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Nossa Cidade

Estado e Prefeitura abrem campanha de 21 Dias de Ativismo em Campinas

Campinas foi palco nesta quinta-feira, 21 de novembro, de duas solenidades, uma estadual e outra municipal, de abertura da Campanha “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher”. A Prefeitura de Campinas criou um hotsite com a programação completa em https://campinas.sp.gov.br/sites/cmdm/programacao-21-dias-de-ativismo

 

Pela manhã, o Governo de São Paulo realizou, no Instituto Agronômico de Campinas (IAC), a abertura da mobilização estadual. A secretária de Políticas para Mulher, Valéria Bolsonaro, comandou o painel “Rompendo Ciclos”, que reuniu especialistas sobre a pauta. Campinas foi representada pela secretária municipal de Desenvolvimento e Assistência Social, Vandecleya Moro; a diretora do Departamento de Política, Acessibilidade e Inclusão da Pessoa com Deficiência, Regina Danielli Araujo Guimarães; a coordenadora departamental de Políticas para a Mulher, Graziele Coutinho; e a Superintendente Geral da Guarda Municipal, Maria de Lourdes Soares.

 

“A participação de Campinas nesta campanha reforça nosso compromisso em construir uma rede de proteção sólida para mulheres em situação de vulnerabilidade. É por meio de ações integradas e conscientização que conseguimos avançar no combate à violência e promover uma sociedade mais justa e inclusiva para todas”, destacou Vandecleya Moro, secretária de Desenvolvimento e Assistência Social.

 

O evento contou com palestras de Elizabeth G. Broglio, presidente do Ciesp Jundiaí; Maria de Lourdes Soares, da Guarda Municipal; Miriam Siesler Nobrega, representando a área de saúde; Maria Helena Taranto Joia, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM); Sônia Maria Teixeira, Fundadora e Presidente da Associação Liberdade; Grazielle Coutinho, Coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres; e Danielli Guimarães, diretora do Departamento de Política, Acessibilidade e Inclusão da Pessoa com Deficiência.

 

“Essa campanha demonstra nosso compromisso cotidiano em fortalecer políticas públicas que protejam, deem voz e apoio às mulheres. Queremos que todas se sintam amparadas, informadas e aptas a acessar oportunidades efetivas para romper ciclos de violência e alcançar sua autonomia”, afirmou a secretária de Políticas para Mulher, Valéria Bolsonaro.

 

Às 18h30, o Salão Vermelho do Paço Municipal sediou a abertura da campanha municipal “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher”.  

 

A programação, que vai até 4 de dezembro, contará com palestras, rodas de conversa, oficinas e ações informativas. A campanha municipal conta com o apoio do Observatório PUC-Campinas e do Grupo Mulheres do Brasil. Nesta quinta, a data foi marcada pelo pré-lançamento do livro “Precisamos falar sobre relacionamentos abusivos: novas reflexões”, organizado por Adriana Chebabi e Cândida Costa. Às 19h50, especialistas se reuniram para uma mesa de debate mediada por Stela C. Godoi e Camila M. Massaro, pesquisadoras do Observatório PUC-Campinas e conselheiras do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM). As palestrantes, vindas de diversas áreas, abordaram a temática da violência de gênero sob diferentes perspectivas.

 

 

Ações em Campinas

 

A Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social de Campinas tem reforçado sua atuação com uma ampla rede de serviços voltados à proteção e empoderamento de mulheres em situação de vulnerabilidade, especialmente vítimas de violência de gênero. Entre os serviços disponíveis, estão abrigos, atendimentos especializados e programas de assistência econômica.

 

 

Casa da Mulher Campineira

Inaugurada em julho de 2024, a Casa da Mulher Campineira oferece acolhimento e apoio especializado para mulheres em situação de vulnerabilidade. Localizada no centro da cidade, o espaço atua como ponto de apoio para vítimas de violência, promovendo atendimento integral, proteção e reinserção social.

 

 

Abrigos e Acolhimento

Abrigo Sara-M – Com capacidade para 20 mulheres, é voltado para acolher vítimas de violência em um espaço seguro e sigiloso. Oferece atendimento integral, como escuta qualificada, alimentação e encaminhamento para outros serviços, buscando romper o ciclo da violência.

 

Abrigo Santa Clara – Focado em mulheres em situação de rua e seus filhos, oferece 25 vagas e suporte para reinserção social.

 

 

Atendimentos especializados

PAEFI e SESFI – Oferecidos nos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), atendem famílias e indivíduos em situações de risco ou violência. Enquanto o PAEFI foca no fortalecimento das relações sociais e familiares, o SESFI atende vítimas de violência física, psicológica ou sexual, promovendo apoio jurídico e psicossocial. 
Neste ano, a região Leste registrou o maior número de casos atendidos (53), seguida pela região Sul (48). Já as regiões Norte, Sudoeste e Noroeste apresentaram 12, 31 e 28 casos, respectivamente.

 

Ceamo –  Em 2023, o Centro de Atendimento à Mulher (Ceamo) realizou 749 atendimentos até abril. O espaço funciona como ponto de acolhimento, orientação jurídica e fortalecimento emocional para mulheres em situação de violência.

 

 

Assistência econômica

BEM Campinas – O programa concede auxílio-moradia de R$ 873,60 por seis meses consecutivos para mulheres vítimas de violência doméstica ou de gênero.

Renda Campinas – Atualmente, 16.909 famílias chefiadas por mulheres em situação de pobreza recebem apoio financeiro por até 24 meses.

 

 

Programas de emancipação e reeducação

Grupo Mulheres Empreendedoras – Apoiadas pela Coordenadoria de Políticas para Mulheres, iniciativas visam à independência financeira de mulheres em situação de vulnerabilidade.

 

Seravi – Programa dedicado à reeducação de homens autores de violência doméstica.

 

 

Sobre a campanha

 

A campanha “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher” foi inspirada pela campanha global “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher”, que começou em 1991. Esta campanha internacional foi criada em homenagem às irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), que foram brutalmente assassinadas em 1960 pelo regime ditatorial de Rafael Trujillo na República Dominicana.

 

No Brasil, a campanha foi estendida para 21 dias, começando em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, para destacar a interseccionalidade entre gênero e raça e a discriminação agravada que afeta as mulheres negras. A mobilização termina em 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

 

Confira os próximos eventos em Campinas

 

29/11 (quarta-feira) – Às 10h, na Casa da Mulher Campineira, acontece o lançamento de “Cartas para o feminino”, uma coletânea escrita por mulheres, durante uma roda de conversa.

 

30/11 (quinta-feira) – O estacionamento do Campinas Shopping será palco de uma ação de conscientização sobre a violência contra a mulher, das 9h30 às 12h.

 

3/12 (domingo) – Uma roda de conversa intitulada “Homens pelo fim da violência contra a mulher” será realizada na Casa dos Conselhos, das 14h às 16h30, com convidados especialistas em masculinidades e enfrentamento de violências.

 

4/12 (segunda-feira) – O encerramento será marcado pela oficina “Histórias inventadas sobre fatos reais”, direcionada a mulheres, no Espaço Cultural José Alves, no bairro Cidade Satélite Íris.

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