Brasil
Fibra óptica de alta velocidade vai conectar universidades paulistas
Oito universidades paulistas serão interligadas por uma rede de fibra óptica de alta velocidade que, além da conexão entre elas, permitirá troca de informações com instituições estrangeiras. Chamada de Backbone SP, a rede está em fase de instalação e já está disponível na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e na Universidade Federal do ABC (UFABC).
A iniciativa vai disponibilizar uma infovia com velocidade de 100 Gigabits por segundo (Gbps). Se comparada com uma internet de 100 megabits usada em residências, o Backbone SP é mil vezes mais rápido.
“O objetivo é a troca informações de material didático, troca de dados científicos. Cada vez, mais os dados científicos estão ocupando espaço cada vez mais volumosos”, apontou João Eduardo Ferreira, coordenador da Research and Education Network at São Paulo (Rednesp), que vai operar o Backbone SP, que está sendo desenvolvido há dois anos com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O sistema também vai permitir processamento e armazenamento de dados.
Ferreira aponta que, até o início de janeiro, as outras universidades estarão interligadas. São elas: Universidade de São Paulo (USP), Presbiteriana Mackenzie, as estaduais Paulista (Unesp) e de Campinas (Unicamp), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). “É um contrato com uma empresa que ganhou a licitação que está fazendo essa instalação das fibras óticas”, destacou.
Segundo o coordenador, a rede é a espinha dorsal para conexão das universidades paulistas às redes acadêmicas internacionais, feita por meio de cabos submarinos localizados nos oceanos Atlântico e Pacífico.
“O que a Rednesp faz é conectar quem está aqui em São Paulo às redes acadêmicas mundiais. Esse é o objetivo. Cada país, cada continente tem as suas redes acadêmicas e a gente se conecta. Da mesma forma, que a gente tem acesso à Europa, eles têm acesso ao Brasil via nossa rede”, indica.
A Redenesp está vinculada às redes acadêmicas internacionais, como a Americas Africa Lightpaths (AmLight) e a RedCLARA, da América Latina.
De acordo com a Fapesp, o Backbone SP também está preparado para viabilizar conexões de iniciativas das universidades paulistas que demandem maior largura de banda, como redes 5G privadas. “Nos próximos passos, o Backbone vai trocar dados inclusive de novas interfaces de conectividade, por exemplo, 5G, redes privadas. Nós temos redes públicas, que as operadoras estão oferecendo os planos, mas também acontecerá o que a gente chama de rede privada 5G”, explica.