Nossa Cidade
Grupo Galpão, um dos destaques do teatro brasileiro, encerra Feverestival
O Grupo Galpão (Belo Horizonte/MG), um dos mais tradicionais na história do teatro brasileiro, encerra neste domingo, 10, a programação do 16º Feverestival – Festival Internacional de Teatro de Campinas, com a apresentação do espetáculo “Nós” no Teatro Municipal Castro Mendes.
Os ingressos para a sessão única do grupo no Festival podem ser adquiridos previamente pela plataforma Sympla ou diretamente na bilheteria do teatro no dia da apresentação. Os valores de entrada variam entre R$ 10 (meia) e R$ 20 (inteira).
Dirigido por Marcio Abreu, “Nós” retrata as relações vividas em sociedade e remete para as relações estabelecidas entre público e privado; coletivo e do indivíduo. Para tal, o Grupo Galpão convida o público para uma ‘comunhão’, em um grupo de pessoas que se reúnem para a preparação de uma última sopa.
“Este espetáculo é profundamente político e fala dos nós e de nós como um todo: como um grupo de teatro, como sociedade, e como Brasil, neste momento que o país está vivendo. De certa maneira, mostramos as entranhas desse permanente conflito entre o indivíduo e a coletividade, o público e o privado na construção do nosso país e da sociedade”, explica o ator Eduardo Moreira, um dos fundadores do Galpão e responsável pela dramaturgia do espetáculo junto com Marcio Abreu, diretor da peça.
“Nossa expectativa é a melhor possível. Campinas é uma cidade que tem em seu DNA cultural uma identidade muito forte com o teatro. O Galpão passou várias vezes por Campinas com experiências muito distintas, desde as primeiras vivências com o teatro de rua, nos primórdios ainda do grupo, e ‘Nós’ vem para renovar esse encontro do Galpão com o público campineiro”, diz Eduardo Moreira, ator e um dos fundadores do Grupo Galpão.
Em 2022, o Grupo Galpão celebra 40 anos de trajetória. Para o Feverestival, encerrar sua 16ª edição com a presença de um dos grupos mais importantes para o teatro brasileiro é motivo de grande satisfação – e muitas expectativas. “Ele (Galpão) se apresentará em nosso Festival apresentando uma série de discussões bem atuais na nossa sociedade, conversando diretamente sobre nosso tema deste ano: ‘Cultivar convívios’. Esperamos lotar o Castro Mendes, como sempre, e com o desejo de que o público tenha uma experiência única neste dia tão importante”, pontua Bruna Schroeder, coordenadora geral da 16ª edição e membro do Núcleo Feverestival.
Encerramento do 16º Feverestival
Conviver e escutar. Estas foram duas das palavras mais usadas pelos artistas do 16º Feverestival para responderem à seguinte pergunta da equipe de Comunicação: “Quais são as chaves para cultivar convívios nos tempos atuais?”
“A sociedade brasileira carece de discussões mais profundas de seus problemas. Vivemos um momento histórico extremamente delicado, que exige de nós uma postura, um posicionamento, para que o país possa retomar não só uma conjuntura de convivência democrática, mas também para a gente conseguir tirar uma certa névoa, uma sombra que existe sobre todos nós, que é a da destruição da democracia”, afirma Eduardo Moreira. “Fazer este espetáculo neste momento, nesse lugar em Campinas, é uma oportunidade realmente rara que a gente tem que aproveitar, e tenho certeza que a gente vai fazer jus a essa abertura que estamos tendo dentro do Festival.”
O Núcleo Feverestival é composto por Bruna Schroeder, Cauê Moreira, Dandara Lequi, Dudu Ferraz, Francisco Barganian, Lucas Michelani e Vini Silveira.
A 16ª edição, o evento é uma realização do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa; produção da Território Produções Culturais e Núcleo Feverestival; correalização da Universidade Estadual de Campinas, Cocen (Coordenadoria de Centros e Núcleos Interdisciplinares de Pesquisa), Lume Teatro (Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais da Unicamp) e Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura de Campinas.
Sobre o Grupo Galpão
O Grupo Galpão, uma das companhias mais importantes do cenário teatral brasileiro, tem sua origem ligada à tradição do teatro popular e de rua. Criada em 1982, a companhia desenvolve um teatro que alia rigor, pesquisa, busca de linguagem, com montagem de peças que possuem grande poder de comunicação com o público.
