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Nossa Cidade

Paço violeta no mês de conscientização sobre a violência contra idosos

Ao anoitecer, o Paço Municipal da Prefeitura de Campinas está ficando iluminado de modo especial em homenagem ao Junho Violeta, mês de conscientização sobre a violência contra idosos. A iniciativa se soma ao lançamento do hotsite (https://smpdccampinas.wixsite.com/junhovioleta) e da cartilha sobre o assunto.

“A informação é um recurso poderoso para a conscientização das pessoas e essa iniciativa reforça todo o trabalho realizado pela administração municipal no sentido de marcar não só o mês, mas o problema da violência contra idosos”, afirmou Vandecleya Moro, secretária municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos de Campinas.

Em Campinas, a Prefeitura dispõe dos serviços dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), dos Creas e, na prestação de serviços de alta complexidade, das Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) e do POP Rua, para aqueles em situação de rua.

Nos Cras, são oferecidos os serviços de convivência e fortalecimento de vínculos para idosos; orientação sobre o que fazer em casos de violência doméstica, elaboração do Cadastro Único; orientação sobre o Benefício da Prestação Continuada (BPC); ajuda para a solicitação do Cartão Nutrir Emergencial; orientação sobre os benefícios Sociais e Previdenciários; sobre Documentação Civil; sobre Políticas Públicas; e sobre as vagas em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs). Nos Creas há o acompanhamento familiar, além do atendimento domiciliar para pessoas idosas e suas famílias. 

Em situações de alta complexidade, há a internação em ILPIs. O idoso é encaminhado apenas após estudo, e que se verifica quebra do vínculo familiar, risco para a pessoa e/ou a violação de seus direitos. No Pop Rua há o encaminhamento para uma das instalações, que vai fornecer os seguintes serviços: armazenamento de pertences, higiene pessoal, alimentação e emissão de documentos. O Serviço POP RUA visa também a ressocialização desse idoso, para que não permaneça na rua.

Segundo dados do Sistema de Notificação de Violências (Sisnov) de Campinas, 90,63% dos casos de agressão a idosos ocorrem dentro de casa. O número de casos registrados no ano passado caiu 10,53%, de 114 para 102, mas os especialistas temem que esse número seja resultado de subnotificação por causa da pandemia de Covid-19.

Os dados do Sisnov também evidenciam que, entre os idosos, as mulheres são as maiores vítimas de violência, representando 80% dos casos, contra 20% dos registros em que o homem é vítima. O sexo feminino sofre 4 vezes mais situações de violência que o masculino. 

“É preciso romper o ciclo do abuso e violência entre gerações. Temos de fazer do convívio uma experiência de afeto e sensibilidade”, concluiu Vandecleya Moro.

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