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Emdec renova acordo de cooperação para análise de acidentes de trânsito

A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) renovou nesta quinta-feira, dia 18 de janeiro, o termo de cooperação com a Sociedade dos Engenheiros Automobilísticos Brasil (SAE Brasil), com o objetivo de dar continuidade ao Projeto IAAT (Investigação Avançada de Acidentes de Trânsito). O novo acordo terá duração de 24 meses, com possibilidade de nova renovação.

 

 

 

A primeira cooperação entre as partes vigorou de novembro de 2015 a dezembro de 2016. Durante esse período, foram coletados 89 casos de acidentes de trânsito e realizadas 50 reconstituições, com base em metodologias e critérios internacionais. Campinas é pioneira na América Latina a ter acesso às metodologias fornecidas pela SAE Brasil. No mundo, apenas Alemanha, Estados Unidos, Japão, China e Índia utilizam metodologias similares.

 

 

 

“A parceria tem nos ajudado a gerar informações e conhecimentos, a partir de ocorrências reais, para promover ações viárias preventivas em locais de maior vulnerabilidade. Além de auxiliar a indústria automotiva no desenvolvimento de novas tecnologias de segurança veicular. As ações convergem na contribuição para a redução da quantidade e severidade dos acidentes de trânsito”, avalia o secretário de Transportes e presidente da Emdec, Carlos José Barreiro.

 

 

 

A SAE Brasil é um comitê de segurança veicular. Neste termo de cooperação com a Emdec, a entidade é apoiada pelas empresas Idiada Tecnologia Automotiva, Robert Bosch, Takata Brasil, Mercedes Benz do Brasil e 3M do Brasil. Também participa do convênio a EMC – Empresa Júnior de Engenharia Mackenzie Campinas, ligada ao Instituto Presbiteriano Mackenzie.

 

 

 

Metodologia

 

Imediatamente após a ocorrência de acidente grave de trânsito, uma equipe técnica é mobilizada e, em até 10 minutos, chega ao local do fato. Todas as informações sobre o acidente, bem como a sua localização geográfica, são coletadas, registradas em base de dados específica e processadas de forma padronizada.

 

 

 

Pelo novo termo de cooperação, serão coletados, com qualidade de dados, 12 acidentes por mês. Desse total, serão reconstituídos seis casos por mês. Os dados obtidos com a pesquisa qualificam a informação sobre acidentes de trânsito, auxiliam na promoção de treinamentos específicos para agentes da Mobilidade Urbana, no desenvolvimento de ações de planejamento viário, em projetos permanentes de educação e no desenvolvimento de novas tecnologias automotivas.

 

 

 

Acidentalidade

 

Campinas vem reduzindo as mortes no trânsito urbano. São três anos consecutivos de queda. Em 2013 foram registradas 101 mortes em acidentes de trânsito. Em 2014 foram 96 óbitos, representando queda de 4,95%.

 

 

 

Em 2015 foram 88 mortes, representando queda de 8,33% em relação a 2014; e de 12,87% em relação a 2013. E em 2016 ocorreram 74 mortes por acidente de trânsito no município. Recuo de 15,90% em relação à 2015; 22,92% em relação a 2014; e de 26,73% em relação a 2013. Os dados de 2017 estão em fase de consolidação final.

 

 

 

O índice de mortalidade no trânsito urbano em Campinas, para cada grupo de 100 mil habitantes, é de 6,3; comparado com o de países considerados como de primeiro mundo. Neste quesito, Campinas está atrás, por exemplo, da Suécia (2,8), Reino Unido (2,9), Espanha (3,7), Alemanha (4,3), Japão (4,7), França (5,1) e Itália (6,1).

 

 

 

 Mas Campinas fica à frente de Bélgica (6,7), Portugal (7,8), Estados Unidos (10,6), México (12,3), Chile (12,4), Argentina (13,6), Índia (16,6), Colômbia (16,8), China (18,8), Bolívia (23,2), entre outros. O índice de Campinas de 6,3 mortes no trânsito urbano para cada grupo de 100 mil habitantes também é muito inferior ao registrado pelo Brasil, que é de 23,4. Os dados de acidentalidade no mundo são da World Health Organization 2015.

 

 

 

Os dados de acidentalidade em Campinas ficam disponíveis no site da Emdec, no endereço eletrônico www.emdec.com.br, em “Trânsito”, “Cadernos de Acidentalidade”.

 

 

 

 

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