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Defesa Civil, Agemcamp e Unicamp capacitam órgãos públicos para casos de catástrofes e desastres
Prefeituras e órgãos de Defesa Civil da região participam nesta quinta-feira, 21 de setembro, na Unicamp, da oficina de capacitação “Ação de Resiliência para Integração do Centro de Operação e Emergência”. O evento é promovido pela Defesa Civil de Campinas, em conjunto com o Centro de Estudos e Pesquisas sobre Desastres (Ceped) da Unicamp e a Agência Metropolitana de Campinas (Agemcamp). O objetivo é integrar e treinar os municípios para a implementação de um plano de contingência em casos de catástrofes e desastres.
Participam do encontro os municípios (Campinas, Itatiba, Morungaba, Nova Odessa, Santa Bárbara D’Oeste e Vinhedo) que já concluíram seus projetos de criação de um Centro de Operações de Emergência (COE), que pode ser definido como uma sala equipada onde são discutidas as políticas públicas e os atendimentos emergenciais ligados à área de Defesa Civil. Além do órgão, as secretarias municipais de Ação Social, Saúde, Meio Ambiente e de Obras Públicas também integram a estrutura do Centro de Operações de Emergência.
Treinamento
Entre os assuntos que estão sendo tratados na capacitação estão monitoramento, meio ambiente e operação estiagem; Câmara Temática da Agemcamp; comunicação de risco, sistema do Corpo de Bombeiros e Assistência Social. No final da tarde, haverá um simulado.
Comunicação de risco
Uma das palestrantes foi a jornalista Talita Matias, da Secretaria de Comunicação de Campinas, que falou sobre Comunicação de Risco. Ou seja: a troca de informações, aconselhamento e opiniões em tempo real entre peritos, líderes comunitários ou responsáveis e as pessoas em risco para os veículos de imprensa durante eventos extremos.
Para ela, o papel da mídia é extremamente importante para auxiliar na comunicação dos riscos para a população. “A imprensa informa e age como guardiã da população, sendo capaz de distribuir as informações com rapidez e maior abrangência”, disse.
A apresentação também incluiu orientações de como se comunicar com a população, por meio da imprensa, frisando o uso de uma linguagem simples que possa alcançar efetivamente todas as pessoas que precisam ser informadas. Outro ponto é o uso de outras ferramentas como as mensagens por texto, alertas, contar com parcerias na comunidade e rede da defesa civil e saúde.
Ação Social
Um dos palestrantes é o coordenador de Ação Social do Estado, Itamar Paulo de Sousa Júnior, que falou sobre a experiência do órgão na gestão das consequências do temporal que devastou o município de São Sebastião, no litoral Norte, em 1º de janeiro de 2023, e como a Assistência Social pode interagir com outros órgãos no sentido de melhorar e otimizar os recursos dentro da prefeitura. Relatou também o trabalho atual de abordagem e atendimento a pessoas em situação de rua nesses dias de forte calor.
“Estamos aqui para poder discutir algumas possibilidades que nós poderemos enfrentar por causa de calamidades, de pandemias e de emergências que nós já vivemos. Então, nós podemos nos preparar e, mesmo sabendo que é um fator surpresa, nós podemos ter uma linha de planejamento”, disse Sousa Júnior, que destacou a importância da integração entre as secretarias para o sucesso das ações.
Para o diretor da Defesa Civil, Sidney Furtado, a capacitação tem a finalidade de integrar e envolver os diversos setores das prefeituras que já entregaram seus projetos de COE.
“Nós estamos na iminência de ter um radar meteorológico no próximo ano, e não adianta só ter um radar, é preciso que as prefeituras estejam preparadas, de acordo com os diversos setores, a interpretar uma imagem de radar e também a enfrentar uma situação de crise”, disse.
“O pessoal às vezes acha que é só a Defesa Civil que faz a coordenação de uma emergência, de um desastre. Não, cada órgão tem a sua contribuição, a sua vocação para isso, mas é preciso conhecer o que o outro faz. Se não conhecer, não consegue ter um trabalho organizado”, conclui.