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Em 2019, Campinas registrou 173 casos de sarampo, sem óbitos
A Secretaria de Saúde de Campinas divulgou nesta segunda-feira, 13 de janeiro, um novo boletim sobre os casos de sarampo. Em 2019, até 26 de dezembro, foram registradas 173 confirmações da doença. Na cidade, foram aplicadas, no ano passado, mais de 99 mil doses da vacina contra o sarampo.
Do total de casos, 44 foram registrados em menores de um ano; 43 acometeram crianças entre 1 e 4 anos; cinco foram em crianças entre 5 e 9 anos; três entre 10 e 14 anos; 13 entre 15 a 19 anos. Outros 30 casos ocorreram em adultos na faixa etária entre 20 e 29 anos; 23, na faixa entre 30 e 39 anos de idade; sete em pessoas com idade entre 40 e 49 anos; três entre 50 e 59 anos; e dois entre 60 e 69. Não houve óbitos.
Em todos os casos, antes mesmo da confirmação por exames de laboratório, foram desencadeadas as medidas preconizadas, que incluem o afastamento social dos casos suspeitos durante o período de transmissibilidade e a identificação e bloqueio vacinal das pessoas que tiveram contato com os casos suspeitos. O objetivo dessas medidas é interromper a transmissão.
Desde julho, somente em ações de bloqueio, foram aplicadas mais de 12 mil doses. A vacina contra o sarampo continua disponível em todos os centros de saúde da cidade, e é gratuita.
Dose Zero
A primeira dose contra o sarampo era feita quando a criança completava um ano mas, no início de agosto, a Secretaria de Saúde de Campinas adotou a estratégia da chamada dose zero para crianças a partir de seis meses de idade.
A medida se antecipou à recomendação do Ministério da Saúde, que dias depois anunciou a orientação para o País como um todo.
A dose zero não substitui as de rotina, que devem ser mantidas aos 12 meses, por meio da vacina tríplice viral, e aos 15 meses, por meio da vacina tetraviral, ou pela tríplice viral associada à vacina contra a varicela. A efetividade da vacina é maior para aqueles que tomaram todas as doses recomendadas.
Recomendações
Pessoas com sintomas de sarampo devem procurar imediatamente o atendimento médico e manter o afastamento social. Os sinais incluem febre, conjuntivite, tosse, coriza e vermelhidão no corpo.
Situação no Brasil
Após ter sido considerado eliminado no Brasil, o sarampo voltou a registrar casos no país em 2018, inicialmente em Roraima e no Amazonas. O impulso para o retorno da doença foi a entrada de casos importados e a baixa cobertura vacinal no Brasil.
A situação fez o Brasil perder o certificado de país livre da doença, que havia recebido da Organização Panamericana de Saúde (Opas) em 2016. Contribuiu para o retorno da doença, também, a disseminação de informações falsas sobre a vacina.