Nossa Região
Cidades mineiras participam de oficinas com a Defesa Civil
Representantes das cidades mineiras de Mariana, Barra Longa, Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado participaram de capacitação sobre ações de resiliência no Sistema Municipal de Proteção e Defesa Civil na Prefeitura de Campinas. A oficina foi realizada nesta terça-feira, 29 de novembro, na Sala de Resiliência do Paço Municipal. O encontro integra as atividades do Centro de Resiliência a Desastres – Campinas (CRDC) da Defesa Civil e teve a parceria do Centro de Estudos e Pesquisas em Desastres (Ceped) da Unicamp.
O evento teve a participação virtual de Clément Da Cruz, assessor técnico de resiliência urbana do Escritório das Nações Unidas para Redução de Desastres (UNDRR). Ele foi convidado a fazer uma exposição aos participantes.
Segundo o diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado, Campinas tem o compromisso de levar o tema da resiliência às demais cidades do Estado e do Brasil. Ele lembrou que o município foi o primeiro do País a ser escolhido pela Iniciativa Construindo Cidades Resilientes (MCR2030) e UNDRR como centro de resiliência. “Campinas já auxiliou Mariana (MG) a aderir à Iniciativa e agora está apoiando também outras cidades mineiras”, contou.
De acordo com o coordenador do Ceped, André Argollo, a oficina foi uma troca de experiências e motivou os participantes a pensarem, para suas cidades, em parcerias semelhantes a que a Defesa Civil de Campinas tem com universidades locais, enfatizando que o Ceped é fruto de convênio entre a Unicamp e a Secretaria de Proteção e Defesa Civil do Estado de São Paulo. “A ideia é darmos continuidade a esse projeto com um grupo como o de hoje, da região ou de outro Estado. Falamos sobre nosso trabalho em conjunto, e de alguns de nossos estudos”, disse.
Para o diretor da Defesa Civil de Mariana (MG), Welbert Stopa, foi muito importante ter participado. Ele já conhecia o trabalho de Campinas e possuía vivência no tema da resiliência. Assim como os participantes das demais cidades, ele veio conhecer pessoalmente as ações que são desenvolvidas em Campinas, e que são referência para o Brasil. “Tivemos que desenvolver a resiliência em nossas comunidades a duras penas depois da tragédia do rompimento da barragem da Samarco, Isso fez com que voltássemos mais o nosso olhar para a questão da resiliência, dessa preparação e gestão do risco em si e não somente a gestão do desastre”, destacou.
Atualmente, há Centros de Resiliência em oito cidades de diferentes países – Coreia, Suécia, Espanha, Itália, Inglaterra, México, Colômbia e Brasil. Cada um desses locais tem diferentes características. No contexto da América Latina, enquanto a Cidade do México e Medellín buscam prevenção relacionada a terremotos e deslizamentos de encostas, Campinas se distingue pela estratégia de integração com os diversos setores da Administração Pública para prevenir e minimizar situações de risco à saúde e desastres.