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Defesa Civil de Campinas divulga balanço parcial da Operação Estiagem

A Defesa Civil de Campinas apresentou na manhã desta quarta-feira, 26 de junho, balanço parcial da Operação Estiagem. Desde o dia 1º de maio até 24 de junho, foram captados 227 focos de incêndio por meio de imagens de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Também foram emitidos boletins de baixa Umidade Relativa do Ar (URA), de baixa e de altas temperaturas.

O coordenador regional e diretor do Departamento de Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado, explicou que a grande preocupação do município continua sendo o aumento do número de incêndios. “Estamos no período mais seco do ano e observamos que aos finais de semana, as pessoas têm como hábito atear fogo para limpar o terreno. E qualquer foco de incêndio, com esse tempo muito seco, pode ser facilmente propagado pelo vento o que pode gerar uma situação muito grave na região”, disse.

Furtado explicou que a situação é delicada porque a região tem grandes áreas de proteção ambiental, um polo petroquímico e, além disso, a questão de soltura de balões nas proximidades do aeroporto. “Na nossa região qualquer foco de incêndio pode se transformar num grande incêndio, numa grande tragédia por conta das áreas verdes, do polo petroquímico e do aeroporto. Mas em Campinas, qualquer foco de incêndio registrado por uma imagem de satélite será vistoriado. Se for necessário, usamos o drone para fazer a caracterização da ocorrência e, na sequência, enviamos para o órgão de fiscalização”, detalhou.

Em relação a emissão de boletins, no mês de junho foram emitidos quatro boletins de baixa temperatura, quando os índices ficaram abaixo de 13 graus centígrados. Em 2023, nos primeiros dois meses da Operação Estiagem foram emitidos 34. No mês de maio, também houve emissão de quatro boletins de onda de calor, e 12 de altas temperaturas, sendo que o maior índice registrado foi de 34.6 graus centígrados, no dia 4 de maio.

O órgão também emitiu 25 boletins de baixa Umidade Relativa do Ar (URA), foram 23 de Estado de Atenção (quando o índice fica abaixo de 30%); e dois de Estado de Alerta, quando a URA fica abaixo de (20%).

 

Conheça os índices da URA que requerem cuidados

Estado de Atenção: URA entre 21 e 30%, quando o índice fica abaixo de 30% é preciso evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11 e 15 horas; umidificar o ambiente com vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água, molhamento de jardins etc.; sempre que possível permanecer em locais protegidos do sol, em áreas vegetadas etc.; consumir água à vontade.

Estado de Alerta: URA entre 12 e 20% é preciso observar as recomendações do estado de atenção; evitar aglomerações em ambientes fechados; usar soro fisiológico para olhos e narinas.

Estado de Emergência: URA abaixo de 12% além de observar as recomendações para os estados de atenção e de alerta; determinar a suspensão de atividades que exijam aglomerações de pessoas em recintos fechados, entre 10h e 16h; durante as tardes, manter com umidade os ambientes internos, principalmente quarto de crianças, hospitais etc.

 

Operação Estiagem

A Operação Estiagem 2024 ocorre todos os anos entre o dia 1º de maio até 30 de setembro. Durante esses quatro meses, período mais seco do ano, quando aumenta o risco de incêndio em área de cobertura vegetal, baixa a vazão dos mananciais e a umidade relativa do ar, e há quedas bruscas de temperatura, as ações de prevenção e monitoramento são intensificadas na cidade. A operação foi oficializada pelo Decreto n° 23.324, publicado no Diário Oficial do Município (https://portal.campinas.sp.gov.br/diario-oficial).

 

Checklist

Foi publicada a Resolução 02/2024 da Secretaria do Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade (Seclimas), que apresenta um check list para ser aplicado nas vistorias de queimadas com o objetivo de melhorar a efetividade e a padronização das informações.

O documento é aplicado em campo, durante a vistoria dos focos de incêndio registrados, para identificar se o incêndio foi intencional, se houve negligência ou alguma imperícia.

Os fiscais checam se o local tem aceiro para prevenir a passagem do fogo para área de vegetação; se tem lixo depositado irregularmente; se o mato está alto ou baixo; se o acesso de estranhos é impedido por muro ou cerca.

“Este é um grande ganho para a operação pois a resolução traz mais transparência e segurança jurídica tanto aos agentes públicos quanto à população”, afirma a coordenadora de Fiscalização Ambiental da Seclimas, Heloísa Fagundes.

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