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Com mais 10 leitos liberados, Saúde terá 165 UTIs na próxima semana
Dez novos leitos de UTI para pacientes graves com Covid-10 entraram em operação no Hospital Ouro Verde nesta sexta-feira, 19 de março. Até a próxima semana, o SUS Municipal, incluindo os hospitais municipais e a rede conveniada, chegará a 165 estruturas para pacientes graves, cinco a mais do que estava previsto. Essa quantidade de leitos ultrapassará a disponibilidade que havia no pico da pandemia no ano passado, entre junho e agosto, que era de 150 leitos em média.
Mesmo com esse trabalho intenso para combater a pandemia, a partir daí a capacidade de ampliação no número de leitos de UTI no SUS Municipal para internação de pacientes com Covid-19 se esgotará por falta de equipes especializadas nesse atendimento e dificuldades para garantir o abastecimento de insumos necessários ao tratamento dos doentes graves, informou o presidente da Rede Mário Gatti, Sérgio Bisogni..
Dentro desse quadro, para não deixar ninguém sem assistência, um novo fluxo de pacientes começou a ser estabelecido entre os hospitais Ouro Verde, Mário Gatti e PUC-Campinas.
Pacientes graves com grandes traumas, emergências cirúrgicas e clínicas não relacionadas à Covid, que chegarem ao Hospital Ouro Verde, serão transferidos, na medida do possível, para os hospitais Mário Gatti e PUC-Campinas.
Já pacientes com Covid do hospital universitário serão transferidos para o Ouro Verde, que desde esta sexta-feira, dia 19 de março, está priorizando o atendimento a pacientes graves infectados pelo coronavírus, informou Bisogni.
Para viabilizar os dez novos leitos de UTI no Ouro Verde, o hospital utilizou a estrutura que estava destinada a pacientes com outras doenças. Os que estavam nesses leitos foram transferidos para a área de recuperação do centro cirúrgico, onde foi montada uma UTI. O hospital terá mais 28 leitos de enfermaria, dos quais 15 foram abertos nesta segunda-feira e os demais dependerão de contratação de recursos humanos.
A principal dificuldade em recursos humanos para permitir a ampliação de leitos está na contratação de médicos e equipes de enfermagem, segundo ele. “Mesmo a empresa contratada para fornecer equipes está com dificuldade de encontrar esses profissionais no mercado”, disse.
Embora não haja falta de insumos para o tratamento dos doentes com Covid, a situação já preocupa. Bisogni informou que a Rede Mário Gatti faz planejamento de quantitativos suficientes para um período de 90 a 120 dias, mas agora o que era consumido em 90 dias está se esgotando em 30 dias. “Negociamos com o laboratório fornecedor, que vai cumprir o contratado, e abastecerá a rede semanalmente”, disse.
Com essa situação de insegurança, especialmente para contratação de pessoal, não será possível ampliar mais leitos na Rede Mário Gatti, afirmou.
A falta de médicos e equipes de enfermagem impediu, também, a entrada em operação de mais dez leitos nesta sexta-feira no Hospital Mário Gatti. A previsão é que eles comecem a receber pacientes na segunda-feira. Outros cinco leitos de UTI também entrarão em operação na segunda-feira, no Hospital Metropolitano.
A possibilidade de ampliação de leitos de enfermaria vai depender do início do funcionamento do Hospital de Campanha na sede dos Patrulheiros, que está passado por readequações. Para a unidade estão previstos 36 leitos.