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Desburocratização faz cadastramento de glebas subir 20% em 2022

Desburocratização faz cadastramento de glebas subir 20% em 2022

No ano passado, a Secretaria Municipal de Planejamento e Urbanismo (Seplurb) registrou 60 cadastramentos de glebas em Campinas. O número é 20% maior do que o de 2021, quando foram 48. O volume de pré-cadastramentos de glebas na área de expansão urbana foi ainda mais expressivo: de 5 em 2021 chegou a 11 em 2022. Evolução pode ser creditada a medidas de desburocratização e fluxos de trabalho atualizados.

O decreto nº 21.857, publicado em 29 de dezembro de 2021, atualizou a legislação sobre o pré-cadastramento, o cadastramento e a emissão de Certidões de Diretrizes Urbanísticas (CDU) para glebas em Campinas. A nova legislação tornou mais rápida a tramitação dos processos relativos às glebas e agilizou os casos em que o cadastro dependia da retificação da matrícula em cartório.

“Com certeza, a medida de desburocratização já se refletiu nos dados de 2022 e levou ao aumento de aprovações dos pedidos de cadastramento e pré-cadastramento de glebas”, afirma Carolina Baracat Lazinho, secretária de Planejamento e Urbanismo do Município.

O processo de cadastramento é importante para o município reconhecer o território, uma vez que é necessário apresentar Levantamento Planialtimétrico, no qual é indicado o limite da gleba, explica a secretária. “No processo de cadastramento da gleba serão informadas as diretrizes urbanísticas e ambientais, através de um conjunto de normas que orientam o planejamento e o desenvolvimento de áreas urbanas e áreas de expansão urbana”, diz Baracat. 

No cadastramento de gleba são indicadas, por exemplo, as restrições que incidem sobre a área, como as aeroportuárias, de preservação ambiental ou de possível tombamento pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc). Neste momento, também são definidas as diretrizes que nortearão o desenvolvimento dos projeto de futuros empreendimentos, como localização de equipamentos públicos, diretrizes viárias e de zoneamento.

O cadastramento de glebas também pode servir como base para o cálculo do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), para aquelas glebas que ainda pagam o Imposto Territorial Rural (ITR) por não estarem inscritas no território urbano e/ou da zona de expansão urbana.

Mudanças

A principal alteração do decreto nº 21.857/2021 foi que passou a não ser necessária a retificação da matrícula do imóvel durante o processo de cadastramento da gleba, caso seja verificada alguma divergência de medidas e área. O cadastramento passou a ser feito com base nos elementos do Levantamento Planialtimétrico apresentado no processo. Quando é necessário retificar a matrícula, o proprietário agora pode fazê-lo no momento posterior, quando a gleba entrar com processo para aprovar loteamento e/ou empreendimento na área.

Antes, com a exigência de retificar a matrícula na etapa de cadastramento da gleba, o processo ficava paralisado vários meses aguardando a adequação do documento pelos Cartórios de Registro de Imóveis. “Essa medida foi uma maneira de racionalizar os procedimentos e atos administrativos na gestão pública”, explica Baracat.

Outra mudança importante foi disciplinar os procedimentos nos casos em que a Companhia de Habitação Popular (Cohab) de Campinas verifica alteração das diretrizes estabelecidas no cadastramento ao analisar Empreendimento Habitacional de Interesse Social (EHIS) e Empreendimento Habitacional de Mercado Popular (EHMP) que, a partir da Lei Complementar nº 312, de 15 de outubro de 2021, passam a ser geridos pela companhia na cidade.

O decreto de cadastramento pode ser acessado em https://bibliotecajuridica.campinas.sp.gov.br/index/visualizaratualizada/id/138087.

Seplurb

Cadastramento de glebas

2022

60 cadastramentos

11 pré-cadastramentos multidisciplinares (área de expansão urbana) 

2021 

48 cadastramentos 

5 pré-cadastramentos multidisciplinares (área de expansão urbana)

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