Nossa Cidade
Cartão da dengue: por que levar junto e ter dados em dia para a otimizar assistência
Um cartão distribuído pelos 68 centros de saúde de Campinas e pelas unidades de pronto atendimento (UPAs) e hospitais da Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar é aliado importante dos pacientes com suspeita ou dengue confirmada. O material qualifica o monitoramento e ajuda os profissionais de saúde a direcionar as ações necessárias.
O cartão reúne uma série de informações:
– Sinais de alarme que o paciente precisa ficar atento: tontura, dor abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio, sangramentos espontâneos, sensação de desmaio, palidez, diminuição da urina, dificuldade de respirar, manchas roxas na pele, agitação ou sonolência.
– Orientações para evitar esforço físico, não realizar automedicação, orientação sobre tratamento completo, consumo de água e soro, e como amenizar dores nas articulações
– Passo a passo sobre como preparar o soro caseiro para manter hidratação adequada.
– Espaço de monitoramento, que compreende informações sobre unidade de atendimento, a classificação de risco do paciente, indicadores como plaquetas e sinais de alerta.
– Área para mencionar se esteve em região com risco para febre maculosa antes dos sintomas, com objetivo de qualificar o diagnóstico e evitar possível confusão entre doenças
A diretora de Saúde, Monica Macedo Nunes, ressaltou os benefícios associados ao cartão quando preenchido corretamente e levado pelo paciente, principalmente quando ele busca por atendimentos em unidades de saúde diferentes.
“Às vezes o paciente vai até uma UPA, recebe o primeiro atendimento e depois precisa dar continuidade na atenção básica, ou seja, no centro de saúde. No primeiro atendimento, o médico ou enfermeira abre o cartão e coloca ali uma série de dados importantes para monitorar. Dados do hemograma, que é um exame que ele faz, dados sobre pressão arterial quando sentado e em pé, uma série de parâmetros clínicos que a gente usa para acompanhar o caso para ver se o paciente está melhorando ou se teve alguma piora. A partir disso, o médico pode avaliar e fazer o seguimento desse paciente da melhor forma”.
Campinas está em epidemia e já decretou situação de emergência pública por causa da dengue. De janeiro até 28 de março foram registrados 32.025 casos e quatro mortes.
Preocupação
Campinas registra pela primeira vez na história a circulação simultânea de três sorotipos da dengue: DEN 1, DEN 2 e DEN 3 . Desde o início de outubro ela tem apresentado condições climáticas consideradas ideais para desenvolvimento e proliferação do Aedes aegypti. A Saúde também observou aumento de casos confirmados de dengue nas últimas semanas, três mortes pela doença, e projeções indicam a possibilidade de Campinas alcançar o pico da epidemia no mês de abril.
Orientações sobre assistência
A pessoa que tiver febre deve procurar um centro de saúde imediatamente para diagnóstico clínico. Portanto, a Saúde faz um apelo para que a população não banalize os sintomas e também não realize automedicação, o que pode comprometer a avaliação médica, tratamento e recuperação. Já quem estiver com suspeita de dengue ou doença confirmada e apresentar sinais de tontura, dor abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio ou sangramentos deve buscar o quanto antes por auxílio em pronto-socorro ou em UPA.