Nossa Cidade
Carnaval: Saúde alerta para vacinação contra febre amarela antes da folia em áreas de risco

Quem planeja aproveitar o Carnaval em regiões com risco de transmissão do vírus da febre amarela, incluindo as áreas de Sousas e Joaquim Egídio, em Campinas, precisa garantir que a proteção contra a doença esteja em dia até terça-feira, 18 de fevereiro. Isso porque a dose leva dez dias para fazer efeito e o período com mais festas e de pessoas em deslocamento para o feriado prolongado vai de 28 de fevereiro a 4 de março.
O reforço no alerta para imunização é direcionado principalmente aos viajantes, moradores ou frequentadores de regiões onde há possibilidade de circulação do mosquito transmissor, incluindo zonas rurais, áreas de floresta, mata fechada e borda de mata. Além de Campinas, outras cidades de São Paulo e de Minas Gerais já registraram casos da doença.
A orientação da Secretaria de Saúde, contudo, é para que todos os moradores a partir de 9 meses, que ainda não receberam a dose, compareçam aos CSs para aplicação. Vale destacar, porém, que a vacinação é seletiva, portanto, as pessoas a partir de 5 anos que já tomaram uma dose ao longo da vida não precisam receber outra. Quem tiver dúvidas sobre já ter recebido ou não o imunizante deve procurar um CS.
A ampliação da vacinação vale para os seguintes grupos em áreas de risco:
- Crianças de 6 a 8 meses: recebem uma dose durante a ação. Os responsáveis serão orientados para garantirem a vacinação completa, sendo: uma dose aos 9 meses e uma dose de reforço aos 4 anos.
- Pessoas com 60 anos ou mais: a vacinação será realizada dependendo da avaliação do risco relacionado às comorbidades, doenças autoimunes, tratamentos específicos ou uso contínuo de medicamentos que contraindiquem a aplicação da vacina febre amarela nessa faixa etária.
- Gestantes e mulheres que estejam amamentando crianças com até 6 meses: são orientadas a suspender a amamentação por dez dias após a vacinação e recebem as recomendações para extração e armazenamento do leite materno antes da vacinação. Dessa forma o aleitamento neste período pode ser garantido.
“Moradores das áreas urbanas que visitam ou frequentam áreas de floresta, mata fechada, borda de mata e região rural devem receber uma dose dentro dos critérios de ampliação de vacinação”, explicou a enfermeira Cíntia Bastos, do Programa de Imunização de Campinas.
Antes desta medida, o esquema de rotina já ocorria da seguinte forma:
- Crianças: 1 dose com 9 meses e 1 dose de reforço aos 4 anos.
- A partir de 5 anos, adolescentes e adultos: uma dose. Quem não tiver comprovante ou certeza de que já recebeu o imunizante, e se não houver registro em sistema do SUS municipal, deve receber nova vacina.
Contexto da febre amarela
O Programa de Imunização intensificou desde a terceira semana de janeiro os trabalhos de imunização nas áreas consideradas de risco na metrópole, incluindo ações de vacinação de casa em casa e reforço na comunicação por meio de carro de som e entrega de panfletos.
Campinas registra neste ano uma morte provocada por febre amarela. O caso é de um homem de 39 anos, morador na área rural de Sousas, onde há risco de transmissão, e que chegou a ser internado em Jaguariúna no fim de janeiro. O óbito foi em 3 de fevereiro.
Antes disso, a Pasta encontrou um macaco morto na região do Carlos Gomes que testou positivo para a doença em 20 de janeiro. Este animal não é transmissor, mas, sim, vítima da doença. A presença de primatas doentes serve como “alerta” aos órgãos da saúde sobre a circulação do vírus, uma vez que quando contaminados dificilmente sobrevivem.
Serviço
As salas de aplicação da vacina funcionam conforme horário de cada centro de saúde. Os endereços e contatos estão no site: https://vacina.campinas.sp.gov.br.
