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Dias Toffoli recebe comitiva de prefeitos liderada por Jonas Donitte

O prefeito de Campinas e presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Jonas Donizette

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O prefeito de Campinas e presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Jonas Donizette, e uma comitiva de outros prefeitos integrantes da Frente estiveram na tarde desta quinta-feira, 7 de fevereiro, em Brasília, reunidos com vários ministros, entre eles o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli. Os prefeitos também foram recebidos pelo ministro Luís Barroso e pelo secretário da Previdência do Ministério da Economia, Leonardo Rolim. 

Entre os principais itens da pauta: a busca dos prefeitos por alternativas para que a judicialização da saúde não comprometa ainda mais os cofres municipais. Diante deste contexto, os dirigentes da FNP sugeriram ao ministro Dias Toffoli, que a União seja o primeiro ente federado a responder pelas ações judiciais, e não mais os municípios, como ocorre atualmente. No entanto, a pauta do STF é mais ampla do que isso e contempla outros aspectos.

Toffoli afirmou que está prevista para maio a apreciação do tema pela Casa. O ministro recomendou que os prefeitos agendem reunião com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para também tratar do assunto.

A pauta que tramita no STF sobre a judicialização da Saúde está diretamente relacionada à divisão das responsabilidades, solidárias ou não, entre União, estados e municípios. O prefeito de Campinas, Jonas Donizette, voltou a falar sobre o peso da saúde no orçamento dos municípios. “Pedimos que o STF olhe com atenção essa repartição entre os poderes municipais, estaduais e federais e a atribuição correta de cada um”, disse. Jonas Donizette exemplificou que, no caso dos municípios, a responsabilidade seria a saúde básica, no entanto “muitos municípios estão tendo gastos substanciais com hospitais”.

Os prefeitos destacam que existe, ainda, enorme judicialização quanto à disponibilização de medicamentos não registrados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e com a compra de medicamentos. “Aquele dinheiro que seria usado para comprar medicamento de posto de saúde, a Prefeitura acaba tendo que comprar medicamento de alto custo”, afirmou o prefeito de Campinas.

Combate à homofobia 

Tanto com Toffoli, quanto com o ministro Luís Barroso, em audiência também ontem, 7, os prefeitos defenderam a criminalização da homofobia. Os governantes reafirmaram a necessidade de uma legislação própria para os casos de violência com a comunidade LGBTQ+. Atentos com a situação, especialmente porque, no dia 13 de fevereiro, o Pleno do STF deve julgar duas ações sobre o tema, o grupo de prefeitos destaca como um “marco importante” se for votada a ação em que equipara o crime de LGBTfobia à racismo.

Previdência

Na reunião com o secretário de pasta no Ministério da Economia, Leonardo Rolim, a principal pauta foi a reforma da Previdência. Com base em algumas premissas, os prefeitos reafirmaram apoio a mudanças no regime. Em menos de 10 dias, esta é a segunda vez que prefeitos debatem o assunto com o governo. A primeira reunião foi realizada com o ministro Paulo Guedes, dia 30 de janeiro. 

“Em linhas gerais, o que podemos garantir é que há um foco em ajudar os estados e municípios a equilibrar a previdência”, garantiu Leonardo Rolim. Segundo o secretário, a proposta que está sendo elaborada cria instrumentos e prevê mudanças para equilibrar o déficit atuarial dos regimes próprios de Previdência, principal queixa apresentada pelos prefeitos durante a reunião.

Já pactuados com o governo quanto à aplicação automática para os municípios nos pontos que envolvem mudanças constitucionais, como idade mínima e tempo de contribuição, os prefeitos, desta vez, deram destaque à necessidade de novos parâmetros para a revisão do modelo de segregação de massa, que envolve a previdência complementar e os regimes de capitalização.

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