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Conselheiro agrícola da Embaixada da Holanda visita Ceasa Campinas
O conselheiro agrícola da Embaixada do Reino dos Países Baixos (Holanda) no Brasil, Bert Rikken, visitou a Ceasa Campinas na tarde desta terça-feira, 27. Ele foi recebido pelo presidente do entreposto, Wander Villalba, e pelos diretores Miguel Nicolau (administrativo-financeiro) e Claudinei Barbosa (técnico-operacional). Na pauta, a discussão do projeto que visa tornar a Ceasa Campinas um centro de exportação de hortifrútis e a possibilidade de parceria com os holandeses.
Também participaram da reunião o adido de Inovação, Tecnologia e Ciência do Consulado Geral da Holanda, Ernst-Jan Bakker, e o assessor do Departamento Agrícola da Embaixada holandesa, Ramon Gerrits. A visita dos holandeses é um desdobramento do encontro da diretoria da Ceasa com o ministro-conselheiro da Embaixada da Holanda, Roderick Wols, realizado no último dia 6 em Campinas, também para discutir o projeto de criação do porto seco na central de abastecimento.
Mais uma vez, os holandeses se mostraram interessados na proposta e se colocaram à disposição para contribuir com a iniciativa. Uma visita de empresários da Holanda aos mercados da Ceasa deverá ser organizada, para que eles conheçam o funcionamento da central e os produtos comercializados e interajam diretamente com os comerciantes e produtores locais.
“A Holanda é o centro de distribuição na Europa e temos uma associação que reúne grandes exportadores e importadores de frutas e verduras. Acho que essa associação seria uma porta de entrada para vocês”, sugeriu Rikken.
Villalba reafirmou a necessidade de ampliar as exportações de hortifrútis. “O Brasil é o quarto maior produtor do mundo e apenas o 24º exportador. Temos uma vacância muito grande entre uma coisa e outra. Precisamos suprir esse espaço. Há condições para isso”, disse Villalba.
Miguel Nicolau ressaltou a importância de dar segurança aos produtores brasileiros para exportar e que esse também é um dos objetivos do projeto. “O mercado interno supre toda a produção excedente que os produtores brasileiros possam ter. Então eles precisam ter a segurança de poder exportar o ano inteiro”, disse Nicolau.
O diretor Claudinei Barbosa explicou que alguns produtores e comerciantes da Ceasa Campinas já exportam frutas, como figo, goiaba, limão e laranja. “Eles têm capacidade para produzir o ano inteiro, mas o mercado europeu tem exigência apenas para algumas janelas do ano. Por isso que precisaríamos entender a necessidade de classificação, qualidade e variedade necessárias para atender cada mercado específico. Esse é o primeiro mapeamento necessário. O segundo passo é fazer um levantamento dos comerciantes e produtores interessados em exportar”, disse Barbosa.
Workshop
A diretoria da Ceasa também aproveitou a reunião para convidar os holandeses a participarem de um workshop que será realizado ainda neste semestre para debater o assunto. O evento deverá reunir produtores e representantes da Ceasa Campinas, do Aeroporto Internacional de Viracopos e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).