Cidades Sustentáveis: Campinas é premiada em três categorias

Nesta sexta-feira, 16, Campinas participou, em São Paulo, do Prêmio Cidades Sustentáveis: acelerando a implementação da Agenda 2030, com as boas práticas: “Estação Produtora de Água de Reuso (EPAR)”, “Projeto Piloto de Horta Comunitária: Cultivando no Florence – Programa Campinas Solidária e Sustentável” e “Usina Verde – Implantação e Operação de Usina de Compostagem de Resíduos Orgânicos”. A cidade conquistou a segunda posição em dois eixos: o econômico, com a Usina Verde; e o ambiental, com a EPAR, ambas as práticas com participação direta da Sanasa; e em terceiro lugar, no eixo social, com o projeto de hortas comunitárias.

A Usina Verde é uma parceria entre a Sanasa e a Prefeitura de Campinas, que prevê o fornecimento de 90 toneladas de lodo desidratado todos os dias – resíduo resultante do tratamento de esgoto – para a produção de adubo orgânico de alta qualidade. O lodo, que ia para aterro sanitário, é misturado a galhos e frutas provenientes de podas de árvores de áreas públicas e de restos descartados pela Ceasa e transformado em fertilizante certificado pelo Instituto Agronômico de Campinas. Pelo fato do lodo não seguir mais para aterros sanitários, é gerada uma economia mensal de R$ 53 mil. Nessa parceria, a Sanasa investiu cerca de R$ 7 milhões em maquinário.

A EPAR é a responsável pela produção de água de reuso que pode ser utilizada na lavagem de ruas, regas de jardins e no combate a incêndios pelo Corpo de Bombeiros. A água de reuso é um produto resultante do efluente tratado na estação de tratamento de esgoto, após passar por um processo em membranas ultra filtrantes. “Ao ser lançado nos rios, a água de reuso traz um impacto positivo ao meio ambiente, melhorando a qualidade do bioma. Neste caso, beneficia cidades que ficam abaixo do Rio Capivari, como Monte Mor, Capivari, Mombuca, Rafard, que captam água do rio para abastecer uma população de quase 110 mil habitantes”, explica o presidente da Sanasa, Manuelito Magalhães Júnior.

A Horta Comunitária faz parte do projeto-piloto Campinas Solidária e Sustentável, que tem o objetivo de promover a agricultura urbana na cidade, garantir segurança alimentar e nutricional e, futuramente, gerar renda para a comunidade onde estiver implantada. Teve início em abril deste ano.

Sobre o prêmio

Os 17 ODSs representam um plano de ação global para eliminar a pobreza extrema e a fome, oferecer educação de qualidade para as pessoas e proteger o planeta. Foram estabelecidos pela Organização das Nações Unidas em 2015 e formam uma agenda mundial para a construção e implementação de políticas públicas para guiar a humanidade até 2030.

As iniciativas do prêmio foram avaliadas por um grupo de especialistas em quatro categorias (ambiental, social, econômico e governança) e divididas em três faixas populacionais (cidades pequenas, médias e grandes). Ao todo, foram inscritas mais de 90 boas práticas.

Representaram Campinas, o prefeito Dário Saadi; o presidente da Sanasa, Manuelito Magalhães Júnior; o secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella; a secretária de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos, Vandecleya Moro; e o secretário do Verde, Meio Ambiente e Sustentabilidade, Rogério Menezes.