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Nossa Cidade

Mutirão contra a dengue envolve 100 agentes na região do Pauliceia

Mais de 100 agentes de saúde foram mobilizados para participar do 4º mutirão do ano de combate à dengue, que desta vez foi realizado no Jardim Pauliceia, neste sábado, 3 de fevereiro. As 12 equipes envolvidas se concentraram na EMEF Padre Francisco Silva, de onde partiram para áreas dos Jardins Anchieta, Campos Elíseos, Londres, Nova Morada, Roseira e Vila Castelo Branco para fazer a fiscalização e conscientização dos moradores.
 
A região foi escolhida para o mutirão por causa do aumento do número de casos confirmados ou suspeitos nos últimos sete dias. Os agentes de saúde contaram com drones para vistoriar imóveis abandonados ou desocupados e tiveram o apoio da empresa Impacto Pragas que atua na eliminação dos criadouros durante as vistorias.
 
Durante a reunião de preparação dos trabalhos na escola, o prefeito de Campinas, Dário Saadi, afirmou que o combate ao avanço da dengue precisa da população. “Temos uma preocupação imensa com a escalada dos números. Sabemos da dificuldade de entrar nas casas, mas é um esforço que temos que fazer para sensibilizar as pessoas porque sem a ajuda da população será muito difícil controlar a situação”, afirmou o prefeito.
 
A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal da Saúde (Devisa), Andrea Von Zuben, alertou para o potencial de transmissão de um único criadouro. “Cada fêmea põe 1500 ovos durante sua vida. Então, apenas um pratinho com água já tem um grande potencial de transmissão. Por isso é fundamental no mínimo uma vez por semana checar todos os possíveis criadouros de casa e descartar a água parada. A única maneira de combater a dengue é não deixar o mosquito nascer”, reforçou a diretora.
 
Os mutirões estão sendo realizados de forma multissetorial em parceria com as secretarias de Serviços Públicos, Habitação, Educação, Assistência Social e Trabalho e Renda, além da Guarda Municipal, Defesa Civil, Sanasa e Emdec.  
 
Imóveis desocupados ou abandonados com possíveis criadouros são notificados podendo ser acessados inclusive com liminar na Justiça, de acordo com decisão judicial proferida em 2020 (nº 1005810-97.2014.8.26.0114, da 1ª Vara da Fazenda Pública).
 
Dengue tipo 3 e tipo 4
 
Campinas registrou até o dia 2 de fevereiro 1.679 casos confirmados de dengue. As novas ações surgem diante da preocupação com os tipos 3 e 4 da dengue, já presentes em outros municípios brasileiros. A última vez que o vírus do tipo 3 circulou em Campinas foi em 2009, já o tipo 4 foi registrado em 2014. O risco de agravamento do quadro é maior quando um paciente é infectado mais de uma vez por tipos distintos da doença, por isso a Prefeitura está intensificando as ações para conscientizar a população sobre a importância da prevenção.
 
Alerta
 
Doze áreas estão em alerta nesta semana, classificadas com alto risco de transmissão da doença:
– Região Leste: Parque São Quirino e Vila 31 de Março;
– Região Norte: Jardim Campineiro, Jardim São Marcos e Vila Esperança;
– Região Noroeste: Jardim Rossin;
– Região Sul: Jardim Nova Europa e Vila Campos Salles;
– Região Suleste: Cohab, Imperial Parque e Jardim Conceição;
– Região Sudoeste: Vila União.
 
Balanço
 
O primeiro mutirão do ano foi realizado na região dos DICs e os outros dois nos bairros vizinhos ao Jardim Eulina. No total das três ações foram recolhidas mais de 80 toneladas de resíduos e quase nove mil imóveis foram vistoriados.
 
Novas ações
 
A Prefeitura definiu as seguintes estratégias intersetoriais no combate à dengue:
 
– Criação da sala de situação das arboviroses;
– Divulgação em massa das orientações para eliminar e evitar criadouros do Aedes aegypti;
– Atualização diária do painel interativo sobre arboviroses para manter a sociedade informada;
– Uso de carros de som para levar a comunicação aos bairros e engajar moradores na prevenção;
– Uso de painéis em caminhões da coleta de lixo;
– Reorganização das redes pública e particular de saúde, incluindo capacitação das equipes;
– Mobilização da máquina pública;
– Atuação junto à sociedade civil, incluindo apoio de igrejas para orientar os respectivos públicos. 

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