Nossa Cidade
MIS Campinas retoma sessões de cinema e debates com ampla programação
O cinema no Museu da Imagem e do Som (MIS) de Campinas está de volta. A primeira sessão será neste sábado, dia 7 de maio, às 16h30, com o filme “Ucrânia em Chamas”. A entrada é franca.
O Cineclube retoma com o público presente, após interrupção das sessões desde o começo da pandemia do covid-19. Em 2020 e 2021, ocorreram encontros remotos. As sessões de cinema são seguidas de debates sobre as produções. A programação para o mês de maio está abaixo.
“Após todo esse período de fechamento e agora, com as autorizações da Saúde, recebemos novamente a força motriz do museu, que são essas exibições. A programação é construída num processo de autogestão na qual os curadores são estudantes, cinéfilos, professores, pesquisadores, coletivos, entidades, associações que promovem e apresentam propostas curatoriais para as sessões de cinema no MIS”, diz Alexandre Sônego, gestor do MIS.
Ele explica que os assentos são limitados (28 lugares) e haverá distribuição de senhas a partir das 16h. É recomendado o uso de máscara.
O filme “Ucrânia em Chamas” narra os eventos do Euromaidan – uma onda de manifestações e distúrbios civis que tomou conta de Kiev em novembro de 2013, e explora o movimento que derrubou o então presidente Viktor Yanukovich e lançou o país em uma guerra.
Serviço
Cineclube no Museu da Imagem e do Som (MIS) de Campinas
Rua Regente Feijó, 859 – Centro, Campinas-SP.
Entrada gratuita
Informações: https://fb.me/e/13BdvdXM8?ti=wa
Sinopses
07/05
– Ucrânia Em Chamas (2016) – 16h30
Direção de Igor Lopatonok e Oliver Stone
EUA, cor, 98 min
Curadoria: Murilo Pádua
Cineclube PES – Mídia Popular
Sinopse: O que era uma manifestação pacífica de estudantes se converte em noventa e três violentos dias de revolução na luta pelos direitos civis na Ucrânia. Os protestos, durante novembro de 2013 e fevereiro de 2014, fazem parte da história do país e de todos os envolvidos. Essa onda de manifestações é conhecida como Euromaidan.
– Charulata – a Esposa Solitária (1964) – 19h30
Direção de Satyajit Ray
Índia, colorido, 117 min.
Curadoria: Hamilton Rosa Jr.
Pérolas Perdidas
Charu vive uma vida solitária e ociosa na Índia de 1870. O seu marido, Bhupati, dono de um jornal, passa mais tempo no escritório e a fazer política do que em casa. Amal, primo de Bhupati e aspirante a escritor, vai viver com eles para tentar encontrar um rumo para a sua vida e também para fazer companhia a Charu, que se interessa igualmente por literatura. No entanto, passados alguns meses, os sentimentos entre Charu e Amal começam a ultrapassar a simples amizade.
11/05
– Big Jato (2015) – 19h30
Direção de Cláudio Assis
Brasil, colorido, 97 min.
Curadoria: João e Carlos
Cineclube Poeira
Um filme infantil dirigido por Cláudio Assis. Em seus três primeiros longas-metragens, o cineasta pernambucano surpreendeu pelo retrato cru do sexo e da violência, focado em experiências de marginalidade. Trabalhando pela primeira vez com uma adaptação literária (o livro “Big Jato”, de Xico Sá), Assis relata a passagem à fase adulta de um garoto nordestino comum, Francisco (Rafael Nicácio), dividido entre três referências paternas: a do pai biológico, um tipo agressivo e machista (Matheus Nachtergaele), a do tio anarquista, estrela de uma rádio local (também Matheus Nachtergaele) e a de um homem do povoado (Jards Macalé), que se autointitula Príncipe e compartilha suas histórias amorosas com o garoto.
12/05
– Café com Canela (2017) – 19h30
Direção de Glenda Nicácio e Ari Rosa
Brasil, colorido, 100 min.
Curadoria: Daniel de Almeida
CINEPRETO CENAPRETA
Recôncavo da Bahia. Margarida vive em São Félix, isolada pela dor da perda do filho. Violeta segue a vida em Cachoeira, entre adversidades do dia a dia e traumas do passado. Quando elas se reencontram, inicia-se um processo de transformação, marcado por visitas, faxinas e cafés com canela, capazes de despertar novos amigos e antigos amores.
