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Palestra do piloto César Urnhani encerra a programação do Maio Amarelo

Palestra do piloto César Urnhani encerra a programação do Maio Amarelo

Com uma média de mais de uma ação por dia ao longo do mês, além de projetos realizados em 15 escolas, o movimento Maio Amarelo 2023 chegou ao fim nesta quarta-feira, dia 31 de maio. Marcando o encerramento do movimento de conscientização pela segurança viária, um encontro reuniu cerca de 150 pessoas no Centro Universitário Salesiano de São Paulo em Campinas (Unisal), onde foi apresentado o balanço das ações e duas palestras foram ministradas.

O evento foi realizado pela Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) e Secretaria de Transportes (Setransp), que organizam o Maio Amarelo em Campinas, e contou com o apoio da Iniciativa Bloomberg para Segurança Viária Global (BIGRS) e do Unisal.

A mesa de abertura reuniu o presidente da Emdec, Vinicius Riverete, o secretário de Transportes, Fernando de Caires, o presidente da Câmara, Luiz Rossini, e o padre Roque Luiz Sibioni, gerente da unidade Campinas do Unisal.

Riverete destacou a empatia promovida pelas ações, que envolveram diversos atores da mobilidade urbana. “Acho que esse Maio Amarelo foi isso: os ciclistas se colocaram no lugar do motorista, o motorista de ônibus se colocou no lugar do ciclista, o pedestre soube a importância de respeitar o semáforo, o condutor de veículo, de respeitar a sinalização e os jornalistas, a importância do trabalho de fiscalização e obras de geometria”, destacou.

A atuação dos profissionais no dia a dia das ruas de Campinas foi lembrada pelo presidente da Câmara. “Os agentes da mobilidade precisam ser vistos pela sociedade como anjos da guarda”, defendeu Rossini. “Às vezes, são mal compreendidos pelo cidadão, mas ele não tem a noção que a atuação destes profissionais visa exatamente proteger as vidas”.

Balanço do Maio Amarelo 2023

O resumo das atividades do mês foi apresentado por Mariangela Marini, coordenadora do processo de Educação e Cidadania, da Emdec. Confira números do Maio Amarelo:

– 38 ações presenciais (sem contar projetos nas escolas), que foram realizadas nas ruas, universidades, empresas, bares e restaurantes, entre outros;

– 15 escolas receberam projetos, com participação de 1,1 mil estudantes;

– Mais de 7,2 mil pessoas participaram diretamente das ações.

César Urnhani e Iniciativa Bloomberg abordaram segurança viária

Os participantes puderam assistir a duas palestras: Diogo Lemos, coordenador executivo da BIGRS, abordou “O papel do comportamento humano na construção da Visão Zero e Sistemas Seguros”; e o piloto, instrutor e apresentador César Urnhani falou sobre “Condução Consciente”.

Apresentando iniciativas que resultaram em mais segurança viária em cidades como Fortaleza (CE), Diogo Lemos explicou que a BIGRS vem atuando em parceria com Campinas para alcançar o mesmo objetivo. Como exemplo deste trabalho, mostrou intervenção realizada pela Emdec na Avenida John Boyd Dunlop, para facilitar a travessia de pedestres em ponto de grande interesse da população que circula pela via.

“Sem prejuízo nenhum à população, pois o projeto pensou uma mobilidade integrada, foi colocado um sistema semafórico com um conjunto de travessias para pedestres, acolhendo justamente esse movimento”, destacou o coordenador executivo. Lemos também lembrou a importância de pensar que nenhuma morte no trânsito é aceitável, e de integrar e prever o erro humano nos projetos de mobilidade, para evitar sinistros (acidentes).

Já Urnhani usou uma linguagem bem-humorada para fazer a plateia refletir sobre comportamentos seguros no trânsito. O uso do cinto de segurança, do freio e a necessidade de mudar hábitos foram destaque em sua fala. “Direção defensiva não evita acidente. Quem evita acidente é a direção preventiva. É você se antecipar ao que pode acontecer. Isso é que salva vidas”, ressaltou, lembrando que em momentos de emergência o corpo atua e responde de forma diferente, devido ao susto passado na situação.

E deixou um conselho aos participantes: sempre começar o dia 15 minutos antes do normal, para evitar a pressa, componente tão presente em sinistros, e levar para as ruas gentileza e cordialidade. “Quem está adiantado não tem pressa. É quando você enxerga as pessoas, você entende o sentido. A vida só é boa quando você é bom”.

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