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Divergência faz contratação do Hospital Metropolitano ser reavaliada

A expectativa inicial da Prefeitura de Campinas de contar com o Hospital Metropolitano para a rede de atendimento a pacientes com a Covid-19 foi adiada momentaneamente e será reavaliada na próxima sexta-feira, dia 17. O motivo é divergência entre a estrutura inicial oferecida e o que estaria disponível. A informação foi dada pelo prefeito Jonas Donizette na tarde desta segunda-feira, dia 13 de abril, em transmissão ao vivo pelas redes sociais a partir da Sala Azul do Paço Municipal.

“Tivemos uma surpresa desagradável no último fim de semana”, contou o prefeito, informando que equipamentos teriam “sumido” do Hospital Metropolitano, que é uma empresa particular e está sob intervenção do Ministério Público de Trabalho (MPT) por questões de gestão. Respiradores e equipamentos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que no levantamento inicial fariam parte do contrato, não estariam mais na unidade.

A proposta inicial de locação apresentada pela Prefeitura de Campinas, de prestação de serviços durante três meses por R$ 2,2 milhões mensais e pagamento antecipado, feita para a Justiça do Trabalho e o interventor, não seria mais possível. Em uma reunião na quinta-feira da semana passada, dia 9 de abril, o interventor da unidade apresentou a informação de que não teria como cumprir o acordo porque parte do material do hospital teria sido retirado do local.

Inicialmente, a intenção era que Hospital Metropolitano passasse a atender pacientes com Covid-19 já a partir desta semana, após aprovação da locação. O hospital fica na Avenida das Amoreiras, próximo ao Hospital Mário Gatti, e contava com 46 leitos, sendo 15 de UTI adulta e 31 de retaguarda clínica, segundo levantamento inicial. Médicos do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) do município fizeram uma visita técnica ao hospital confirmando que a unidade teria estrutura para o atendimento.

Apuração

“Eu senti Campinas muito lesada”, desabafou o prefeito durante o anúncio, informando que a Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos deverá pedir ao Ministério Público que auxilie no levantamento sobre o que houve. “É importante que a Justiça, o Ministério Público Estadual, além da Justiça do Trabalho que acompanha a intervenção no Hospital, façam uma verificação da situação”, avaliou Jonas Donizette.

Contar apenas com o aluguel do prédio não interessaria à Prefeitura neste momento, segundo o secretário de Saúde, Carmino de Souza. “Nós queremos comprar os serviços também”, explicou, dizendo que ficou um “gosto amargo” de decepção, pois quando foi realizada a vistoria inicial do Devisa, havia equipamentos disponíveis para os leitos de UTI. “Mas nos interessa como leitos de retaguarda para tratar pacientes com coronavírus”, disse, enfatizando que a situação precisa ser esclarecida e que a negociação continuará.

A Prefeitura aguardará que na próxima sexta-feira, dia 17 de abril, o interventor do Hospital Metropolitano apresente um novo relatório com a situação atual da unidade ao juiz do Trabalho, Rafael Almeida, com os equipamentos, materiais e equipes médica e de enfermagem disponíveis. Na ocasião poderá ser analisada uma nova proposta de valores para locação dentro da realidade encontrada. 

A proximidade do Hospital Metropolitano ao Hospital Municipal Dr. Mário Gatti e ao Centro de Saúde São Bernardo são pontos favoráveis para que o local seja utilizado como unidade de retaguarda, ampliando a capacidade do município para atendimento de casos de Covid-19. 

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