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Brasil

Lula diz que vai fazer conferências para pessoas com deficiência

O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, disse hoje (21) que, caso ganhe as eleições, no ano que vem vai convocar conferências para discutir políticas com as pessoas com deficiência. “Já no ano que vem haverá uma conferência municipal, estadual e nacional, para a gente fazer a revisão nas coisas que nós conquistamos. Aproveitar, e aprimorar aquilo que está fragilizado e tentar propor coisas novas, para que as pessoas com deficiência sejam tratadas com plenitude de respeito e democrática”, disse ao participar de um encontro com pessoas com deficiência e organizações que defender os direitos dessa população.

Segundo o candidato, as conferências são uma forma de retomar a construção de políticas que estavam em desenvolvimento nos seus dois mandatos à frente da Presidência. “Quando eu estava na Presidência nós fizemos 74 conferências nacionais. Eu participei da grande maioria delas. E nós vamos ter que voltar a fazer outra vez as conferências nacionais para que vocês coloquem quais são os novos problemas que surgiram”, disse.

Para Lula, sem cobrança da sociedade civil é muito difícil colocar em prática as medidas em favor dessas pessoas. “Porque, se vocês não colocarem, não exigirem e não brigarem, as coisas podem não acontecer. É todo um trabalho de convencer ministro, de convencer o presidente e depois todo o trabalho de convencer o Congresso e a sociedade”, acrescentou.

Entre os problemas que as pessoas com deficiência enfrentam, Lula destacou a demora para concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para essa população e para idosos com mais de 65 anos. “Tem muita gente sem receber BPC. O salário mínimo tem cinco anos que não aumenta. Tem gente na fila para receber um benefício há quatro anos. Coisa que a gente fazia em 20 dias. Ou seja, era para gente ter avançado muito mais”, ressaltou.

Para enfrentar esse e outros problemas, o candidato enfatizou que é preciso que as pessoas interessadas pressionem os governos. “Na hora que o Estado coloca isso como política pública tudo fica mais fácil. E vocês sabem que é todo um processo de educação para vencer todo um processo de resistência”.

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