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Interatividade e proteção: veja novidades do novo site sobre dengue em Campinas

O novo site sobre a dengue em Campinas reúne uma série de informações e banco de dados para conscientizar a população sobre cuidados com a saúde e medidas necessárias para eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. A página se destaca pela interatividade e apresenta um conteúdo completo de forma simplificada.
 
O site – dengue.campinas.sp.gov.br – foi reformulado pela Secretaria de Saúde diante do contexto de alerta para a possível reintrodução dos vírus tipos 3 e 4 da doença na cidade.
 
“É importante porque reúne informações atualizadas para que a população entenda como cuidar da casa, para que os profissionais de saúde saibam manejar os casos clinicamente e para que a imprensa tenha dados atualizados para divulgação”, destacou a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), Andrea Von Zuben.
 
 
O que tem no site?
 
O portal abriga o Painel Interativo sobre Arboviroses, que passou a ser atualizado diariamente com estatísticas da dengue, incluindo número de casos, óbitos decorrentes da enfermidade, e um perfil que abrange sexo, faixa etária, cor/raça, tipo de unidade de saúde que notificou o caso, e a incidência por centro saúde, conforme referência para cada caso.
 
Há ainda estatísticas sobre chikungunya, vírus que também pode ser transmitido pelo Aedes aegypti. A metrópole, em contrapartida, não tem registro de zika vírus.
 
Outros conteúdos disponíveis na página são:
 
Lista de sintomas e sinais de gravidade: simplifica a orientação sobre qual serviço de saúde o morador precisa procurar caso esteja infectado ou com suspeita da doença.
 
Cartão do paciente: reúne anotações médica e da equipe de saúde, além de orientações e dicas durante o tratamento, incluindo a hidratação. Ele deve ser mantido atualizado e apresentado durante consultas aos serviços de saúde de Campinas.
 
Alerta Dengue: boletim mostra quais os bairros com elevado risco de transmissão da doença. O mais recente indica oito áreas da cidade: Centro e Mansões Santo Antônio (Leste), Jardim Florence 2 (Noroeste), Jardim do Lago (Sul), Jardim Eulina e Parque Via Norte (Norte), além de Jardim Adhemar de Barros e Jardim Santo Antônio (Sudoeste).
 
Dicas de prevenção: saiba quais são os cuidados necessários para evitar criadouros – Respostas às perguntas mais frequentes: esclarecimentos para as dúvidas mais comuns sobre sintomas, ações como aplicação de inseticida, e como identificar funcionários da empresa contratada para realizar os trabalhos de combate à dengue em Campinas.
 
Conteúdo para gestores e trabalhadores da saúde dos setores público e particular: informações para capacitação e atualização técnica.
 
Espaço para sugestões, elogios e reclamações: o enfrentamento à dengue precisa ser um esforço conjunto do Poder Público e população. Denúncias podem ser feitas pelo 156.
 
 
Pacote de ações
 
O novo site integra um pacote de novas ações contra a dengue anunciadas terça-feira, 19 de dezembro, pelo prefeito, Dário Saadi. Ele inclui uma Sala de Situação para análise sistemática e reorganização da rede municipal de saúde.
 
Neste ano, Campinas já registrou 10.502 casos confirmados e três mortes pela doença.O total de infectados é o sexto maior da série histórica desde 1998.
 
 
Riscos e preocupação
 
A Secretaria de Saúde destaca preocupação com a possível volta da circulação dos vírus tipos 3 e 4 da dengue em Campinas. Por enquanto não há registros na metrópole, mas outros municípios brasileiros já confirmaram casos de infecções por estes dois tipos.
 
O tipo 3 do vírus circulou pela última vez na cidade em 2009, e o tipo 4 foi registrado anteriormente em 2014. Crianças, adolescentes, além de adultos e idosos que não tiveram contato com a doença antes são considerados os grupos mais vulneráveis. Além disso, há risco de dengue grave quando uma pessoa é infectada por um tipo diferente ao anterior. A recorrência das ondas de calor favorece a proliferação do mosquito Aedes aegypti.
 
 
Combate à doença
 
A luta contra as arboviroses exige uma contrapartida da sociedade. A Prefeitura mantém um programa de controle e prevenção da doença, mas cada cidadão precisa colaborar destinando corretamente resíduos e evitando criadouros. Levantamento do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) diz que 80% dos criadouros estão nas residências.
 
Para acabar com a proliferação do mosquito é preciso evitar qualquer acúmulo de água, principalmente em latas, pneus, pratos de plantas, lajes, calhas e outros objetos. É importante, também, vedar a caixa d’água e manter fechados os vasos sanitários inutilizados. 
 
 
Orientações sobre assistência
 
Caso o morador tenha febre e mais dois sintomas associados (dor de cabeça, dor no corpo, náusea, vômito, manchas no corpo, dor articular, dor atrás dos olhos), ele deve procurar um centro de saúde de Campinas para receber atendimento médico. Por outro lado, se apresentar tontura, dor de barriga muito forte, vômitos repetidos, suor frio e sangramentos, a busca por auxílio deve ser feita em pronto-socorro ou em UPA. 
 
 
Comitê de prevenção
 
Em 2015, a Prefeitura criou o Comitê de Prevenção e Controle das Arboviroses, que neste ano passou a se chamar Comitê Municipal de Enfrentamento das Arboviroses e Zoonoses. "Estamos extremamente preocupados e o Comitê está em condições para enfrentamento nos próximos meses", afirmou o diretor da Defesa Civil, Sidnei Furtado. O grupo reúne 14 secretarias: Governo; Saúde; Educação; Serviços Públicos; Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Gestão e Desenvolvimento de Pessoas; Administração; Comunicação; Trabalho e Renda; Esportes e Lazer; Cultura e Turismo; Habitação; Relações Institucionais, e Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos. Também participam Defesa Civil, Serviço 156, Rede Mário Gatti, Setec e Sanasa. No comitê é discutida a situação epidemiológica da cidade e, com isso, são desencadeadas as ações intersetoriais.
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