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Em audiência pública, Defesa Civil apresenta ações para Operação Verão 2024/2025
A Defesa Civil de Campinas realizou na manhã desta segunda-feira, dia 4 de novembro, uma audiência pública para divulgar as ações elencadas no Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil – Operação Chuvas de Verão 2024/2025. Após a apresentação das ações, munícipes deram sugestões para contribuir com o planejamento. Durante a reunião, que ocorreu no Salão Vermelho do Paço Municipal, também foi feita a prestação de contas anuais referentes ao Plano 2023/2024.
A Operação Chuvas de Verão ocorre todos os anos entre 1º de dezembro e 31 de março. Este período pode ser alterado conforme as condições meteorológicas. O decreto que normatiza as ações será publicado no Diário Oficial em novembro.
Conforme explicou o coordenador regional e diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado, a audiência pública é o cumprimento legal de uma lei federal que estabelece o plano de contingência e a participação da população na elaboração do mesmo. “Com a realização da audiência nós cumprimos todas as etapas previstas pela legislação. A partir de agora, a essência do trabalho, é com a comunidade. Está muito evidente a necessidade de prepararmos, cada vez mais, a sociedade civil para enfrentar as situações adversas”, colocou.
Furtado também falou sobre a expectativa em relação ao radar que foi instalado na Unicamp. “Há uma grande expectativa das nossas equipes em relação à informações mais precisas. Esse é o nosso grande desafio”, afirmou.
A pesquisadora do Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura da Unicamp), Ana Ávila, explicou que o radar foi instalado e, no momento, está em fase de calibração do sensor. “Quando o radar estiver funcionando vai ser um diferencial muito importante para a nossa região. O equipamento fornece várias informações que vão possibilitar emitir avisos e alertas com relação aos eventos severos de forma que a gente consiga ter um tempo maior de antecedência dessas informações para as pessoas”, explicou.
O secretário do Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade, Rogério Menezes, destacou que com a chegada da estação chuvosa, a preocupação do poder público passa a ser com os impactos que possam ser causados pelos eventos climáticos extremos.
“É preciso entender que os córregos e rios têm uma função de amortecer as cheias. Então, é fundamental que o entorno dos cursos d’água sejam preservados. Um sofá e entulhos colocados na margem de um córrego diminuem a capacidade de escoamento do rio, o que leva a inundações e cheias”, explicou.
Para Menezes é fundamental que os órgãos públicos ajam em conjunto com o que foi exposto na apresentação do Plano de Contingência, mas a população também tem que ser parceira porque o ato de jogar lixo, móveis velhos ou descartar coisas no leito do rio, nas planícies de inundação, pode provocar alagamentos nas residências, prejuízos econômicos e até perda de vidas.
“Para minimizar as consequências é preciso envolvimento coletivo, além do poder público, depende das pessoas entenderem o seu papel na sociedade, para que a gente possa reduzir os efeitos desses eventos climáticos extremos que impactam na forma de queda de árvores, em prejuízos econômicos, até o risco de perda de vidas humanas”, concluiu.
Plano de Contingência
O Plano de Contingência é baseado na adoção de medidas antecipadas às ocorrências de desastres por meio de acompanhamento dos índices pluviométricos, previsão meteorológica e vistorias de campo.
O trabalho é realizado conforme quatro níveis:
Estado de observação: até 80 mm de chuva (índices de chuva são acompanhados);
Estado de atenção: a partir de 80,1 mm, vistoria de campo nas áreas já identificadas;
Estado de alerta: remoção preventiva (após vistoria) da população das áreas de risco iminente;
Estado de alerta máximo: remoção (após vistoria) de toda a população em áreas de risco.
Para mais informações, os interessados podem entrar em contato com a Defesa Civil pelo e-mail defesacivil.adm@campinas.sp.gov.br ou telefone (19) 3272-4442 ou pelo link campinas.sp.gov.br/sites/campinasresiliente/.