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Nossa Cidade

Obras de implantação dos corredores do BRT geram 578 empregos

Principal obra na área de Mobilidade Urbana que Campinas recebe, desde a década de 1970, a implantação dos Corredores BRT

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Principal obra na área de Mobilidade Urbana que Campinas recebe, desde a década de 1970, a implantação dos Corredores BRT (Bus Rapid Transit – Ônibus de Trânsito Rápido) está impulsionando a geração de emprego e renda no município. Desde que os primeiros trechos foram iniciados, em 2017, foram gerados 578 empregos com Carteira de Trabalho assinada.

Desse total, 64% dos trabalhadores residem em Campinas. São 371 moradores do município atuando nas obras, oriundos de 29 bairros diferentes. São eles: Botafogo, Campina Grande, Campo Belo, Campo Grande, CDHU Edivaldo Orsi, Centro, Chácara São Judas Tadeu, Chácara Vista Alegre, Chácaras Morumbi, DIC V (Chico Mendes), Eldorado dos Carajás, Jardim Campos Elíseos, Jardim Esplanada, Jardim Florence, Jardim Miriam, Jardim Nova América, Jardim Rosalina, Jardim Santo Antônio, Jardim Uruguai, Núcleo Residencial Nossa Senhora Aparecida, Ouro Verde, Parque Fazendinha, Paulicéia, Satélite Iris, Vida Nova, Vila Industrial, Vila União, Village Campinas e Viracopos. 

“A implantação dos Corredores BRT está gerando empregos em pleno período de crise, recolocando profissionais no mercado de trabalho e colaborando para reaquecer a economia no município. O número de 578 empregos gerados é ainda mais expressivo quando levamos em conta que cada trabalhador gera renda para o sustento de três ou quatro pessoas de uma mesma família”, destaca o secretário de Transportes e presidente da Emdec, Carlos José Barreiro. “Em muitos casos, a mão de obra é formada pelos próprios moradores das regiões impactadas pelas obras. São pessoas que estão construindo, com as próprias mãos, um sistema de transporte mais eficiente, que irá beneficiar seus familiares, amigos e vizinhos”, completa. 

Também atuam nas obras, 207 profissionais residentes em outros 16 municípios: Andradina, Belo Horizonte, Cubatão, Guarulhos, Hortolândia, Indaiatuba, Itapeva, Itapevi, Jundiaí, Leme, Paulínia, Ribeirão Preto, Santos, São Bernardo do Campo, São Paulo e Sumaré. 

A partir do segundo semestre de 2018, com a expansão dos trechos em obras, o número de empregos gerados saltou de 67 postos, na fase de projetos, para 528 trabalhadores, na etapa atual de intervenções no viário. Profissionais de três áreas macro contribuem para que os Corredores BRT se tornem realidade no município: Administração, Engenharia e Produção. São projetistas, desenhistas, técnicos de segurança, engenheiros de campo, mestres e encarregados de obras, carpinteiros, serventes, mecânicos, pedreiros; além de profissionais de recursos humanos, financeiro, almoxarifado, qualidade etc. 

Pelo Consórcio Corredor BRT Campinas, formado pelas empresas Arvek, D. P. Barros, Trail, Enpavi e Pentágono, que administra o Lote 1 do BRT campineiro, foram 136 postos de trabalho gerados. Os trabalhadores deste lote atuam nas obras do Corredor Perimetral e em um trecho do Corredor Campo Grande, que abrange as regiões do Bonfim, Centro, Cidade Jardim, Jardim Miranda, Pompéia, Vila Aurocan e Vila Teixeira.  Mais de 60% são moradores de Campinas. 

Pelo Lote 2 são 235 trabalhadores contratados pela empresa Construcap – CCPS Engenharia e Comércio. Essa equipe atua em três trechos do Corredor Campo Grande, que passam pelas regiões do Jardim Aurélia, Jardim Florence, Jardim Garcia, Jardim Londres, Rodovia dos Bandeirantes e Satélite Íris. Em torno de 66% residem em Campinas. Já a execução do Lote 3 envolve 45 pessoas, contratadas pela empresa Compec Galasso. Os trabalhadores atuam no eixo da Avenida das Amoreiras e 60% são moradores do município. 

Pelo Lote 4, já foram gerados 162 empregos, por meio do Consórcio BRT Campinas, integrado pelas empresas Artec e Metropolitana. As equipes trabalham junto às obras que ocorrem nas avenidas Ruy Rodriguez e Camucim; e na Rodovia dos Bandeirantes. Mais de 65% desses trabalhadores residem no município. 

Mãos que fazem história 

Dois pontos em comum unem três trabalhadores selecionados para relatar suas experiências. Além de estarem contribuindo para tornar realidade um marco no transporte público de Campinas, eles tiveram a oportunidade de retornar ao mercado de trabalho a partir das obras dos Corredores BRT, depois de um período desempregados. 

