Nossa Cidade
Fórum Campinas pela Paz contou com diversas atividades no fim de semana
O fim de semana em Campinas foi marcado pelo Fórum Campinas pela Paz, que teve início na sexta-feira, 23 de fevereiro, e se encerrou neste domingo, 25. As atividades foram organizadas pela Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos e tiveram a presença do ativista pela paz e escritor Arun Gandhi, neto do também pacifista Mahatma Gandhi. O Fórum reuniu um público de cerca de 8 mil pessoas nos três dias.
Na manhã de sexta-feira, dia 23, a abertura do Fórum teve apresentação da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e palestra do ativista Arun Gandhi no Teatro Municipal “José de Castro Mendes”.
No sábado, durante o dia todo, a Estação Cultura “Prefeito Antonio da Costa Santos” foi palco de palestras, debates, apresentações musicais com entidades diversas, representantes de religiões e profissionais de áreas que envolvem a garantia de direitos humanos. O evento teve tradução de Libras (Língua Brasileira de Sinais) para surdos e audiodescrição (narração das imagens para cegos).
Um dos pontos altos no sábado foi o talk show com o ator Lázaro Ramos e Arun Gandhi. “Estou aqui para conduzir o papo. Muito feliz de estar aqui”, disse o ator Lázaro Ramos. A paz, como tema principal, permeou diversas linhas de discussão, sendo a luta para minimizar as desigualdade sociais um dos principais deles. Lázaro Ramos também destacou uma frase de Arun Gandhi, de que “não há direitos sem responsabilidades” para discutir. Gandhi explicou que cada pessoa é responsável por promover um mundo melhor para todos.
Ao final do bate-papo, Lázaro convidou Arun Gandhi para conhecer o bloco baiano Filhos de Gandhi, que reúne mais de 10 mil integrantes no Carnaval de Salvador e segue os princípios da não violência e a busca pela paz do ativista Mahatma Gandhi. Arun Gandhi contou que sabia da existência do Filhos de Ghandi e agradeceu pelo convite.
Também participaram do evento a primeira-dama e líder do Movimento Transforma Campinas, Sandra Ciocci; a secretária municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos, Eliane Jocelaine Pereira, entre outros.
“Quanto mais estivermos em conjunto, trabalhando para garantir os direitos humanos, mais teremos condições de viver em um mundo pacífico. Que possamos refletir, nas atividades deste Fórum, qual é a nossa participação nisso e como conseguiremos dar nossa contribuição, não somente na nossa cidade, mas no nosso país e no mundo”, disse a secretária Eliane Jocelaine Pereira.
O objetivo do Fórum foi alçar voos além das atividades em que a paz foi o assunto principal. A ideia é que esta semente seja um movimento de mudança, que gere um caminho para estabelecer a cultura de paz em nossa cidade, que possa servir de exemplo para o País. Esta é a primeira vez que um evento desta importância é realizado pelo poder público com apoio do Movimento Transforma Campinas.
Além das apresentações, o saguão da Estação Cultura está com a mostra “Homofobia Fora de Moda”, com 15 ilustrações, produzidas pelo Museu da Diversidade Sexual de São Paulo. No mesmo local, está a exposição “Faces da Paz”, que reúne 26 imagens de fotógrafos de Campinas sobre as questões que permeiam a cultura de paz.
Caminhada pela Erradicação ao Analfabetismo encerra Fórum da PAZ
A 2ª edição da Caminhada pela Erradicação ao Analfabetismo realizada na manhã de domingo, dia 25 de fevereiro, na Lagoa do Taquaral, encerrou o Fórum Campinas pela Paz. A largada foi no Portão 1 do parque e contou com a presença do ativista pela paz, Arun Gandhi.
Organizada pela Secretaria Municipal de Educação, por meio da Fundação Municipal de Educação Comunitária (Fumec), o objetivo é dar mais publicidade à 5ª Campanha de Erradicação ao Analfabetismo, lançada na última terça-feira, 20 de fevereiro.
“O analfabetismo é um dos problemas existentes no mundo. É nosso dever criar mecanismos que resolvam esta questão”, disse o ativista Arun Gandhi.
Dados da Secretaria Municipal de Educação apontam que Campinas tem hoje 20 mil pessoas que não foram alfabetizadas. De acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, em Campinas há 28 mil pessoas consideradas analfabetas. O número foi reduzido porque, nos últimos quatro anos, mais de 10 mil pessoas passaram pelos cursos de alfabetização oferecidos pela Prefeitura.
A meta é erradicar o analfabetismo e reduzir em 50% os analfabetos funcionais até 2025. Hoje, Campinas é 5ª cidade no país com os menores índices de analfabetos entre os municípios com mais de um milhão de habitantes. O objetivo é alcançar o topo do ranking até 2020.