13/05
– Os Incompreendidos (1959) – 15h
Direção de François Truffaut
França, PB. 100 min.
Curadoria: Claudia Bortolato
Estudos sobre a História do cinema – Ciclo anos 1960: O colapso do cinema romântico e o advento do Modernismo
Sinopse: Antoine Doinel (Jean-Pierre Léaud) é uma criança negligenciada por seus pais. Falta na escola, aquele não é seu lugar. Tem momentos de alegria ao lado de seu amigo René, com quem faz inúmeros planos. Foge e vai ao cinema, comete furtos, se vê em muitos problemas. Ao justificar sua ausência, mentindo que a mãe tinha morrido e sendo desmascarado logo após, se vê envergonhado ao levar um tapa de seu padrasto em público. Foge de casa, e passa a arquitetar pequenos roubos. Um de seus planos dá errado, então Antoine fica com problemas com a justiça e vai ter que enfrentar os policiais e demais agentes da lei que já não simpatizavam com ele.
13/05
– O Dilemas das Redes (2020) – 19h30
Direção de Jeff Orlowski e David Coombe
EUA, Colorido, 155 min
Curadoria: Arnaldo Lemos, Danilo Ciaco, Orestes Toledo, Rodney Cardoso, Sônia Oliveira
Cineclube Outubro
Dirigido por Jeff Orlowski, O Dilema das Redes é dividido em uma trama fictícia, que acompanha a vida de um jovem que passa o tempo nas redes sociais, e relatos de ex-funcionários e executivos das chamadas big techs. São entrevistados alguns dos responsáveis por ferramentas que revolucionaram empresas como Google, Facebook e Twitter. À medida em que mais depoimentos são exibidos, o personagem da trama fictícia passa por transformações nem sempre óbvias.
14/05
– Um Grito de Liberdade (1987) – 16h30
Direção de Richard Attenborough
Reino Unido, colorido, 157 min
Curadoria: Robenildo
Cineclube ECCOS
Sinopse: Na África do Sul dos anos 70, Donald Woods, um jornalista branco, faz amizade com Stephen Biko, um corajoso ativista negro contra o Apartheid. Biko é executado em 1977 e Donald, exilado, dedica-se a divulgar a luta do amigo pela liberdade.
– O Espelho (1975) – 19h30
Direção Andrei Tarkovski
Soviético, colorido, 101 min.
Curadoria: Danilo Dias de Freitas e Tanael Cesar Cotrim
Cineclube Verve
O Espelho apresenta a estilhaçada vida do homem contemporâneo, com suas buscas pelo sentido da existência no tempo. É o mais autobiográfico trabalho de Andrei Tarkovski, em que reelabora, em partes, suas memórias permeadas de angústias, traumas e moralidades no garoto Alexéi. O filme é entrelaçado de tempos, encaixados num eixo que leva da experiência infantil na Segunda Guerra Mundial ao presente em decrepitude. O pai do cineasta, o poeta Arseni Tarkovski, lê os próprios poemas em várias partes. Sua mãe também aparece como ela mesma nas lembranças, sonhos e pesadelos de Alexéi.
16/05
– Sacrifício de Animais em Rituais Religiosos (2008 e 2012)– 19h30
Dois curtas – STF – Hélio Silva Jr e Audiência Pública na Câmara Municipal de Campinas
Cineclube CRMA Orixás
18/05
– Amanhã você vai embora (2021) – 19h30
Direção: Gê Filho e Wagner Kampynas
Brasil, colorido
Sinopse: Jairo é um paciente internado no manicômio que espera ansiosamente por sua alta. Depois de anos, seu desejo pode ser realizado com a ajuda de seu médico e amigo Dr. Maurício, responsável por sua cura, porém uma enfermeira mórbida pode atrapalhar esse sonho. Surpresas e revelações fazem parte dessa história intrigante e perturbadora.
20/05
– Veridiana (1961) – 15h
Direção de Buñuel
Espanha, PB. 90 min.
Curadoria de Claudia Bortolato
Estudos sobre a História do cinema – Ciclo anos 1960: O colapso do cinema romântico e o advento do Modernismo
Sinopse: Don Jaime, que ficou viúvo no dia de seu casamento, vive isolado em sua fazenda. Certo dia recebe a visita da sobrinha de sua falecida esposa, Veridiana, uma noviça com extrema semelhança física com a tia.
