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Nossa Cidade

Cohab aposta em parcerias comerciais para diminuir o déficit habitacional

A Companhia de Habitação Popular de Campinas (Cohab-Campinas) está atuando em diversas frentes para diminuir o déficit habitacional e, para isso, aposta também em parcerias com construtoras que queiram empreender para a população de baixa renda. O secretário municipal de Habitação e presidente da Cohab-Campinas, Vinicius Riverete, diz que o objetivo é buscar reduzir o déficit habitacional de maneira criativa enquanto não há novas linhas de financiamento público possíveis.

A ideia começou a ser trabalhada a partir do instante em que o Governo Federal deixou de contratar unidades habitacionais pelo Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) na Faixa 1(famílias com renda mensal até R$ 1,8 mil por mês) para o município. Os últimos apartamentos para esta faixa de renda em Campinas foram sorteados em fevereiro de 2015 para o Residencial Santa Luzia, na Região Sul e, pelo menos até este momento, não há previsão de unidades para Faixa 1 (sorteio) para nenhuma cidade do país.

A primeira parceria foi formalizada com a HM Engenharia em 2018, quando foi lançada a pedra fundamental de três empreendimentos habitacionais denominados HM Bem Morar. Dois empreendimentos, “Felicidade” e “Liberdade”, estão sendo implantados na Região Sudoeste, entre os bairros Vida Nova e Ouro Verde, enquanto que o terceiro condomínio, denominado “Novo Horizonte”, está sendo construído na divisa com o município de Hortolândia. Esses empreendimentos somam 2.380 unidades e são destinadas a famílias com renda mensal entre um e três salários mínimos. Os apartamentos têm custo total a partir de R$ 133 mil e subsídio de até R$ 42 mil.

Outra grande parceria foi recentemente firmada com a FYP Engenharia e Construções. Neste modelo serão construídas 880 unidades habitacionais na Região do Distrito do Ouro Verde, com valor médio estimado para financiamento de R$ 170 mil. Estas unidades serão destinadas ao Faixa 2 do PMCMV, isto é, para famílias com renda mensal entre R$ 2,6 mil e R$ 4 mil.

Segundo o gerente comercial da Cohab-Campinas, Eduardo Nasser, o foco é garantir que as famílias inscritas no Cadastro de Interessados em Moradia (CIM) tenham, ao mesmo, a oportunidade de conhecer novos empreendimentos que se enquadrem na sua faixa de renda, aproveitando as benesses restantes do PMCMV.

“O Governo Federal praticamente encerrou a oferta de unidades por meio dos antigos e tradicionais sorteios habitacionais, mas nós não estamos abandonando ou desvalorizando os dados cadastrais que possuímos. As parcerias estão sendo constituídas com construtoras de renome no mercado, o que se configura em mais um item de segurança para os adquirentes”, declarou.

 

Criatividade 

 

De acordo com o secretário municipal de Habitação e presidente da Cohab-Campinas, Vinicius Riverete, o município está usando a criatividade para tentar diminuir o mais rapidamente possível o déficit habitacional.

“Em 2017, implantamos em Campinas a Lei Ehis-Cohab, que agiliza trâmites e reduz prazos para a aprovação de empreendimentos habitacionais. Além da aprovação da lei e das parcerias, outra medida já em estudo pela diretoria é a implantação em Campinas do Faixa 1 Municipal, em que as regras para participar do programa serão adaptadas e geridas totalmente pelo próprio município em áreas públicas. Nesta nova modalidade, as regras serão estabelecidas pelo município de forma a atender quem more ou trabalhe em Campinas. Em resumo, estamos buscando alternativas através de soluções criativas todos os dias a fim de oferecer mais opções de moradia digna para a população. Até o nosso cadastro habitacional poderemos oferecer como uma possível opção de clientes para as construtoras”, afirmou.

É importante que os interessados em obter moradia em Campinas mantenham o cadastro atualizado para eventuais contatos e convocações, quando surgirem oportunidades para a aquisição de algum imóvel.

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