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Nossa Cidade

Defesa Civil campineira falou sobre cidades resilientes em Mariana (MG)

A cidade de Mariana (MG) recepcionou nesta sexta-feira, dia 2 de setembro, em seu Centro de Convenções, a Defesa Civil de Campinas para um seminário sobre a construção de cidades resilientes. A realização do evento foi da Prefeitura do município, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania.

O evento abordou formas de promover a resiliência do local em que ocorrem situações de emergência e desastres. O seminário mostrou que para chegar a esse resultado são mobilizados a defesa política e o trabalho sistêmico, com o fortalecimento e a conexão de vários níveis de governo.

O coordenador regional e diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado, foi um dos palestrantes. Sua fala mostrou como construir cidades resilientes, capazes de fazer boa gestão de riscos em situações de desastres.

De acordo com Furtado, a participação de Campinas em eventos como o seminário de Mariana é muito importante. “Mostra o reconhecimento das ações do Centro de Resiliência de Campinas (CRDC) – o primeiro do Brasil – tanto no âmbito municipal como nas esferas estadual e nacional”.

O encontro contou com uma mesa-redonda sobre a vulnerabilidade socioeconômica e a preparação para o enfrentamento de riscos. Participaram os secretários de Mariana, Antônio de Freitas (Defesa Social) e Walber Luiz da Silva (Desenvolvimento Social e Cidadania) e comandantes de forças de segurança. Já a assistente social do município mineiro, Rosângela Silva, falou sobre o atendimento socioassistencial em contextos de emergência e calamidade pública.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Social e Cidadania de Mariana, a cidade, embora relativamente experiente na vivência de situações de desastres e emergências em Defesa Civil, ainda precisa aprimorar o planejamento para atendimentos de emergências relacionadas ao período de chuva”.

Ele explicou que foi nesse contexto que surgiu o convite para a participação do coordenador da Defesa Civil campineira, inclusive porque já conhecia Furtado de evento anterior. “Reforçando nosso contato, pudemos aproveitar a sua ampla experiência para iniciarmos o processo de planejamento aqui em Mariana, envolvendo todas as demais secretarias do município”, afirmou.

Silva comemorou o resultado do seminário, enfatizando que o evento rendeu lições importantes ao município. “Certamente, Mariana avançou um pouco mais no planejamento para enfrentar para situações de crise”, afirmou.

O prefeito de Mariana, Ronaldo Alves Bento, participou do seminário, bem
como o presidente da Câmara Municipal, Juliano Duarte. Também estavam presentes secretários municipais, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e servidores, somando cerca de 200 pessoas.
 

Ainda nesta sexta-feira, a Defesa Civil campineira auxiliou a cidade a aderir à Campanha Construindo Cidades Resilientes (MCR2030), do Escritório das Nações Unidas para Redução de Risco de Desastres (UNDRR). Campinas já ajudou 63 cidades do país a compreenderem e cumprirem os requisitos para integrarem a iniciativa.

Desastre ambiental de Mariana

A história do município mineiro é marcada por uma tragédia ocorrida em 5 de novembro de 2015 no subdistrito de Bento Rodrigues. Nessa data, a Barragem do Fundão, de propriedade da empresa Samarco Mineração S/A, se rompeu, causando a morte de 19 pessoas e configurando o maior desastre ambiental do Brasil, e um dos maiores do mundo.

Mais de 50 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração escorreram para terrenos e rios. Cerca de 240 hectares de mata atlântica foram degradados, e 41 cidades e três reservas indígenas sofreram com o derramamento de laxa tóxica. No total, a quantidade de peixes mortos somou 14 toneladas.

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