20/05
– her (2013) – 19h30
Direção de Spike Jonze
EUA, colorido, 126 min
Curadoria: Glauber Dainez
Cineclube Reflexão
Sinopse: O solitário escritor Theodore desenvolve uma relação de amor especial com o novo sistema operacional do seu computador. Surpreendentemente, ele acaba se apaixonando pela voz deste programa, uma entidade intuitiva e sensível chamada Samantha.
21/05
– Deus e o Diabo Na Terra Do Sol (1964) – 16h
Direção de Glauber Rocha
Brasil, PB, 125 minutos
Curadoria de Laerte Ziggiatti
Sinopse: Momento de afirmação do Cinema Novo brasileiro e um dos maiores filmes da história do cinema, Deus e o Diabo na Terra do Sol, na forma de lenda narrada pelo cancioneiro popular, focaliza as lutas camponesas no sertão do Nordeste. Quatro personagens básicas compõem o enredo: o beato Sebastião, o cangaceiro Corisco, o jagunço Antônio das Mortes e o vaqueiro Manuel, o qual, depois de matar o patrão, dono da terra onde trabalha, vaga pelo sertão com a mulher Rosa em busca de uma solução para seus problemas.
Refletindo os movimentos pelas Reformas de Base nos anos 60, liderados pelo governo João Goulart, Deus e o Diabo tem como pano de fundo a questão agrária e os projetos de distribuição de terras, bem como as lutas do povo para atingir esse objetivo.
Ed Wood (1994) – 19h30
Direção de Tim Burton
EUA, PB, 127 min
Curadoria: Claudia Bortolato e Mauro Guari
Cineclube Lado B
O produtor e diretor de filmes de terror e ficção científica Ed Wood (Johnny Depp), criativo e sonhador, fez filmes com poucos recursos técnicos e orçamentos muito baixos. A adaptação dirigida por Tim Burton tem o roteiro baseado no livro Nightmare of Ecstasy, de Rudolph Grey. O filme foi rodado em preto e branco e se passa nos anos 1950, quando Ed se uniu a um grupo de atores à margem, entre os quais estava Bela Lugosi (Martin Landau), admirado por Ed, porém em final de carreira. Em 1995, Martin Landau recebeu o Oscar, o Globo de Ouro e o Saturn Award pela sua interpretação de Bela Lugosi, podemos nos lembrar, no filme, da frase icônica de Bela em Drácula (1931): I never drink… Wine, com sotaque húngaro.
25/05
– Cineclube CRMA Orixás
26/05
– Descontrole: o Ministério Público no Centro das Atenções (2022) – 19h30
Direção Anistia Internacional Brasil
Brasil, colorido,
Curadoria: Ativismo Campinas – Anistia Internacional Brasil
Ativismo Campinas
Sinopse: A Anistia Internacional Brasil torna público a partir de dados e depoimentos de mães, famílias das vítimas, especialistas e autoridades, o papel do MP de exercer o controle externo da polícia brasileira e cobra o dever do Estado na redução da violência policial. Relata um alerta de urgência ao Ministério Público (MP) no cumprimento de seu dever constitucional em frear a violência policial, e denuncia como a segurança pública se torna nociva quando esse dever não é cumprido.
28/05
– Terra em Transe (1967) – 16h
Direção de Glauber Rocha
Brasil, PB, 115 min.
Curadoria: Laerte Ziggiatti
Sinopse: O filme fala de Paulo (Jardel Filho), intelectual e poeta, que oscila entre apoiar o ditador moralista Porfírio Diaz (Paulo Autran) ou estar ao lado de Felipe Vieira (José Lewgoy), bonachão que deseja governar para o povo, mas vence as eleições através de alianças problemáticas com grandes proprietários de terra. No meio desse conflito, é marcante a figura de Sarah (Glauce Rocha), secretária de Vieira e incansável militante de esquerda. Paulo precisa escolher um lado, mas não acredita em nenhum. Suas falas são vãs. Ele duvida da sabedoria do povo, mas quer defendê-lo. Trata os pobres com desdém, mas se ressente de não haver governo para as classes trabalhadoras. O excesso de retórica e a nossa pouca prática há muito nos angustiam. Terra em Transe nos devolve às origens.
31/05
Cineclube CRMA Orixás