Sediado na cidade de Belo Horizonte (MG), é um dos grupos brasileiros que mais viaja, não só pelo país como também pelo exterior. Já percorreu o território brasileiro de norte a sul e participou de vários festivais em países da América Latina, América do Norte e Europa.
O Grupo Balcão é formado por 12 atores que trabalham com diferentes diretores convidados, como Fernando Linares, Paulinho Polika, Eid Ribeiro, Gabriel Villela, Cacá Carvalho. Também atuaram sob a direção de Paulo José, Paulo de Moraes, Yara de Novaes, Jurij Alschitz e Marcio Abreu, além dos próprios componentes – Eduardo Moreira, Chico Pelúcio, Júlio Maciel, Lydia Del Picchia e Simone Ordones –, que também já dirigiram espetáculos do grupo.
O Galpão forjou sua linguagem artística a partir desses encontros diversos, criando um teatro que dialoga com o popular e o erudito, a tradição e a contemporaneidade, o teatro de rua e de palco, o universal e o regional brasileiro.
Sem fórmulas e sem métodos definidos, o Galpão sempre pautou sua prática por um teatro de grupo, que não só monta espetáculos, mas que se propõe também a uma permanente reflexão sobre a ética do ator e do teatro, inserido em um amplo universo social e cultural.
Ficha técnica
Nós
Grupo Galpão
Belo Horizonte/MG | Espetáculo Adulto
Horários: 19h
Local: Teatro Municipal Castro Mendes
Duração: 1h30
Classificação etária: 16 anos
Ingressos: R$ 20 (inteira) / R$ 10 (meia), pela plataforma Sympla
Sinopse: Enquanto preparam a última sopa, sete pessoas partilham angústias, algumas esperanças e muitos nós. Gerada de um mergulho radical na experiência de mais de 30 anos do Galpão, a 23ª montagem da companhia, dirigida por Marcio Abreu, debate questões atuais, como a violência, a intolerância, a convivência, a partir de uma dimensão política. O Grupo Galpão conta com o patrocínio máster do Instituto Cultural Vale, patrocínio da Cemig e apoio do banco BV e AngloGold Ashanti por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais e da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Elenco: Antonio Edson, Beto Franco, Eduardo Moreira, Júlio Maciel, Lydia Del Picchia, Paulo André e Teuda Bara | Direção: Marcio Abreu | Dramaturgia: Marcio Abreu e Eduardo Moreira | Cenografia: Play Arquitetura – Marcelo Alvarenga | Figurino: Paulo André | Iluminação: Nadja Naira | Trilha e Efeitos Sonoros: Felipe Storino | Assistência de Direção: Martim Dinis e Simone Ordones | Preparação musical e arranjos vocais/instrumentais: Ernani Maletta | Preparação vocal e direção de texto: Babaya | Colaboração artística: Nadja Naira e João Santos | Assistência de Figurino: Gilma Oliveira | Assistência de Cenografia: Thays Canuto | Cenotécnica e construção de objetos: Joaquim Pereira e Helvécio Izabel | Operação e assistência de luz: Rodrigo Marçal | Operação de som: Fábio Santos | Assistente técnico: William Teles | Assistente de produção: Cleo Magalhães | Confecção de figurino: Brenda Vaz | Técnica de Pilates: Waneska Torres | Comunicação: Fernando Dornas, Letícia Leiva e Matheus Carvalho | Assessoria de Imprensa: Polliane Eliziário (Personal Press) | Identidade visual: Filipe Lampejo e Vinícius de Souza | Design gráfico: Filipe Lampejo e Rita Davis | Fotos de divulgação: Guto Muniz | Imagens escaneadas: Tibério França e Lápis Raro | Registro e cobertura audiovisual: Alicate Conteúdo Audiovisual | Direção de produção: Gilma Oliveira | Produção executiva: Beatriz Radicchi | Produção: Grupo Galpão
Serviço
16º Feverestival
Quando: 3 a 10 de julho de 2022
Onde: Campinas/SP
Programação completa disponível em http://feverestival.com.br
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