Doença pulmonar é tema de capacitação para médicos da rede municipal

A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ataca aproximadamente 7 milhões de pessoas no Brasil e apenas 12% dos casos são diagnosticados e, destes, 18% seguem o tratamento médico. A doença, causada principalmente pela exposição à fumaça do cigarro, tem prevalência alta e é subnotificada, disse o pneumologista Paulo Tonidandel, durante capacitação para médicos da Rede Mário Gatti e da rede básica de saúde, nesta segunda-feira, 23 de outubro.

O treinamento visa atualizar os conhecimentos das equipes para ampliar os diagnósticos e poder tratar essa doença que causa incapacidades progressivas e priva muitas atividades da vida diária do paciente. “Podemos fazer muito pelos pacientes com medicamentos e outros procedimentos, para garantir qualidade de vida a eles”, afirmou. 

A proposta é ampliar a quantidade de espirometrias, exames que medem a quantidade de ar que a pessoa expira e a velocidade com que faz isto e que podem diagnosticar a doença antes dos sintomas aparecerem. O resultado do teste ajuda descobrir a gravidade da doença e definir as metas de tratamento.

Força tarefa

Uma força tarefa foi montada, desde agosto, na Rede Mário Gatti para zerar a fila de espera para a realização da espirometria, que somava 1,4 mil pessoas. Uma agenda mensal de exames foi estabelecida, no Hospital Municipal Dr. Mário Gatti e Complexo Hospitalar Prefeito Edivaldo Orsi (Hospital Ouro Verde), para zerar a fila até dezembro.