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Fórum Estudantil reuniu 68 pesquisas de 28 escolas de ensino fundamental
A quadra da Associação Atlética Ponte Preta, no Jardim das Paineiras, recebeu cerca de três mil alunos, professores e visitantes durante toda a última quarta-feira, 8 de novembro, quando foi realizada a 3ª edição do Fórum Estudantil de Pesquisa (FEP). O evento foi uma parceria entre a Secretaria Municipal de Educação e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária (Embrapa).
Na ocasião, foram apresentados 68 projetos pedagógicos de alunos pesquisadores de 28 escolas de ensino fundamental da rede municipal de educação. Esses estudantes foram orientados por 130 professores, capacitados pelo curso de formação do programa Pesquisa e Conhecimento na Escola (Pesco), oferecido aos educadores do ensino fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Prestigiando o Fórum estavam o vice-prefeito de Campinas, Henrique Magalhães Teixeira; a secretária municipal de Educação, Solange Pelicer; o pesquisador da Embrapa, José Gilberto Jardine, e demais autoridades. “O nível das pesquisas científicas demonstra o envolvimento e a dedicação de todas as partes”, comemorou a secretária.
Temos que trabalhar com as pesquisas e a iniciação científica desde cedo”, acrescentou Solange Pelicer. “Os alunos tratam de questões importantes, como ambientais e sociais, olham o entorno e buscam propostas para solucionar os problemas levantados inicialmente, para interferir e mudar o meio”, continuou .
Alunos e professores expuseram as pesquisas ao público, apresentando as etapas desenvolvidas em cada trabalho, a partir de temáticas relacionadas aos problemas encontrados na sociedade. Em seguida, eram expostos os resultados obtidos.
Estudantes do 8º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Corrêa de Mello, no Parque Dom Pedro II, encontraram uma questão na própria escola: a limpeza da unidade.
No estande, dois robôs que simulavam varrer o chão chamavam a atenção dos visitantes que por lá passavam. “Nós temos aulas de robótica no contraturno e aproveitamos esse recurso para fazer a pesquisa e alinhar as questões internas da escola, no caso a limpeza”, disse a professora da Corrêa de Mello e cursista do Pesco, Angela Fernandes. “Os alunos fizeram uma pesquisa com os agentes de limpeza, levantaram o problema e se envolveram para levantar soluções usando os robôs”, explicou Angela.
Todos os trabalhos seguiam as temáticas elaboradas durante a formação do Pesco. Os temas abordados foram qualidade de vida, saúde e alimentação; geotecnologias; cultura e identidade; ambiente; fauna e flora; água; lixo e reciclagem; e tecnologias.
Pesco
O Programa Pesquisa e Conhecimento na Escola (Pesco) foi criado para apoiar o trabalho dos professores da rede municipal de educação no desenvolvimento da postura investigativa dos alunos para pesquisa e discussão dos temas pertinentes às suas realidades locais.
O programa surgiu por meio de um convênio de cooperação entre a Prefeitura de Campinas e a Embrapa Monitoramento por Satélite. Em 2017, o terceiro ano da parceria, foi desenvolvido o curso à distância “O Desenvolvimento da Pesquisa e a (Re) Organização do Trabalho Pedagógico no Cotidiano Escolar”, no qual professores da rede municipal, coordenadores pedagógicos e pesquisadores da Embrapa produziram conteúdos de forma colaborativa e assessoraram os professores participantes no desenvolvimento de suas pesquisas com os alunos nas escolas.