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Covid-19: OMS vai testar três medicamentos para doentes hospitalizados

A Organização Mundial da Saúde (OMS) vai iniciar uma nova fase de ensaios clínicos de medicamentos contra a covid-19, testando três medicamentos em pacientes hospitalizados. Pacientes estão sendo recrutados.

Os testes fazem parte da nova fase do ensaio clínico Solidarity, da OMS, que entra na fase Solidarity Plus para testar a eficácia dos medicamentos artesunate (do laboratório farmacêutico IPCA), usado para tratar casos graves de malária; imatinib (Novartis), usado para tratar alguns tipos de câncer; e infliximab (Johnson & Johnson), usado para tratar doenças do sistema imunológico, como artrite reumatoide.

Os medicamentos foram doados pelas farmacêuticas para a realização do ensaio clínico, que ocorre em 52 países.

“Encontrar terapêuticas mais eficazes e acessíveis para os doentes com covid-19 continua sendo uma necessidade crítica, e a OMS está orgulhosa por liderar esse esforço global”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanoms, citado em comunicado da organização divulgado hoje (11).

O comunicado diz que na nova fase dos ensaios clínicos estão envolvidos cerca de 600 hospitais nos 52 países participantes, mais 16 países do que na fase inicial. Será possível avaliar a eficácia de vários tratamentos ao mesmo tempo usando um único protocolo, recrutando milhares de pacientes para gerar estimativas robustas sobre a eficácia que um medicamento pode ter na mortalidade.

O protocolo também permite a adição de novos medicamentos ao longo do processo e o abandono dos que forem considerados ineficazes.

Os ensaios já permitiram demonstrar, por exemplo, que medicamentos como remdesivir, hidroxicloroquina, lopinavir e interferon têm pouca ou nenhuma eficácia em pacientes hospitalizados.

A pesquisa vai recrutar apenas pacientes adultos, homens e mulheres, em internamento hospitalar, até 1º de maio de 2022.

A covid-19 provocou pelo menos 4,31 milhões de mortes em todo o mundo, entre mais de 203,9 milhões de infecções pelo novo coronavírus registradas desde o início da pandemia, segundo recente balanço da agência France Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, a Índia, África do Sul, o Brasil e o Peru.

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