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Flexibilização da quarentena em Campinas dependerá de avaliação da Saúde

A flexibilização da quarentena em Campinas dependerá de resultados do monitoramento dos casos de coronavírus feito pelas equipes da Secretaria de Saúde. O prefeito Jonas Donizette informou na tarde desta quarta-feira, dia 22 de abril, que a Prefeitura já faz planejamento para um retorno gradual das atividades, mas com cuidado. “Minha vontade é que Campinas retorne à normalidade o mais breve possível, mas com segurança”, afirmou o prefeito. “É preciso sair com muito cuidado, muita cautela e segurança”, reforçou o secretário municipal da Saúde, Cármino de Souza.

Dados apresentados pela diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) de Campinas, Andrea von Zuben, durante transmissão pelas redes sociais na tarde desta quarta-feira, mostram que a situação da cidade é positiva e que as medidas de isolamento social tomadas antecipadamente estão surtindo efeito positivo com redução de casos e de ocupação de leitos em terapia de intensiva (UTIs). “Temos que agradecer à população pelo sucesso do isolamento social”, disse von Zuben.

O levantamento mostra índice de 8.3 mortes por coronavírus por 1 milhão de habitantes em Campinas desde o registro do primeiro caso até 21 de abril, em um universo de 1.603 casos registrados. O total de mortalidade está abaixo do País, que contou no período média 10 mortes por 1 milhão de habitantes, e menor ainda em relação ao Estado, que é de 20 mortes por 1 milhão de habitantes até o momento.

No caminho certo

Levantamento da ocupação de leitos de UTI nos hospitais de Campinas também tem sido positivo. Mesmo as medidas anteriores ao isolamento social ampliado, como redução de eventos públicos, pedido para cancelamento de cultos religiosos e suspensão de aulas, foram decisivos para a situação atual. Desde 23 de março, quando começou a valer o decreto municipal 20.782 de isolamento social e foram suspensas as cirurgias eletivas na rede, a taxa de ocupação caiu e tem se mantido abaixo dos 60% desde 5 de abril. Uma situação “confortável”, que tem permitido atender os pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), entre os quais os suspeitos de Covid-19. 

Para a diretoria do Devisa, as taxas de isolamento social registradas em Campinas entre 23 de março e 14 de abril, quando comparadas com a ocupação de leitos de UTI, também mostram relação positiva. Com maior índice de isolamento social há reflexo na redução da internação em leitos de cuidados intensivos. 

O monitoramento hospitalar diário, entre 30 de março e 21 de abril, também demonstrou queda expressiva do número de suspeitos de SRAG em Campinas. Nestes casos, não entram apenas os suspeitos de infecção por coronavírus, mas também doentes agravados por outras doenças respiratórias. O alto índice de imunização na Campanha de Vacinação contra a Gripe 2020 no público idoso, que já chegou a 98% em Campinas, somado aos cuidados com a higiene pessoal, à etiqueta respiratória e ao isolamento social dessa faixa populacional são responsáveis pela acentuada, avalia Andrea von Zuben.

Mais cuidados

Os dados positivos iniciais que mostram que as medidas tomadas até o momento estão certas não devem incentivar relaxamento da quarentena no momento, avalia a diretora do Devisa Campinas. Em sua apresentação, ela destacou que o uso de máscaras de proteção individual, os cuidados com a higiene pessoal e a manutenção do isolamento social devem ser mantidas para que não haja uma explosão no número de pessoas infectadas pelo coronavírus na cidade.

“O Ministério da Saúde não mudou até o momento, mesmo com a mudança do ministro. O isolamento social está mantido”, lembrou o prefeito, pedindo à população que use a máscara de proteção individual. “O uso da máscara é uma tranquilidade para você, para nós da Prefeitura e para a população”, alertou Jonas Donizette, que reafirmou que qualquer mudança em Campinas será embasada em dados científicos, com um plano local que ainda está sendo elaborado.

Estacionamento

Uma das medidas anunciadas pelo prefeito de Campinas é a autorização para que estacionamentos de veículos que fiquem em um raio de 300 metros de unidades de saúde possam abrir. Decreto, a ser publicado no Diário Oficial do Município desta quinta-feira, dia 23 de abril, altera o Decreto nº 20.782, de 21 de março de 2020, que declarou situação de calamidade pública, estabeleceu o regime de quarentena no Município de Campinas e definiu medidas para o enfrentamento da pandemia do Coronavírus (Covid-19), e inclui os estacionamentos entre os serviços públicos e as atividades essenciais.

Fonte: Prefeitura de Campinas

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