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Ceasa garante atividades práticas de jardinagem a bolsistas do Mão Amiga
Um grupo de 15 bolsistas do programa Mão Amiga, política pública de inclusão de pessoas em situação de rua no mercado de trabalho, começou terça-feira, dia 12, a desenvolver atividades práticas de jardinagem nos espaços da Ceasa Campinas. A atividade é às tardes, vai durar até o final do ano e ocorrerá nos dias úteis na companhia de abastecimento.
O Mão Amiga tem como objetivo promover a reinserção social por meio da qualificação profissional. O programa oferece, durante o curso, uma bolsa de 277 UFICs, o que equivale a R$ 1.165,72, e dura de 12 a 24 meses. O curso teórico de Jardinagem e Paisagismo foi oferecido pelo Ceprocamp.
Desde 2016, quando foi criado, o programa Mão Amiga já certificou 166 bolsistas: 130 homens e 36 mulheres, que frequentaram aulas de jardinagem, de auxiliar de enfermagem, de hidráulica, de elétrica e de música. Mais de 20 ex-egressos do curso já entraram para o mercado de trabalho formal.
“Essa classe começou em plena pandemia e tivemos dificuldade de desenvolver algumas atividades práticas, porque as restrições sanitárias eram mais rigorosas. Essa complementação será uma boa experiência para eles conquistarem a chance de um novo emprego”, afirmou Vandecleya Moro, secretária municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos de Campinas.
O programa Mão Amiga é da Secretaria de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos. Tem a parceria da Ceasa e das secretarias de Educação, Saúde, Trabalho e Renda, Gestão e Desenvolvimento de Pessoas, Serviços Públicos, Verde e Cultura.
Além do Mão Amiga, a Prefeitura de Campinas mantém diversas ações de política pública para o atendimento da população em situação de rua.
SOS Rua
O serviço de abordagem social de população adulta em situação de rua, o SOS Rua, conveniado pela Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos, mantém diariamente a abordagem a pessoas que vivem nas ruas de Campinas, acolhendo-as e orientando-as. O serviço funciona das 8h às 22h. Durante a Operação Inverno, a ação se estende diariamente até a meia-noite.
Operação “Amigos no trecho”
Iniciada em 1º de julho de 2021, o projeto envolve a Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos, a Polícia Militar Rodoviária e as concessionárias que administram as estradas que passam pelo município de Campinas. Trata-se de um serviço 24 horas que, ao identificar um morador em situação de rua nas estradas, aborda, identifica-o e oferece acolhimento no albergue municipal.
Recâmbio
O Recâmbio de Migrantes é um programa da Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos cujo propósito é garantir o retorno seguro de pessoas socialmente vulneráveis a seus locais de origem.
Bagageiro municipal
Desde abril de 2021, as pessoas em situação de rua também podem contar com o bagageiro, um espaço para guardar os pertences. Fica na Rua José Cruz Ferreira Jorge, 32, na Vila Industrial e funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.
Centros POP Sares unidade 1 e unidade 2
São equipamentos públicos que ofertam atendimento especializado para pessoas em situação de rua. As ações desenvolvidas são: acolhida; escuta qualificada e compreensão do contexto familiar e social dos (as) usuários (as); orientação sobre documentação pessoal; compreensão da complexidade e da dimensão social que perpassa a situação de rua; incentivo à participação social dos (as) usuários (as) e a defesa de direitos e oferta de cuidados de higiene, vestuário e alimentação.
Casas de passagem
As duas casas de passagem em Campinas acolhem pessoas em situação de rua, oferecendo espaço transitório de moradia para a construção do processo de saída das ruas. Oferece cuidados de higiene, saúde, alimentação, vestuário, documentação e convivência.
Abrigos
A Prefeitura conta com três abrigos masculinos, um feminino, um albergue municipal (Samim), um albergue emergencial para a proteção de Covid e um albergue para moradores em situação de rua com sintomas gripais.
Vem com a gente
O projeto “Vem com a gente” foi instituído em 28 de janeiro deste ano e reúne atualmente 35 grupos de voluntários e 23 pontos de distribuição. Duas novas entidades aderiram esta semana: a Associação MSM Semente do Amor, no Jardim São Marcos (Norte de Campinas), e o Instituto Missionário Teológico Rompendo Nações, no Jardim Colúmbia, na região do Jardim Campo Belo (Sul de Campinas).
No mês de março, houve o registro de uma elevação de praticamente 18% na oferta de alimento à população socialmente vulnerável em Campinas. No primeiro mês do ano, antes de o “Vem com a gente” iniciar, eram ofertadas 8.650 refeições. Em fevereiro, no início da implantação, o número praticamente se manteve (8.680 marmitas). Em março, com a adesão de novos parceiros e pontos de distribuição, foram oferecidas 10.220 refeições, um crescimento de 17,7% em comparação a antes da implantação do “Vem com a gente”.
Consultório na rua
A Secretaria Municipal de Saúde mantém o Consultório na Rua, que visa atender a essa população. Por meio de um veículo adaptado que percorre diversas áreas da cidade, o Consultório na Rua oferece cuidados em saúde a essas pessoas em seus próprios contextos de vida. É composto por duas equipes multidisciplinares que contam com médicos, psicólogos, assistentes sociais, auxiliares de enfermagem, enfermeiros e redutores (pessoas que trabalham com a política de redução dos danos causados pelas drogas). O foco do atendimento é voltado para doenças ou condições que mais atingem os moradores em situação de rua, como tuberculose, alcoolismo e combate ao crack e outras drogas. Orienta essa população sobre doenças, como as sexualmente transmissíveis e hepatites. Realiza curativos, testes de diabetes e medição de pressão.