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CSs atendem 678 pacientes com sintomas de dengue em 2º sábado com horário ampliado

Os dez centros de saúde (CSs) de Campinas abertos no sábado, 30 de março, atenderam 678 pacientes com sintomas de dengue durante o 2º fim de semana com horário ampliado. O objetivo é reforçar a assistência diante do contexto de epidemia e, ao mesmo tempo, reduzir a demanda por atendimentos na Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar.

A quantidade inclui novos atendimentos e retornos. A Secretaria de Saúde avalia que o número é inferior aos 1.071 atendidos no sábado anterior porque este fim de semana foi de feriado prolongado.

As unidades que funcionaram das 7h às 17h foram: Florence, Valença, Ipê, Aeroporto, Capivari, Santo Antônio, União dos Bairros, Aurélia, São Quirino e Campo Belo. Neste grupo, nove já recebiam pacientes aos sábados, das 7h às 13h, antes da nova medida aplicada pela Saúde. A única que não abria era a do Campo Belo.

Das 7h às 13h, as unidades receberam todos os casos, e das 13h às 17h o atendimento foi direcionado para pacientes com sintomas de dengue: febre, dor de cabeça, dor no corpo e dor nos olhos, vômito, dor nas articulações e manchas vermelhas no corpo (exantema).

Outros três CSs que já abriam das 7h às 13h e continuaram abertos no período foram: DIC 1, Santa Lúcia e Vista Alegre. No sábado, o Laboratório Municipal também funcionou para receber amostras de exames e, com isso, facilitar o direcionamento das ações de saúde.

Expectativa de melhorias

A ampliação do funcionamento foi anunciada pelo prefeito Dário Saadi em 21 de março. Ele destacou que o objetivo é fazer com que os pacientes de casos considerados de baixa complexidade busquem pelas unidades básicas para assistência médica. “Assim, serão destinados à Rede Mário Gatti os casos de média e alta complexidade”, destacou.

Orientações sobre assistência

A pessoa que tiver febre deve procurar um centro de saúde imediatamente para diagnóstico clínico. Portanto, a Saúde faz um apelo para que a população não banalize os sintomas e também não realize automedicação, o que pode comprometer a avaliação médica, tratamento e recuperação. Já quem estiver com suspeita de dengue ou doença confirmada e apresentar sinais de tontura, dor abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio ou sangramentos deve buscar o quanto antes por auxílio em pronto-socorro ou em UPA.

Os endereços dos 68 CSs de Campinas estão disponíveis na página: portal.campinas.sp.gov.br/secretaria/saude/pagina/centros-de-saude

O que já foi feito

Desde dezembro de 2023 a Secretaria de Saúde já colocou em prática uma série de medidas consideradas adicionais, sobre o planejamento regular de prevenção e combate à dengue, que inclusive começaram a ser copiadas por outros municípios diante do contexto do aumento de casos da doença. O plano inclui Sala de Situação para análise sistemática, reorganização da rede municipal de saúde e novo site para divulgar informações.

A Prefeitura realizou neste ano nove mutirões, incluindo um regional, onde visitou pelo menos 37,5 mil imóveis para orientar a população e retirar criadouros do mosquito. Contudo, em cada ação, quase metade dos espaços é achada inacessível pelos agentes por estarem fechados, desocupados ou em virtude de impedimento dos moradores.

A Administração passou a usar a estratégia de utilização de drones para localizar grandes criadouros do Aedes aegypti como piscinas e caixas d’água em imóveis identificados como desocupados ou em situação de abandono. Com isso, chaveiros podem ser acionados e esta medida está respaldada em decisão judicial de 2020, proferida nos autos do processo judicial n.º 1005810-97.2014.8.26.0114, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Campinas.

Outra novidade é o uso de inteligência artificial para ampliar o monitoramento e assistência em saúde aos pacientes com dengue. Toda pessoa diagnosticada ou com suspeita da doença, após atendimento no SUS Municipal, recebe via WhatsApp mensagem disparada pelo chatbot que auxilia a Pasta a acompanhar as condições do paciente. Caso necessário, é feita nova orientação sobre busca por atendimento.

A Prefeitura criou ainda o Grupo de Resposta Unificada (GRU), que envolve todas as áreas com objetivo de agilizar respostas e fiscalizações sobre as denúncias que tratam de criadouros. A primeira ação ocorreu em 28 de março, nos bairros Bonfim e Chapadão.

Ações de 2024 em números – atualização até 25 de março

– Controle de criadouros: 254,3 mil imóveis visitados
– Nebulização costal: 37,7 mil imóveis visitados
– Nebulização veicular: cobertura de 37,4 mil imóveis
– Busca ativa + controle de criadouros: 49 mil imóveis visitados
– Avaliação de densidade larvária realizada por agente comunitário de saúde: 27,1 mil imóveis visitados
– Avaliação de densidade larvária feita por agente de apoio ao controle ambiental: 1,6 mil imóveis visitados
– Pontos estratégicos e imóveis especiais: 1,3 mil imóveis visitados

Estatísticas do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) mostram que 80% dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença, estão nas residências. Portanto, o enfrentamento à epidemia exige esforço compartilhado entre Poder Público e população para eliminar qualquer espaço com água que possa ser usado pelo inseto para proliferação.

Comitê de prevenção

A Prefeitura conta com um comitê de prevenção e controle de arboviroses desde 2015, que em 2023 passou a se chamar Comitê Municipal de Enfrentamento das Arboviroses e Zoonoses. Ele reúne 14 secretarias: Governo; Saúde; Educação; Serviços Públicos; Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade; Gestão e Desenvolvimento de Pessoas; Administração; Comunicação; Trabalho e Renda; Esportes e Lazer; Cultura e Turismo; Habitação; Relações Institucionais, e Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos. Também participam Defesa Civil, Serviço 156, Rede Mário Gatti, Setec e Sanasa. No comitê é discutida a situação epidemiológica da cidade e, com isso, são desencadeadas as ações intersetoriais e apoio para as ações da Secretaria de Saúde. Mais informações estão no site: dengue.campinas.sp.gov.br.

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