, oferecendo à população os benefícios dos espaços já concluídos”, disse o secretário de Transportes e presidente da Emdec, Carlos José Barreiro.
Nova operação
Neste momento, apesar das faixas exclusivas à esquerda, as paradas dos ônibus seguem à direita. Apenas a linha 130 – Terminal Vida Nova / Terminal Central (expressa) segue de forma expressa pela faixa exclusiva.
A linha 130, que antes operava somente nos horários de pico (manhã e tarde), também passa a rodar no período de entrepico. Ainda não haverá atendimento no horário noturno, fim de semana e feriados. Mas ajustes na operação podem ser realizados.
A ação traz vantagens como: requalificação da circulação dos ônibus; redução do tempo de viagem das linhas; redução dos intervalos dos ônibus; e melhoria da fluidez viária. No total serão beneficiados 79 mil passageiros.
São 28 linhas do sistema de transporte público coletivo municipal que circulam pelo trecho liberado. Além da 130, também as linhas 118; 118.1; 121; 121.1; 125; 131; 131.1; 132; 133; 133.1; 136; 140; 141; 142; 153; 154; 161; 162; 163; 164; 171; 213; 228; 317; 382; 404; e 416. Os atendimentos das linhas serão redimensionados de forma gradativa.
Liberações
Desde maio deste ano (2019), ocorrem liberações de trechos do BRT para a circulação de veículos. A última foi em 1º de agosto, quando foi liberado um trecho de 4,25 km do Corredor BRT Campo Grande, na Avenida John Boyd Dunlop, entre o viaduto da Rodovia dos Bandeirantes (região do Jardim Ipaussurama) até o viaduto da linha férrea (região do Jardim Florence).
O atual sistema de transporte público utiliza as faixas exclusivas do BRT, com paradas transitórias. Ocorreu uma requalificação na circulação; organização das linhas; e reduções de veículos nas vias marginais, no tempo de viagem e nos intervalos dos ônibus. Em torno de 69 mil passageiros foram beneficiados, com a melhoria da fluidez no trecho.
Em junho, no dia 27, foi aberto para circulação um trecho de 1,8 km do Corredor BRT Ouro Verde, nas avenidas Ruy Rodriguez e Camucim, desde o Spazio Ouro Verde até a Avenida Aglaia. As faixas do BRT são utilizadas pelo transporte público e compartilhadas com o trânsito comum. Ao todo foram beneficiados 31 mil passageiros do transporte coletivo, com maior fluidez durante o deslocamento, no trecho.
E em 29 de maio foram entregues novos acessos viários entre o Parque Industrial e o Jardim Miranda. O local está inserido dentro do Corredor BRT Perimetral; e fica em região entre o chamado “Balão do Curtume” e a Rodovia Anhanguera (SP 330), num trecho com cerca de 1 km. É uma importante ligação entre as avenidas John Boyd Dunlop e Amoreiras. A nova dinâmica de circulação entre os bairros, além dos novos acessos, conta com novos viários, nova sinalização, paisagismo e alterações no sentido de tráfego em sete vias.
Dados gerais
Os três corredores BRT de Campinas têm custo total de R$ 451,5 milhões. O BRT é a maior obra de Mobilidade Urbana já realizada no município; e a maior obra pública em execução no Brasil, na atualidade. São 36,6 km de corredores exclusivos; 18 pontes e viadutos; e 37 estações e 6 terminais.
O BRT campineiro abrange terminais, estações e infraestrutura adequada; veículos articulados; corredores exclusivos com espaços para ultrapassagens; embarque e desembarque pela esquerda (junto ao canteiro central das avenidas); embarque em nível; e pagamento desembarcado. Será um sistema mais seguro, rápido, eficiente e confiável.
O BRT Campo Grande tem 17,9 km de extensão, saindo da região central, ao lado do Terminal Mercado, seguindo pelo leito desativado do antigo VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), Avenida John Boyd Dunlop, passando pelo Terminal Campo Grande e chegando ao Terminal Itajaí.
O BRT Ouro Verde tem 14,6 km de extensão, saindo da região central, do Terminal Central, seguindo pelas avenidas João Jorge, Amoreiras, Ruy Rodriguez, passando pelo Terminal Ouro Verde, Camucim até o Terminal Vida Nova.
Entre os dois corredores há um corredor perimetral, chamado de BRT Perimetral, com 4,1 km de extensão, ligando a Vila Aurocan até o Campos Elíseos, seguindo pelo leito desativado do VLT.