Paulo Roberto Nascimento, 59 anos, conta que ficou fora do mercado de trabalho por dois anos e meio e conseguiu se recolocar há quatro meses, pela empresa Construcap, nas obras do Corredor Campo Grande, junto à Avenida John Boyd Dunlop, na região do Satélite Iris. Ele atua como motorista dos veículos pesados que servem à obra. 

“Moro há 30 anos no Satélite Iris II e é gratificante saber que estou contribuindo para uma obra que vai facilitar muito a vida de quem utiliza o transporte público no meu próprio bairro. Acredito que muita gente vai deixar o carro em casa e aderir ao sistema BRT por conta da rapidez”, projeta Paulo. 

O encarregado de terraplenagem, Pablo Deoclecio Ferreira Lobo, também atua no trecho de obras do Corredor Campo Grande, na região do Satélite Iris, sendo responsável pela equipe de preparação dos pavimentos asfáltico e de concreto. Morador de Campinas há 21 anos, no bairro Residencial Cosmos, ele fala com orgulho do projeto no qual trabalha há nove meses. 

“É uma obra que está fazendo história em Campinas, acredito que as pessoas envolvidas serão reconhecidas. Me sinto satisfeito por contribuir para trazer benefícios futuros aos moradores da minha região. Eu mesmo vou preferir usar os ônibus do BRT do que o meu próprio carro, por causa da rapidez e conforto”, conta o encarregado. 

Pablo aproveita para pedir paciência para a população impactada pelas obras. “Para a população, estamos invadindo o seu espaço. Uma obra tão grande causa certo transtorno sim, mas, na verdade, são melhorias chegando para que a região se desenvolva mais rapidamente”, destacou Pablo. 

Depois de passar dois anos sem emprego formal, Antonio da Rocha Santos, 40 anos, atua há seis meses como encarregado de obras no Corredor BRT Ouro Verde, junto à Avenida Ruy Rodriguez, na região do Parque Universitário de Viracopos. Ele comanda uma equipe de 14 trabalhadores que executam o pavimento de concreto do corredor nessa região, pela empresa Artec. “Essa obra caiu do céu na minha vida, pois antes estava apenas fazendo bicos”, conta. 

Morador de Sumaré, Antonio destaca os benefícios da obra para a população. “O tempo de deslocamento do bairro até o Centro vai ser bastante reduzido. Daqui a 10 anos, vou passar pelo corredor e pensar que isso aqui tem a minha mão, que ajudei a construir algo de grande importância para a população, principalmente para quem utiliza o transporte público. Tenho família em Campinas e me sinto orgulhoso por estar ajudando a melhorar a vida deles também”, destaca. 

Novas vagas 

O número de empregos gerados pelas obras do Corredor BRT tende a aumentar ainda mais, ao longo de 2019 até meados de 2020, com o avançar dos trabalhos nos trechos. As empresas executoras projetam que cerca de 300 novos empregos devem ser gerados até a conclusão dos trabalhos. 

Os interessados em atuar nesse importante projeto devem acompanhar as vagas divulgadas pelo CPAT/SINE (Centro Público de Apoio ao Trabalhador / Sistema Nacional de Emprego). O cadastro de currículo pode ser feito pelo site ou pessoalmente, de segunda a sexta-feira, nas unidades Campo Grande (Rua Manoel Machado Pereira, 902, das 8h às 16h); Centro (Avenida Campos Sales, 427, das 7h30 às 17h30); e Ouro Verde (Avenida Ruy Rodrigues, 3.900 – 1º andar do Shopping Spazio, das 8h às 16h). É necessário apresentar RG, CPF, Carteira de Trabalho e número do PIS.

Também é possível realizar cadastro no site Emprega Campinas ou entregar currículo diretamente na portaria dos canteiros de obras. A criação de novas vagas ocorre de acordo com a demanda das obras. 

Projeto 

Juntos, os três corredores BRT do município (Campo Grande, Ouro Verde e Perimetral) alcançam 36,6 km, com previsão de conclusão total em meados de 2020. A Emdec trabalha com a possibilidade de que o estágio mais pesado da obra, que exige maior interferência nas vias, esteja totalmente concluído até dezembro de 2019.

Cerca de 40% do volume de usuários do transporte público vai ser atendida pelo BRT, trazendo grande alívio para o sistema municipal. Os ganhos impactam não somente os usuários do transporte público, que serão beneficiados com mais rapidez, agilidade, conforto e segurança nos deslocamentos; como também os motoristas que circulam pelas vias, que também terão um trânsito mais seguro e com maior fluidez viária, uma vez que a circulação dos ônibus estará segregada dos demais veículos.

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