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Ceprocamp possui serviço de atendimento psicológico para alunos e funcionário 

Dariane da Silva Melo é aluna do curso de qualificação profissional em Auxiliar de Logística Básico e precisou ser atendida pelo Serviço de Apoio Escolar (SAE) num momento de delicado da vida. “Em meus momentos de fragilidade, fui direcionada pela minha professora do curso para o SAE, onde recebi um ótimo atendimento. Fui ouvida e acolhida, obtive os resultados e fui encaminhada a um novo centro de atendimento psicológico. Este é um projeto que verdadeiramente se responsabiliza pela saúde mental e valorização da vida.”  O atendimento foi realizado na própria unidade em que ele estuda, no Centro.

 

O Serviço de Apoio Escolar (SAE), criado em 2022 no Centro de Educação Profissional de Campinas (Ceprocamp), registrou um aumento significativo no número de atendimentos. Ao todo, o número de pessoas atendidas, entre alunos e colaboradores, aumentou 115%, passando de 116, em 2022, para 250, em 2023, em todas as unidades do Ceprocamp. A maior parte, cerca de 95%, dos atendimentos são aos alunos. Os dados são da última atualização do ano de 2023.

 

“A gente viu a necessidade, logo após a pandemia, de ter um setor dentro da escola que pudesse dar um suporte de escuta para os alunos, funcionários e professores, em função do que ocorreu na pandemia, o isolamento social e tudo mais”, diz Andrea Jaconi, gerente do Ceprocamp e criadora do serviço.

 

O SAE é composto por uma equipe de cinco alunos de psicologia que se revezam para atender nos três períodos da unidade central, além de prestar serviços nas unidades descentralizadas.

 

Em todas essas unidades, o atendimento segue a mesma dinâmica. As pessoas interessadas procuram o serviço na unidade onde estudam, e um dos profissionais realiza o acolhimento, a escuta e o encaminhamento para os setores internos ou externos da escola, conforme a necessidade de cada caso.

 

“O que nos moveu foi o perfil de alunos que temos. A gente tem muito aluno aqui que sofre violência doméstica, tem problemas emocionais, psiquiátricos. E aí, o que nós fazemos aqui é a escuta e os encaminhamentos. Com isso, conseguimos minimizar a evasão escolar”, segundo Andrea.

 

O SAE tem como objetivo principal garantir o acolhimento de alunos em situação de vulnerabilidade social. Por meio de diversas ações, o serviço lida com desafios como dificuldades de aprendizagem, problemas pedagógicos, saúde mental, violência doméstica e relações interpessoais que afetam o desempenho escolar.

 

“Embora já tenha experiência em diferentes funções na área educacional, assumir a coordenação no Serviço de Apoio Escolar me proporcionou novos aprendizados, principalmente a partir da escuta atenta realizada com alunos e a comunidade escolar do Ceprocamp”, relata Sandra Mara Fulco, coordenadora do SAE. Ela acredita que se as pessoas soubessem o quão benéfico é escutar e ser escutado, provavelmente se ganharia em qualidade de vida nessa troca.

 

O serviço é também uma ótima oportunidade para estudantes de psicologia que participam do atendimento. “No nosso cotidiano, lidamos com os mais variados casos de alunos e funcionários, que nos trazem demandas complexas, abrangendo questões emocionais, psicológicas, socioeconômicas, pedagógicas, entre outras. Essas demandas nos proporcionam grande crescimento profissional”, conta Davi Alves de Andradeestagiário de psicologia.

 

 

Sobre o SAE

 

O acompanhamento contínuo dos casos é realizado através de contatos via WhatsApp, telefone, e-mail e presencialmente, garantindo atualizações constantes sobre a situação da pessoa atendida. Além disso, o SAE elabora relatórios periódicos detalhando os casos atendidos, com queixas, demandas, encaminhamentos, processos desenvolvidos e resultados obtidos, atualizados continuamente.

 

O serviço também realiza pesquisas e levantamentos de programas e projetos vinculados às Secretarias de Assistência Social, Saúde, Educação, entre outras, bem como iniciativas de Organizações da Sociedade Civil (OSCs) e centros de saúde, focando no apoio a pessoas em situação de vulnerabilidade e risco. Para isso, o SAE mantém contato contínuo com coordenadores de programas sociais e centros de saúde, buscando trocas de informações e parcerias para o encaminhamento de alunos que necessitam de apoio.

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